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domingo, 27 de outubro de 2013

SALVE O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DA PETROBRAS !

Política

Análise / Mauricio Dias

Pré-história do pré-sal

Profeta e precursor foi Getúlio Vargas, ele entendeu o que a UDN pretendia
por Mauricio Dias — publicado 26/10/2013 09:27
Pércio Campos / Agência Petrobras
Petrobras
A exploração do pré-sal, deslanchada na segunda-feira 21, com o leilão do Campo de Libra, é uma questão igual ou talvez até de maior importância para o País como foi, em meados do século XX, a luta pela exploração do petróleo brasileiro.
No plano dos episódios que movem de fato a história brasileira, a luta pelo petróleo, em fins dos anos 40, de onde nasceu a Petrobras, pode ser identificada como a pré-história do pré-sal. No plano político, resguardadas as diferenças promovidas em um mundo que, por razões da física, não para de girar, a presidenta Dilma Rousseff moveu-se, por motivos políticos, por um caminho novo.
Em vez do controle total do petróleo, ela optou por um sistema de partilha com a criação de uma empresa estatal brasileira, a PPSA, responsável pela gestão e fiscalização dos investimentos. O resultado desagradou aos gregos de esquerda e aos troianos de direita. Realizado o leilão, tudo agora se transformou, prós e contras, em contendas semânticas.
Ideologicamente, uma parte da esquerda considera que o Brasil entregou o ouro aos bandidos. Exagero. Inspirados em lutas sociais dos anos 1940-1950, quando a situação era, de fato, tudo ou nada, alegam que o País era dono de 100% do petróleo do pré-sal, agora ficou com 40%.
À direita, protestos contra a presença de uma estatal, a PPSA, que teria inibido a formação de mais consórcios. Havia uma previsão de 14 deles. Imediatamente após o resultado surgiram os primeiros protestos no sentido de alterar o regime de partilha nas licitações do pré-sal.
Dilma privilegia o confronto com o setor privado e garantiu que nada vai mudar: “Eu não vejo onde o modelo precisa de reajustes. Sabe por quê? Porque aqueles que são contra o conteúdo local querem transferir a riqueza do pré-sal de outra forma para o exterior”.
Houve discussão semelhante na criação da Petrobras nos anos 1950. Naquele momento, 60 anos atrás, pouca gente entendeu – porque é difícil mesmo de ser entendido – as razões pelas quais a UDN, partido conservador até a medula, foi responsável pelo toque final de estatização total do petróleo brasileiro.
A pressão não era pouca. Ela se estendia das noções interessadas e equivocadas, supostamente nacionalistas, de Monteiro Lobato, entre outros, ao sufoco político imposto pelos interesses dos Estados Unidos.
Uma frase do presidente Getúlio Vargas, perdida na história, ajuda a entender essa suposta contradição udenista: os liberais estatizaram o controle do petróleo. Evito aspas no esforço de captar melhor a ironia da fala de Vargas. Ele apontava os adversários e dizia: para eles, o petróleo é nosso, mas embaixo da terra.
A UDN apostava que o Brasil não teria dinheiro para bancar a exploração e, ao fim, o País envergonhado privatizaria o petróleo. Sustentavam também que não havia condições técnicas para explorar as “terras profundas” do solo.
Desdenharam da capacidade financeira e técnica do País tropical e deram com os burros n’água. Como se dizia muito antigamente: bem feito! O pré-sal só existe pela pré-história dele. O desenvolvimento tecnológico da Petrobras.


Carlos Santos 

Parabens ao GETULIO que com seu NACIONALISMO exemplar foi o melhor presidente do Brasil no seculo xx, e parabens ao LULA e a DILMA que com o fortalecimento do mesmo NACIONALISMO do seculo passado foram e ainda são os melhores que apareceram depois de GETULIO e JUSCELINO.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

AULA DE REFINO (Prof. Octavio Gouveia) DISFARÇANDO A TRISTEZA PELO LEILÃO DE LIBRA !

AULA DE REFINO (Prof. Octavio Gouveia) 

DISFARÇANDO MINHA PROFUNDA TRISTEZA PELO LEILÃO DE LIBRA !

A indústria do petróleo tem as seguintes etapas em sequência:


        I                   II                  III             IV                 V
PESQUISA / PERFURAÇÃO / PRODUÇÃO / REFINO / DISTRIBUIÇÃO


      A cada onze dólares do lucro obtido com a indústria do petróleo, dez dólares estão situados nas etapas IV e V acima. Ou seja, no refino e na venda dos derivados prontos (distribuição). No caso brasileiro vender PETRÓLEO CRU  do pré-sal ( PETROBRAS CUMPRINDO AS ETAPAS I, II, e III ACIMA) significa que ganharemos apenas um real dos onze reais possíveis. Estaremos entregando o petróleo cru para que companhias estrangeiras tenham o grande lucro, ao fazer nas  suas empresas e nos seus países o REFINO e a DISTRIBUIÇÂO.
       Em resumo a PETROBRAS (Brasil) lucra um real e as empresas e países compradores do petróleo lucram dez reais.
        Eles enriquecem, nós ficamos chupando o dedo !

          O que deveremos fazer ?  

