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domingo, 9 de fevereiro de 2014

A FARSA AMERICANA DE PAÍS DO BEM E DA LIBERDADE VAI CAINDO ! EUA INVESTE NO TERROR !

Estados Unidos, principal financiador mundial do terrorismo

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Estados Unidos, principal financiador mundial do terrorismo

por Thierry Meyssan
Numerosos autores puseram em evidência o papel dos Estados Unidos no financiamento do terrorismo internacional desde a guerra do Afeganistão contra os Soviéticos.
No entanto, até à actualidade, tratava-se sempre de ações secretas, nunca assumidas na altura por Washington. Um passo decisivo foi franqueado com a Síria: O Congresso votou o financiamento e armamento de duas organizações representando a Al-Qaida. Aquilo que era até aqui um segredo de polichinelo tornou- se agora a política oficial do «país da liberdade»: o terrorismo.

primeira semana da Conferência de paz de Genebra 2 terá sido plena de factos com saliência. Infelizmente, o público ocidental não recebeu nenhuma informação a respeito, vítima da censura que o oprime.

É com efeito o principal paradoxo desta guerra : as imagens são o inverso da realidade. Segundo os media internacionais o conflito opõe, de um lado os Estados reunidos em torno de Washington e de Riade que pretendem aplicar a democracia e conduzir a luta mundial contra o terrorismo, do outro a Síria e os seus aliados russos, inibidos pela pressão de serem difamados como ditaduras manipulando o terrorismo.

Se toda a gente sabe que a Arábia Saudita não é uma democracia, mas sim uma monarquia absoluta, a tirania de uma família e de uma seita sobre todo um povo, os Estados Unidos gozam da imagem de uma democracia e mais ainda de serem o « país da liberdade ».

Ora, a principal informação da semana foi censurada no conjunto dos Estados membros da Otan : o Congresso norte-americano reuniu-se secretamente para votar o financiamento e o armamento dos « rebeldes na Síria », até a 30 de setembro de 2014. Sim, leram bem. O Congresso tem sessões secretas que a imprensa não está autorizada a noticiar. É por tal que a informação, originalmente publicada pela agência britânica Reuters [1], foi escrupulosamente ignorada por toda a imprensa impressa e audio-visual dos Estados Unidos, e da maior parte dos media na Europa ocidental e no Golfo. Apenas os habitantes do « resto do mundo » tiveram a possibilidade de conhecer a verdade.


Ora a liberdade de expressão e o direito dos cidadãos à informação são, no entanto, pré-requisitos da democracia. Eles são mais respeitados na Síria e na Rússia que no Ocidente.

Como ninguém pôde ler a lei adoptada pelo Congresso, ignora-se o que ela estipula exactamente. No entanto, é claro que os « rebeldes » em questão não buscam derrubar o Estado sírio -eles renunciaram a tal-, mas sim « sangrá-lo ». É por isso que eles não se comportam como soldados (de um exército regular), mas mais como terroristas. Leram bem mais uma vez : os Estados Unidos, aparentemente vítimas da Al-Qaida no 11 de Setembro de 2001 e, após isso, líderes da « guerra global contra o terrorismo », financiam o principal foco de terrorismo internacional onde agem duas organizações oficialmente subordinadas à Al-Qaida (a Frente al-Nosra e o Emirado islâmico do Iraque e do Levante). Não se trata mais, aqui, de uma manobra obscura dos serviços secretos, mas de uma lei plenamente assumida, mesmo se foi adoptada à porta fechada de modo a não contradizer a propaganda oficial.

Por outro lado vê-se mal como a imprensa ocidental, que afirma desde há 13 anos que a Al-Qaida é a autora dos atentados do 11-Setembro e ignora a destituição do presidente George W. Bush nesse dia pelos militares, poderia explicar esta decisão ao seu público. Efectivamente o procedimento norte-americano de « Continuidade do governo » (CoG) é ele, também, protegido pela censura. De tal modo que os Ocidentais nunca tiveram conhecimento que, nesse 11 de Setembro, o poder foi transferido dos civis para os militares, das 10h da manhã até à noite, que durante esse dia os Estados Unidos foram dirigidos por uma autoridade secreta, em violação das suas leis e da sua constituição.