(O DESEJÁVEL  FUTURO DO PRÉ-SAL =  PRIORIZANDO OS INTERESSES BRASIL)

       Continuar com o planejamento atual da PETROBRAS de duplicar a nossa capacidade de refino para vender  "DERIVADOS DE PETRÓLEO PRONTOS" (gasolina, diesel, lubrificantes, PVC, polietileno, resina acrílica, poliestireno, derivados petroquímicos, plásticos, polímeros).

EM RESUMO : O BRASIL DEVE VENDER DERIVADOS E NÃO PETRÓLEO CRU !

ESTA É A OPÇÃO BRASILEIRA !

PARA ENRIQUECIMENTO DO BRASIL ! E NÃO DOS COMPRADORES DESTE LEILÃO !

O GIGANTE TEM QUE ACORDAR !

Quem vende derivados enriquece (lucra dez dólares) , quem vende petróleo cru (lucra um dólar).

Esta máxima foi percebida a primeira vez pelo Sr. John Davison Rockfeller (Pai da indústria de petróleo dos EUA). As irmãs (EXXON, SHELL, MOBIL, BRITISH  PETROLEUM, TEXACO, CHEVRON) aprenderam a lição do mestre e saíram a dominar o mundo !  Os asiáticos (Índia e China) cansados de serem explorados estão rezando na mesma cartilha !
Tá faltando acordar O GIGANTE verde e amarelo !

      John Davison Rockefeller (Richford8 de julho de 1839 – Ormond Beach23 de maio de 1937) foi um investidor, homem de negócios estadunidense. Ele foi o fundador da Standard Oil Company, que dominou a indústria do petróleo e foi o primeira grande truste dos Estados Unidos.




 ETAPA IV  :   Início da AULA DE REFINO
   
     O famoso Ouro Negro ou petróleo é uma complexa mistura de compostos orgânicos e inorgânicos, em que predominam os hidrocarbonetos. Dentre os hidrocarbonetos temos presentes no petróleo cru apenas Aromáticos, Parafinas (alcanos) e Naftênicos (ciclo-alcanos). Os demais hidrocarbonetos (alcenos, alcinos e alcadienos) são obtidos a partir do cru,  num processo denominado craqueamento catalítico ou craqueamento térmico. A partir deste grupo é que serão obtidos os derivados petroquímicos (plásticos, resinas, borrachas, etc..) que geram toda uma cadeia de indústrias que formarão o chamado "COMPLEXO PETROQUÍMICO".
      É neste PÓLO PETROQUÍMICO, que gera-se a verdadeira riqueza do petróleo. O Petróleo Cru (não refinado ou IN NATURA) tal qual existe nos poços é uma simples COMODITIEs, ou seja, uma simples matéria-prima.   CONTINUAÇÃO  (logo abaixo) $ $ $ ? ? ?
   
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  interrupção da aula de refino

   O Poço de libra tem um trilhão de reais em petróleo cru !
   
      Se refinado este valor ficará 
multiplicado por cem !

      É  exatamente esta fortuna de dinheiro que o Brasil esta entregando hoje no 
leilão do Poço de Libra !

      Os gringos estão convictos que somos uns BABACAS, OTÁRIOS !

     É importante ressaltar que existe inteligência e nacionalismo aqui neste País. Nem todos são vendidos ou iludidos !

     Saibam os que lerem esta simples explicação. Este professor que vos fala, sente-se muito triste neste momento de entrega do NOSSO PATRIMÔNIO ! A minha geração entrará para a história como a dos brasileiros que permitiram que o LEILÃO DE LIBRA OCORRESSE !

   MINHA TRISTEZA: Se meus netos um dia compreenderem minimamente o que esta ocorrendo hoje, eles me perguntarão: Pq vcs permitiram aquele assalto ao Brasil ?
      Quando minha geração ficar velha claro que não haverá dinheiro para hospitais, para saúde, para educação dos nossos netos ! Claro que não teremos dinheiro de aposentadoria, etc ...

      Esse dinheiro estará nos futuros PRÓSPEROS PAÍSES que estão hoje comprando o nosso petróleo !
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      TENTANDO ESQUECER ESTA PROFUNDA TRISTEZA, retornemos com a aula de REFINO !

       CONTINUAÇÃO DA AULA DE REFINO  $ $ $ ? ? ? 
     
      Desejando que o petróleo tenha seu potencial energético e financeiro plenamente aproveitado, bem como sua utilização como fonte de matérias-primas, é importante que seja realizado seu desmembramento em cortes, com padrões pré-estabelecidos para determinados objetivos, que denominamos frações.
      Além da complexidade de sua composição, não existem dois petróleos idênticos. Suas diferenças
vão influenciar, de forma decisiva, tanto nos rendimentos quanto na qualidade das frações.
      Dessa forma, o petróleo deve ser processado e transformado de maneira conveniente, com
o propósito de obter-se a maior quantidade possível de produtos de maior qualidade e valor comercial.
Atingir este objetivo, com o menor custo operacional, é a diretriz básica da refinação.
      As características dos petróleos têm ponderável influência sobre a técnica adotada para a refinação e, freqüentemente, determinam os produtos que melhor podem ser obtidos. Assim,
é óbvio que nem todos os derivados podem ser produzidos a partir de qualquer tipo de petróleo.
Da mesma forma, não existe uma técnica de refino adaptável a todos os tipos de petróleo.
      Uma refinaria de petróleo, ao ser planejada e construída, pode destinar-se a dois objetivos
básicos:
(1) produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas;
(2) produção de lubrificantes básicos e parafinas.

      O primeiro objetivo (1) constitui a maioria dos processos atuais de refino, uma vez que a demanda por combustíveis é  ainda muitíssimo maior que a de outros produtos.
      Neste ponto, ressalta-se que é priorizada uma produção em larga escala de frações destinadas à obtenção de GLP, gasolina, diesel, querosene e óleo combustível (combustíveis). Isto esta com os dias contados !!!!!!!

      Destaca-se que ao longo do século XXI os chamados combustíveis (gasolina e diesel principalmente),  serão substituídos por outros combustíveis alternativos (principalmente a biomassa / ETANOL / BIODIESEL). Isto no entanto não diminui a importância do petróleo, que devido a sua crise final prevista para a segunda metade deste século, será prioritariamente deslocado para a produção de petroquímicos ! Esta será a alteração sofrida pelo processo de refino nas próximas décadas. 

      Diminuir a produção de combustíveis e maximizar a produção de petroquímicos !

      Ao contrário de diminuir, esta alteração,  só fará aumentar o valor comercial do petróleo cru !

      Ao contrário do que apregoa mentirosamente a grande imprensa brasileira, desculpem, estrangeira escrevendo em português, porém a serviços de interesse apátridas (anti-nacionais).

      O segundo grupo (2), de menor expressão, constitui-se num grupo minoritário, cujo objetivo
é a maximização de frações básicas lubrificantes e parafinas. Estes produtos têm valores agregados
cerca de duas a três vezes muito maiores que os combustíveis e conferem alta rentabilidade aos
refinadores, embora os investimentos sejam também maiores.

      Desculpem-me pela tristeza e breve interrupção da aula ! Espero ter sido útil !
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      SAIDEIRA !    PARA PENSAR E REFLETIR ! Breve instrução dada pelo Sr. Rockefeller aos gerentes e executivos da Esso nos países da América Central (1927).

John Davison Rockefeller (Fundador da Standard Oil - EXXON-MOBIL)

" Não se limitem a comprar propriedades e poços de petróleo, comprem também os donos delas, além dos jornalistas e governantes das republiquetas onde se localizam os poços ! "



domingo, 20 de outubro de 2013

ALIENAR O SUBSOLO DO TERRITÓRIO NACIONAL É CRIME PREVISTO NO CÓDIGO PENAL MILITAR !

código penal militar brasileiro

        Art. 142. Tentar:


        I - submeter o território nacional, ou parte dêle, à soberania de país estrangeiro;


        II - desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, o território nacional, desde que o fato atente contra a segurança externa do Brasil ou a sua soberania;


        III - internacionalizar, por qualquer meio, região ou parte do território nacional:


        Pena - reclusão, de quinze a trinta anos, para os cabeças; de dez a vinte anos, para os demais agentes.

Homenagem:
Bautista Vidal, incansável defensor dos interesses nacionais




O criador do Programa do ÁlcoolJosé Walther Bautista Vidal, faleceu no sábado, 1 de junho. O pesar foi grande para as centenas de milhares de brasileiros e brasileiras que o conheceram, participaram de suas palestras, leram seus livros e tiveram conhecimento de suas realizações à frente da Secretaria de Tecnologia Industrial (STI) do Ministério da Indústria e do Comércio, de 1974 a 1978, e das que levou adiante e inspirou depois disso.

Mas, desde logo, veio à mente dos seus amigos a memória da vitalidade e do entusiasmo produtivo que caracterizou a existência de Bautista Vidal. De fato, uma das qualidades que o distinguiu é a de lutador.

Certamente o que seu espírito está esperando de nós é darmos prosseguimento à luta que foi sua principal razão de viver: esclarecer nossos compatriotas para que se libertem do jugo da tirania financeira, que abrange não só o cartel anglo-americano do petróleo e associados, mas também o que ele denominou a tirania vídeo-financeira, a que assegura a escravização por meio da desinformação e da destruição dos valores civilizatórios.

Os que estivemos juntos com Bautista Vidal – em palestras, reuniões e encontros em numerosas cidades brasileiras – sabemos que ele semeou informações científicas e técnicas e, mais que isso, despertou a chama do sentimento nacional e a compreensão de que a grandiosidade do país é incompatível com a situação à qual nosso povo está sendo submetido: a de ser pretensamente governado, há decênios, por medíocres e covardes, meros executantes do que determina a oligarquia capitalista estrangeira.

Que não se iluda quem pensar que estas palavras contêm viés ideológico. Com efeito, entre os que absorveram lições de Bautista Vidal está gente da extrema-esquerda à extrema-direita.

O que tem em comum toda essa gente? Simplesmente o sentimento de nacionalidade e a percepção de que o Brasil está sendo saqueado, que não merece sê-lo e que há que abandonar a passividade: mudar esse estado de coisas. Só não compreendem a demonstração de coisas concretas e objetivas aqueles cujas sinapses inter-neuronais estão bloqueadas por preconceitos.

As veementes condenações de Bautista Vidal dirigiam-se aos que se submetem às falsas verdades convencionais, veiculadas notadamente por organismos internacionais, como o Banco Mundial, a OMC e a própria CEPAL, cujas políticas Vidal desnudou em seu último livro, “A Economia dos Trópicos”.