Durante a Guerra fria a CIA financiou o escritor George Orwell, enquanto ele imaginava a ditadura do futuro. Washington cria, assim, acordar as consciências para o perigo soviético. Mas, na realidade, nunca a URSS se pareceu com o pesadelo de « 1984 », enquanto os Estados Unidos se tornaram a incarnação disso.

O discurso anual de Barack Obama sobre o estado da União transformou-se, assim, num excepcional exercício de mentira. Diante dos 538 membros do Congresso, aplaudindo-o de pé, o presidente declarou : « Uma coisa não mudará : a nossa determinação para que os terroristas não lancem outros ataques contra o nosso país ». E ainda : « Na Síria apoiaremos a oposição que rejeita o programa das redes terroristas."

Em violação das resoluções 1267 e 1373 do Conselho de segurança, o Congresso dos Estados Unidos votou o financiamento e o armamento da Frente al-Nosra e do Emirado islâmico do Iraque e do Levante, duas organizações relevantes da Al-Qaida e classificadas como «terroristas» pelas Nações Unidas. Esta decisão é válida até a 30 de setembro de 2014.

Ora, quando a delegação síria em Genebra 2 submeteu, aquela que é suposta representar a sua « oposição », uma moção, exclusivamente baseada nas resoluções 1267 e 1373 do Conselho de segurança, condenando o terrorismo, aquela rejeitou-o sem provocar a menor observação de Washington. E não é para menos : o terrorismo significa os Estados Unidos, e a delegação da « oposição » recebe as suas ordens directamente do embaixador Robert S. Ford, presente no local.

Robert S. Ford antigo assistente de John Negroponte no Iraque. No início dos anos 80 Negroponte atacou a revolução nicaraguense alistando milhares de mercenários que, misturados com alguns colaboradores locais, formaram os « Contras ». O Tribunal internacional de Justiça, quer dizer o tribunal interno das Nações Unidas, condenou Washington por esta ingerência não declarada. Depois, nos anos 2000, Negroponte e Ford recriaram o mesmo cenário no Iraque. Desta vez, tratava-se de aniquilar a resistência nacionalista usando o ataque pela Al-Qaida.

Enquanto em Genebra os Sírios e a delegação da « oposição » discutiam, em Washington o presidente prosseguia o seu exercício de hipocrisia, e lançava ao Congresso que o aplaudia mecanicamente : « Nós lutamos contra o terrorismo não sómente com a ajuda das inteligência e das operações militares, mas também ao permanecer fieis aos ideais da nossa Constituição e dando nisso o exemplo ao mundo (...) E, nós, continuaremos a trabalhar com a comunidade internacional, para fazer surgir o futuro que o povo sírio merece - um futuro sem ditadura, sem terror e sem medo ».

A guerra fabricada pela Otan e pelo CCG na Síria, fez já mais de 130.000 mortos - segundo as estatísticas do MI6 difundidas pelo Observatório sírio dos Direitos do homem-, da qual os carrascos atribuem a responsabilidade ao povo que lhes ousa resistir e ao seu presidente, Bachar el-Assad.

Rede Voltaire | Damasco | 3 de Fevereiro de 2014

Thierry Meyssan
Tradução
Alva
Fonte
Al-Watan (Síria)

Síria: EUA reiniciam fornecimento de armas à Al-Qaeda

31.01.2014
 
Síria: EUA reiniciam fornecimento de armas à Al-Qaeda. 19709.jpeg
Aumenta a destruição.
28/1/2014, Moon of Alabama - http://www.moonofalabama.org/

A política antiga dos EUA, de fornecer armas aos 'rebeldes' não alcançou os objetivos declarados. Nem resultou em sucesso para os 'rebeldes', em seus esforços para derrubar o governo sírio, nem ajudou a manter longe os vários grupos que há na Síria, ligados à Al-Qaeda.