Bautista Vidal escreveu 12 livros, entre os quais: De Estado Servil à Nação Soberana; Civilização Solidária dos Trópicos; Soberania e Dignidade; Raízes da Sobrevivência; O Esfacelamento da Nação; A Reconquista do Brasil; Petrobrás – Um Clarão na História, no qual ressalta a importância das ações do presidente Getúlio Vargas.

Na Secretaria de Tecnologia Industrial (STI), Bautista Vidal fundou o Programa do Álcool, graças ao qual o Brasil foi o primeiro país a dominar plenamente a tecnologia de fabricação eficiente de álcool combustível. Em determinada altura dos anos 80, praticamente todos os carros produzidos no Brasil eram movidos a etanol.

O Programa do Álcool só não deu maiores frutos porque sofreu influências deletérias, determinadas pelo endividamento do país, causado pelo modelo dependente. Entre essas influências, a do Banco Mundial, que fez privilegiar as grandes usinas e as plantations de cana-de-açúcar. Isso difere muito do que foi idealizado pelos técnicos sob a direção de Vidal: produção descentralizada, evitando os gastos do transporte, geralmente em caminhões a diesel de petróleo, por centenas de quilômetros, da cana até as destilarias e o caminho inverso na distribuição do combustível.

Ademais, nessa indústria, que era nacional – e que, por isso mesmo, realizou importantes desenvolvimentos tecnológicos no país – o projeto da STI abrangia também a bioquímica do etanol e a dos óleos vegetais, com enorme potencial para criar novos produtos substitutivos dos obtidos através da petroquímica.

Bautista Vidal engajou mais de 1.500 técnicos e pesquisadores e estruturou numerosos centros de pesquisa tecnológica, desmontados pelos governos entreguistas que se seguiram. A STI legou, entretanto, o modelo e as soluções adequadas, não só para a produção descentralizada de álcool – combinada com a pecuária e a agricultura – mas ainda as bases para o aproveitamento das magníficas plantas oleaginosas do país, como dendê, macaúba e pinhão manso.

Tudo isso é, até hoje, boicotado e inviabilizado pela Agência “Nacional” do Petróleo, Petrobrás, Ministério das Minas e Energia e demais instituições oficiais, de há muito teleguiadas pelos interesses do cartel mundial do petróleo.

Bautista Vidal não obteve êxito em sua proposta de criar a Empresa Brasileira de Agroenergia, ideia que defendeu em encontros com Lula e colaboradores do governo deste. A Petrobrás Biocombustíveis, que resultou desses esforços, não realiza coisa alguma do recomendado desde os anos 70 pela antiga STI.

Nos anos 80 e grande parte dos anos 90, Bautista Vidal disseminou seus conhecimentos e experiências como professor na Universidade de Brasília, no Departamento de Tecnologia, e coordenador de importantes debates no Núcleo de Estudos Estratégicos. Aí palestrou e convidou palestrantes dos mais destacados de todas as áreas de grande interesse para o país.

Suas intervenções – junto com as do grupo multidisciplinar que, durante muitos anos, participou desses debates – produziram um acervo de contribuições que teriam servido de base para o planejamento estratégico de qualquer país dotado de governos interessados no desenvolvimento nacional.

Entre os valiosos ensinamentos que Vidal transmitia, mencionarei só um, que costumo reiterar entre meus artigos, tal é a falta de entendimento, para a grande maioria das pessoas, deste fundamental conceito: a empresa produtiva, concorrendo no mercado, é o único lugar em que é possível desenvolver tecnologia.

Consequentemente:

1) um país cuja indústria estiver em mãos de empresas transnacionais estrangeiras jamais desenvolverá tecnologia;

2) se a quiser desenvolver, terá que adotar reserva de mercado;

3) de pouquíssimo servem os institutos e centros de pesquisa, se empresas nacionais (de capital nacional) não operarem no mercado com condições de se manterem e desenvolverem.

É de destacar, ainda, a ação exemplar do professor Bautista Vidal como militante na defesa do patrimônio nacional saqueado com as privatizações determinadas pelas potências hegemônicas e impostas pelos governos lacaios de Collor e FHC. Com elas, a União Federal gastou centenas de bilhões de reais (nada recebendo em valor líquido) para entregar patrimônios públicos de valor imensurável, avaliados, em visão de curto prazo, em dezenas de trilhões de dólares.

Recordou-me uma das admiradoras do professor tê-lo visto, em pé, a bordo de um caminhão, com outras figuras ilustres, como o General Antônio Carlos Andrada Serpa, manifestando contra a criminosa doação (privatização) da Cia. Vale do Rio Doce.

Lembra, a propósito, o jornalista Beto Almeida, ter o professor ingressado com representação na Procuradoria da Justiça Militar contra o ex-presidente FHC, acusando-o, fundamentadamente, de alienar o subsolo, território nacional, o que constitui crime dos mais graves entre os cominados pelo Código Penal Militar.

Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento. Foi vice-presidente do Instituto do Sol, presidido por Bautista Vidal. Após, durante cinco anos, suscitar projetos de energia da biomassa em várias cidades do interior do país, o Instituto foi desativado por falta de interesse do governos federal e de governos estaduais em promover esse modo democrático, econômico e ecológico de produzir energia.

MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL explica o interesse pelo PRÉ-SAL

EXPLICAÇÃO DO PROF. OCTAVIO GOUVEIA

A matriz energética explica quanto é consumido por cada País em relação as diversas fontes (tipos) de energia.

A seguir, destacam-se a matriz energética de alguns países e regiões do mundo.