Em vez disso, as armas destinadas aos "terroristas moderados" caíram em mão de grupos da Al-Qaeda, e os "moderados" partiram-se em mil pedaços. De fato, os EUA garantiram toda a logística aos mesmos grupos contra os quais os EUA sempre disseram, ao longo dos últimos 12 anos, que estariam combatendo.

Como sempre, a resposta norte-americana a uma política fracassada, e fazer mais do mesmo. O Congresso dos EUA aprovou, em sessão secreta,[1] o envio de mais armas aos 'rebeldes' "moderados":

"Armas leves fornecidas pelos EUA estão chegando a grupos rebeldes sírios "moderados" no sul do país, e o financiamento, pelos EUA, para os meses futuros, de novas remessas de armas foi aprovado pelo Congresso, segundo funcionários de segurança dos EUA e europeus.

As armas, muitas das quais estão sendo enviadas a rebeldes sírios não islâmicos via a Jordânia, incluem armamento leve de vários tipos, e armamento mais pesado, como foguetes antitanques.

Remessas anteriores, de armas dos EUA, caíram em mãos da Frente al-Nusra,[2] da Al-Qaeda:

"Altos funcionários do Exército Sírio Livre e fontes jordanianas, além de provas gravadas em vídeo, confirmaram que mísseis anti-tanques fabricados na Europa foram capturados pela - e em alguns casos vendidos à - Frente extremista al-Nusra, depois de entregues a batalhões do Exército Sírio Livre através da fronteira da Jordânia."

O citado Exército Sírio Livre no sul é pouco mais que uma fachada de relações públicas para a frente al-Nusra, da al-Qaeda:

"Eles oferecem seus serviços e cooperam conosco, são mais bem armados que nós, têm homens-bombas e sabem fabricar carros-bomba" - explicou um militante do Exército Sírio Livre.
...

O Exército Sírio Livre e a al-Nusra unem-se para operações, mas há um acordo segundo o qual quem aparece é o Exército Sírio Livre, por razões públicas, porque não querem assustar nem a Jordânia nem o ocidente" - disse um miliciano que trabalha com grupos da oposição em Deraa."[3]

"Operações que foram realmente executadas pela Al-Nusra são apresentadas ao público pelo Exército Sírio Livre como se fossem suas" - disse a mesma fonte.

Um alto comandante do Exército Sírio Livre envolvido em operações em Deraa, disse que a Al-Nusra reforçou unidades do Exército Sírio Livre e teve papel decisivo em vitórias rebeldes no sul.

A cara da Al-Nusra não pode aparecer. Eles têm de ficar por trás do Exército Sírio Livre, por causa da Jordânia e da comunidade internacional" - disse a fonte.[4]

Os EUA também recomeçaram o fornecimento de ajuda "não letal" a 'rebeldes' no norte do país:

"Os EUA recomeçaram as entregas de ajuda não letal à oposição síria, disseram funcionários do governo na 2ª-feira, mais de um mês depois de terroristas da Al-Qaeda terem assaltado armazéns e causado considerável desfalque nos suprimentos que os ocidentais fornecem aos 'rebeldes'.

O equipamento de comunicações e outros itens estão sendo encaminhados atualmente só para grupos não armados da oposição - disseram funcionários dos EUA.
...