A crise econômica mundial e o Brasil
EUA- Matriz Energetica. Petróleo (importador),Energia Nuclear. População 340 Milhões. Para este pais funcionar ele é movido por termoelétricas que utilizam a queima de combustiveis para movimentar as indústrias e aquecer as casas no inverno. Assim como sua imensa frota de carros 1/1 proporção de carros / habitante.

Europa- Matriz Energética. Petróleo (importador), Gás, Energia Nuclear. População estimada em 750 Milhões. Nos países da periferia como Itália, Grécia e Espanha o petróleo é a principal fonte na matriz energética destes paises. É o mesmo caso americano.Ppara aquecer suas casas no inverno e gerar eletricidade é utilizado termoelétricas ( queima de Combustível fóssil ) .Alemanha e França buscam a Independência investindo em energia renováveis mas estão logje ainda de chegar aos 100% devido ao território frio, solar la, nem pensar.

Russia - Matriz energética Petróleo (Exportador), Energia Nuclear. População 140 Milhões assim como na Europa e nos EUA as casas, a iluminação publica e as industrias se movimentam da queima de combustíveis fósseis e do gás natural. Sua vantagem é ser um país imenso com grandes reservas petrolíferas e de Gás natural. Fatos que a tornam um exportador estrategicamente importantíssimo para a estabilidade da Europa ( a Rússia sustensa em energia e alimentos os europeus ).

China - Matriz Energética.Todos os tipos existentes possiveis. Mas muito dependente da Petrolifera (importador) e da queima de carvão. População 1,3 Bilhão. A china vem causando muita pressão nos preços dos combustíveis, pois o pais já é o maior consumidor de petróeo do mundo. 

Brasil - Matriz energética com Hidrelétricas, Petróleo, Biomassa. População 200 Milhões. Nossa Iluminação publica, Nossas Industrias e nossas Casas são em grande parte iluminadas através de Hidrelétricas. Eis um dos motivos de sermos imunes a crise energética que assola o mundo. 

EM RESUMO:

O petroleo é ainda o ouro negro. É a principal matéria-prima para a construção de estradas, vidros, moldar metais,movimentar industrias, movimentar maquinas agricolas, na geração de alimentos e no momento de transporta-los, movimentar maquinas de guerra, foguetes,fazer pneus, aquecer casas em alguns países frios. Tudo tem em sua base de matéria prima o Petróleo. Mas eis um fator no qual ele é limitado para alguns países Europeus. Vários europeus j não tem mais em seus solo´petróleo. Assim ficam dependentes de importar-lo. Quando algum pais não aceita vendê-lo acorre a invasão apoiada pela OTAN ! 

Pois solar la não funciona no inverno, Eólica não basta só resta o petróleo por isto a Europa faz questão de um mundo Globalizado com a troca de bens.

Assim a China o é também, mas ambos veem um como ameaça ao outro. No mais tudo que vemos é desinformação.

Aquecimento Global é balela para poder diminuir o consumo de petróleo em países em desenvolvimento. 

Com o aumento da população e o aumento do consumo energético veremos cada vez mais conflitos ao redor do mundo. A falta de opções energéticas dos países ricos deixa eles num condição de dificuldades e dependentes dos países em desenvolvimento. Com reservas de petróleo que falta aos ricos !

Aonde tiver petróleo ali estará a guerra. Cuidado Pré-sal !

LIBRA: A MAIOR PRIVATIZAÇÃO DO BRASIL !


ENTREVISTA DE ILDO SAUER

http://www.sindipetrolp.org.br/

sábado, 19 de outubro de 2013

John Davison Rockefeller (Fundador da Standard Oil - EXXON-MOBIL)

" Não se limitem a comprar propriedades e poços de petróleo, comprem também os donos delas e os governantes das republiquetas onde se localizam os poços ! "

GENERAL ESTILLAC LEAL (1948)

"A NAÇÃO QUE ENTREGA O SEU PETRÓLEO ALIENA A SUA SOBERANIA"

A SHELL PREFERE O PRÉ-SAL BRASILEIRO E DESCARTA O SHALE OIL DOS EUA !

As falsas esperanças no shale oil

- A Shell encerra operações com shale oil – 1.800 furos secos
- O Pico Petrolífero continua a assombrar o mundo


por Steve Andrews [*]
.No princípio da semana passada a Shell Oil anunciou que estava a encerrar o seu projecto de investigação do shale oil [petróleo de xisto] no Colorado ocidental. Ao combinar o seu afastamento com o da Chevron, em Fevereiro de 2012, pode-se contar mais um prego no caixão do shale oil. 

Mas uma vez que este recurso não convencional se alinha entre os maiores do mundo, estimado em cerca de 1 milhão de milhões de barris de energia líquida potencial, isto podenão ser o capítulo final nos esforços para desenvolvê-lo. Mas provavelmente será.

O petróleo de xisto pode ser o ouro dos tolos no mundo da energia. Como escreveu em 2005 Randy Udall, um velho amigo e analista de energia: "Se o petróleo bruto é rei, o óleo de xisto é um indigente. Faz parte dos restos. O mistério não é que falte uma indústria do óleo de xisto; é que gastemos milhares de milhões a tentar desenvolver uma". Sua mais incisiva pergunta: serão tais esforços de desenvolvimento actos inspirados ou de desespero?

Um segredo muito mal guardado é que não há petróleo no óleo de xisto. A rocha chamada de marga [1] e o hidrocarboneto que ela contém é uma substância cerúlea que nunca chegou a se transformar em petróleo – o calor e a pressão aplicados ao longo de milhões de anos para transformar o sólido em energia líquida não foram suficientes. Ao invés disso, empresas como a Shell cozeram o querogéneo transformando-o em petróleo através da injecção de energia calorífica. Um bocado de energia calorífica. Quantidades enormes de energia calorífica. De facto, era necessária tanta – uma nova instalação muito grande de energia por cada 100 mil barris/dia de líquido produzido – que o processo, apesar da vasta I&D, nunca fez sentido económico.

A Shell foi cautelosa com os pormenores da sua análise de balanço energético, também conhecido como Energy Return on Energy Invested (rácio EROEI). Mas parece provável que por cada unidade de input de energia para produzir líquido a partir do querogéneo, o output era de apenas duas unidades, talvez 2,5 unidades no melhor dos casos. (Para comparação, o petróleo convencional nos EUA é provável que proporcione aproximadamente 10 unidade de output energético por cada unidade de input.) Além disso, apesar de a Shell afirmar que possuía suficientes direitos de água para abastecer as quantidades substanciais exigidas durante a produção, residentes do árido Colorado ocidental esperam grandes impactos no seu abastecimento de água.

.As grandes exigências de energia e de água sem dúvida contribuíram para a saída da Shell, embora a companhia tendesse a falar em termos de "evolução de prioridades" e "outras oportunidades". Em comentários da Shell para jornalistas, eles não diziam exactamente, "isto acabou. Kaput. Finito". Afinal de contas, isso seria reconhecer o facto de que suas "dezenas de milhões de dólares" investidos desde meados de 2005 na I&D do petróleo de xisto não foram suficientes – um jogo de alto risco tendo como subproduto apenas alguma aprendizagem, mas principalmente dinheiro despejado num buraco de rato.

Se a miséria ama aquela companhia, a Shell tem abundância dela. Durante a era 1915-1920, promotores do petróleo de xisto aguentaram o primeiro dos muitos ciclos de ascensão e queda de investimento. Meio século depois, o mais infame destes crashes atingiu duramente o Colorado ocidental; foi o arder dos nossos US$8 mil milhões de investimento federal em petróleo de xisto principiados durante o fim da década de 1970. Quando a Exxon Mobil Corp. abandonou o seu projecto de US$5 mil milhões em 2 de Maio de 1982 (chamado "Bloody Sunday), ela cortou 2.200 empregos e remeteu o Colorado ocidental e central para uma depressão de uma década. Hoje, a decisão da Shell tem impacto apenas em algumas dúzias de habitantes do Colorado. Mas dá uma pancada no mais recente entusiasmo com o petróleo de xisto.

Ainda em 2005, um congressista da Califórnia – que deve ter sido ou cego, ou tolo ou perturbado – entoava que se simplesmente avançássemos com o programa do petróleo de xisto, como afirmava um relatório do Departamento da Energia, os EUA podiam estar a produzir 10 milhões de barris por dia num par de décadas. Uma vez que a nossa produção de petróleo do tipo US$3/barril realmente atingiu o pico perto dos 10 milhões de b/d há uns 40 anos atrás, a noção de que podíamos alguma vez produzir tanto do muito mais caro petróleo de xisto era ilusória.

Randy classificava-se na primeira linha dos cépticos do petróleo de xisto. A nossa visita conjunta ao sítio de investigação Mahogany Creek, da Shell, em Agosto de 2005, deu o pontapé de saída às suas preocupações. Ao longo dos oito anos seguintes ele escreveu numerosos artigos brutalmente francos, inclusive: "Illusive Bonanza: Pulling the Sword from the Stone", e começou a falar publicamente acerca dos desafios e aspectos negativos do petróleo de xisto. Ele raramente poupava palavras.

Durante a nossa visita ao sítio de I&D da Shell, o pessoal da companhia mostrou-nos a pequena área, um local do tamanho de uma garagem para dois carros, a partir da qual haviam produzido 2000 barris de líquidos de petróleo de alta qualidade. Aquilo era a culminação de 25 anos de esforços de I&D. Eles opinavam que depois de mais outros cinco anos de I&D, em 2010, deveriam ser capazes de tomar uma decisão de avançar ou não avançar a comercialização. Mas em 2010 a Shell admitiu que precisava de mais tempo. Agora temos a sua resposta: vamos sair daqui.

Antes de Randy ter morrido, em Junho último, talvez a sua última publicação tenha sido um artigo questionando uma viragem recente na história do petróleo de xisto: a entrada da companhia Enefit, de propriedade do governo da Estónia, na saga do petróleo de xisto estado-unidense. A Estónia aparentemente concordou em subsidiar esforços da Enefit para exportar sua tecnologia do petróleo de xisto para os EUA e alhures. Um engenheiro de minas estoniano quis saber porque os contribuintes estonianos estavam a subsidiar com 500 milhões de kroons um tal desenvolvimento. Randy continuou assim:

"Mas o que é um "kroon", alguém pode perguntar. Kroons foram outrora a divisa local na Estónia. Então, quando o país adoptou o Euro, as velhas notas bancárias foram comprimidas em tijolos e queimadas como combustível de aquecimento. Foi mais inteligente queimá-las assim, na minha opinião, do que queimá-las no petróleo de xisto".