Os funcionários dos EUA, que são proibidos de comentar publicamente esse assunto e pediram para que seus nomes não fossem publicados, disseram que a ajuda está sendo mandada através da Turquia para a Síria, com a coordenação do Conselho Militar Supremo do Exército Sírio Livre (...)."[5]

Quando os jihadistas assaltaram os depósitos onde estava armazenada a ajuda "não letal" fornecida pelos EUA, roubaram o seguinte:

[Um alto comandante do Conselho Militar Supremo do Exército Sírio Livre] disse que a Frente Islamista assaltou um total de dez depósitos que pertencem ao grupo guarda-chuva apoiado pelo ocidente, e roubaram arsenal considerável, inclusive 2 mil rifles AK-47, 1.000 armas variadas - entre as quais lança-foguetes M79 Osa, foguetes lança-granadas e metralhadoras pesadas 14,5mm - além de mais de 200 toneladas de munição. E pelo menos 100 veículos militares do Exército Sírio Livre também foram levados no assalto."[6]

O reinício dos fornecimentos de armas para os 'rebeldes' sírios não levará a resultado diferente do que se viu nos fornecimentos anteriores. O que prova, mais uma vez, que o real objetivo dessa guerra instigada pelos EUA contra a Síria e dos esforços para expandi-la ainda é o mesmo de antes: "Destruir a infraestrutura, da economia, do tecido social, da Síria e dos apoiadores da Síria."[7] ********


________________________________________
[1] http://news.yahoo.com/congress-secretly-approves-u-weapons-flow-39-moderate-223506323.html
[2] http://www.dailystar.com.lb/News/Middle-East/2013/Oct-04/233502-special-arms-for-syria-rebels-fall-into-nusra-hands.ashx#axzz2rjCDZTK8
[3] http://www.aina.org/news/20140104201903.htm
[4] Exatamente o que disse também o presidente Bashar Al-Assad, há dois dias:  "Nós todos sabemos que durante os últimos meses, os grupos terroristas extremistas que lutam na Síria já dizimaram as últimas posições restantes das forças que o ocidente ainda pinta como se fossem moderadas, do Exército Sírio Livre. Não existe mais Exército Sírio Livre. Agora só há extremistas, divididos em várias facções. (Negritos nossos.] Os combatentes que o ocidente chama de 'moderados', esses, na maioria, já se fundiram àquelas forças extremistas, seja por medo ou voluntariamente, estimulados por incentivos financeiros. Em resumo, independentemente dos rótulos que se leiam na mídia ocidental, nós agora estamos em luta contra um grupo terrorista extremista composto de várias facções" (26/1/2014, "Presidente Bashar al-Assad: Entrevista à Agência France Presse (AFP), Global Research, trad. em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/01/presidente-bashar-al-assad-entrevista.html).
[5] http://www.dailystar.com.lb/News/Middle-East/2014/Jan-27/245412-us-resumes-nonlethal-aid-to-syrian-opposition.ashx#axzz2rjCDZTK8
[6] http://www.aawsat.net/2013/12/article55324955
[7] http://www.moonofalabama.org/2012/09/syria-destruction-is-their-aim.html 


Crianças de guerra Estas imagens foram feitas entre 24 de janeiro 2014 e 27 de janeiro, 2014, mostram crianças refugiadas afegãs em uma favela nos arredores de Islamabad, no Paquistão. Por mais de três décadas, o Paquistão tem sido o lar de uma das maiores comunidades de refugiados do mundo: centenas de milhares de afegãos que fugiram das guerras repetidas e lutando em seu país. Desde 2001 invasão norte-americana do Afeganistão, cerca de 3,8 milhões já voltou para casa. Mas cerca de 1,6 milhões de refugiados afegãos registrados permanecem no Paquistão, com cerca de um milhão a viverem aqui ilegalmente; Fotos AP.

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Crianças de guerra

Estas imagens foram feitas entre 24 de janeiro2014 e 27 de janeiro, 2014, mostram crianças refugiadas afegãs em uma favela nos arredores de Islamabad, no Paquistão. Por mais de três décadas, o Paquistão tem sido o lar de uma das maiores comunidades de refugiados do mundo: centenas de milhares de afegãos que fugiram das guerras repetidas e lutando em seu país. Desde 2001 invasão norte-americana do Afeganistão, cerca de 3,8 milhões já voltou para casa. Mas cerca de 1,6 milhões de refugiados afegãos registrados permanecem no Paquistão, com cerca de um milhão a viverem aqui ilegalmente; Fotos AP.

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