Mas a simples dimensão deste objectivo ilusório e os altos preços dos produtos petrolíferos tornam provável que continue algum nível de I&D, com ou sem grandes companhias de petróleo como a Shell e a Chevron. Assim, como poderia ter dito Yogi Berra [2] , isto não está acabado até estar acabado... embora provavelmente já devesse estar.


ONDE A SHELL GANHARÁ DINHEIRO FÁCIL ?


A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou nesta quinta-feira (19) a relação das 11 empresas, incluindo a Petrobras, que pagaram a taxa para poder participar do leilão do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia da Santos, marcado para 21 de outubro.
A ANP destaca que as empresas interessadas no leilão ainda terão que passar por um processo de habilitação para participar da licitação. O prazo para pagamento da taxa, de pouco mais de R$ 2 milhões, terminou na quarta-feira.
Confira a lista das 11 empresas que pagaram a taxa de participação:

- CNOOC International Limited (China)
- China National Petroleum Corporation (CNPC) (China)
- Ecopetrol (Colômbia)
- Mitsui & CO (Japão)
- ONGC Videsh (Índia)
- Petrogal (Portugal)
- Petrobras (Brasil)
- Petronas (Malásia)
- Repsol/Sinopec (Hispano-Chinesa)
- Total (Francesa)

- Shell (Anglo-Holandesa)

SHALE OIL: A MENTIRA SOBRE A FARTURA DE PETRÓLEO NOS EUA !

Se eu for enganado duas vezes, a vergonha é minha

A indústria petrolífera relança o conto falso da abundância
– repetição das lérias que dizia no fim da década de 1990

por Kurt Cobb [*]

 
Se você actua sob a hipótese de que o petróleo da terra – ou pelo menos o material barato – está prestes a acabar, não vai prosperar na nova era do petróleo. A tecnologia está a tornar possível descobrir, produzir e refinar petróleo tão eficientemente que a sua oferta, pelo menos para finalidades prática, é basicamente ilimitada. 
– BusinessWeek, 14/Dezembro/1998

Esta era a história contada pela indústria antes de uma década de ascensão nos preços que culminou num pico histórico em 2008. Só mesmo a indústria petrolífera teria agora a audácia de mais uma vez apregoar como se fosse novidade um conto que se revelou errado ao longo de mais de uma década. Ao alistar os media e o seu exército de consultores pagos, a indústria está mais uma vez a dizer ao público que a abundância de petróleo está à mão. E, o que é duplamente audacioso, é que ela está a promover este conto quando os preços do petróleo pairam a níveis mais de oito vezes superiores dos de 1999. A indústria está claramente a contar com a amnésia colectiva para se proteger do ridículo.

O propósito da indústria é transparente. Assegurar que o mundo permaneça viciado em combustíveis fósseis convencendo a todos que as nossas fontes de energia – mais de 80% das mesmas são combustíveis fósseis – não precisam mudar. É uma estratégia vencedora mesmo que a sua premissa esteja errada, pois as companhias de petróleo ainda têm enormes reservas de combustíveis fósseis debaixo da terra que querem vender a preços máximos. E vão conseguir esses preços máximos se os governos, as empresas e as famílias deixarem de se converter para alternativas e permanecerem portanto reféns dos combustíveis fósseis.

Num golpe de génio de relações públicas, a indústria enviou recentemente um dos seus, Leonardo Maugeri , um executivo italiano do petróleo, para um trabalho extra como "research fellow" em Harvard. É difícil imaginar um nome mais prestigioso para propalar os sistematicamente ultra optimistas pronunciamentos da indústria acerca da oferta petrolífera – muito embora sejamos informados em tipo itálico no rodapé do relatório de Maugeri que "declarações e visões expressas neste resumo são unicamente as do autor e não implicam endosso por parte da Universidade de Harvard, da Harvard Kennedy School ou do Belfer Center for Science and International Affairs". Imagine quantos media imprimiram esta ressalva.

Pode encontrar o relatório de Maugeri aqui . O que não encontrará aí ou nos relatos habituais dos media são as suas previsões sistematicamente falhadas acerca da ascensão da oferta na última década, oferta que era suposto resultar numa inundação de petróleo. Aqui está uma jóia de 2006 num artigo que escreveu para a Forbes Magazine : "Uma previsão plausível é que no fim da década a procura diária por petróleo ter-se-á expandido em 7 a 8 milhões de barris. Se a produção global continuar às taxas actuais, ela poderia crescer em 12 a 15 milhões de barris por dia nesse período. Por outras palavras, há petróleo mais do que suficiente no terreno". A alegação de Maugeri era que altos preços resultariam numa resposta da oferta que trariam de volta a abundância dos bons velhos tempos. Naturalmente, ninguém a cobrir o seu recente relatório teve o incomodo de mencionar que a sua previsão de 2006 estava errada – e não por apenas um pouco. A produção mundial de petróleo tem estado estagnada desde 2005. A sua alardeada resposta da oferta nunca se materializou.

Diapositivo 8.Mas não foi por falta de tentativas da indústria petrolífera. Como explicou John Westwood, presidente da empresa de consultoria em energia Douglas-Westwood, numa recente apresentação de diapositivos, está a tornar-se excessivamente difícil acrescentar nova capacidade de produção de petróleo. Uns US$2,4 milhões de milhões (trillion) de despesas de capital da indústria petrolífera, entre 1994 e 2004, aumentaram a taxa mundial de produção de petróleo em 12 milhões de barris por dia. Contudo, os US$2,4 milhões de milhões em despesas de capital gastos entre 2005 e 2010 resultaram numa diminuição na taxa de produção de petróleo de 200 mil barris por dia (Ver diapositivo 8). 

Ainda assim, Maugeri e a indústria como um todo continuam a tentar convencer toda a gente de que as coisas agora mudaram. Naturalmente, eles persistentemente permanecem longe dos dados e tendências reais as quais mostram ofertas de petróleo estagnadas desde 2005 apesar da ascensão de preços, algo que tenderia a refutar a sua posição. E eles tentam confundir a questão com o acréscimo de coisas que não são petróleo aos números da oferta de petróleo , tais como líquidos de instalações de gás natural e biocombustíveis, e a seguir aplaudem-se a si próprios por estarem certos acerca da ascensão da produção de petróleo quando, de facto, estão realmente errados.

Maugeri e outros argumentam não com a utilização de factos e sim de fantasias. Tentam vender seu futuro imaginado recorrendo a vastas ofertas de petróleo de fontes com teor extremamente baixo e que ninguém até então compreendeu como extrair lucrativamente , tais como xisto petrolífero (oil shale) – não confundir com óleo de xisto (shale oil) o qual é adequadamente chamado tight oil . Ou projectando taxas irrealistamente baixas do declínio mundial dos campos existentes , pretendendo que os campos existentes são algo como fábricas que se pode fazer produzir não muito abaixo dos níveis actuais por um período de tempo prolongado ao invés de declinarem a taxas historicamente observadas. Ou então ainda empenhando-se em projecções fantasiosas do crescimento da oferta não baseadas nos dados existentes e num entendimento adequado da informação histórica e técnica.

Mas como qualquer bom profissional de RP lhe dirá, é a manchete que conta. Assim, Maugeri e outros obtiveram toda espécie de manchetes a proclamarem uma nova era de abundância petrolífera. Os repórteres tendem a centrar-se nos números mais altos e afirmações mais grossas de qualquer relatório. E o público frequentemente avalia a verdade de tais afirmações, especialmente se forem de natureza técnica, pelo número de vezes que as ouve .

Com o preço do petróleo na Europa ainda paira acima dos US$100 por barril, as pessoas acham confortantes as historietas de Maugeri e outros porque as mesmas prometem continuidade. Mas a mudança já está em torno de nós nos mercados de petróleo e tem estado durante mais de uma década. Finalmente, a volatilidade destes mercados e as realidades da oferta constrangida demonstrarão ao público a verdade acerca da matéria. Nessa altura, contudo, poderemos ter perdido uma outra década de preparação devido à complacência criada por uma habilmente fabricada fantasia de abundância destinada a adormecer os decisores políticos e o público num transe sonhador de aquiescência.

PERGUNTAS SOBRE O LEILÃO DE LIBRA (PROFESSOR OCTAVIO GOUVEIA)

PARA PENSAR, RESPONDER SE POSSÍVEL e  REFLETIR !

EXPLIQUEM SE PUDEREM PRESIDENTA DILMA e BRASILEIROS QUE SÃO A FAVOR DO LEILÃO DE LIBRA !

1) Por acaso existe algum País desenvolvido (Rico e com elevado IDH) fazendo LEILÃO de sua reservas de Petróleo ?
Não !
Qual será o motivo desta negativa ?


2) Por acaso os Países que mais crescem suas economias atualmente (China, Rússia e Índia) estão fazendo Leilão das suas reservas de Petróleo e Gás ?
de novo a resposta é NÃO !
Qual será o motivo desta negativa ?





18/10/2013 20h05 - Atualizado em 18/10/2013 23h07

Justiça negou 7 dos 19 pedidos para

 

suspender leilão do pré-sal, diz AGU


Leilão do Campo de Libra está marcado para segunda (21), no Rio.
Advogados da União estão 'de plantão' em todos os estados e no DF.

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília

A Advocacia Geral da União informou na noite desta sexta-feira (18) que o governo tem conhecimento de 19 pedidos na Justiça para suspender o leilão do Campo de Libra, o primeiro do pré-sal sob as novas regras do modelo de partilha. Até a última atualização desta reportagem, sete pedidos já foram rejeitados em todo o país, segundo a assessoria do órgão.
Conforme a AGU, advogados da União estão "de plantão" em todos os estados e no Distrito Federal para monitorar a tramitação das ações e atuar em caso de necessidade.
O leilão está previsto para esta segunda-feira (21), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A presidente Dilma Rousseff assinou um decreto que autoriza o envio de tropas do Exército para reforçar a segurança e garantir a realização do leilão.
Mais cedo, a Justiça Federal de São Paulo negou pedido feito pelo ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras Ildo Sauer e pelo jurista Fábio Konder Comparato, ambos professores da Universidade de São Paulo (USP), para suspender o leilão.
A ação popular apresentada pelos professores pedia decisão liminar (provisória) para suspender o leilão, mas a juíza Carla Cristina de Oliveira Meira, da 21ª Vara Federal Cível, negou.

Ao analisar o pedido, a juíza Carla Meira afirmou que é "inegável" o interesse público sobre o tema, mas disse que não seria possível analisar todos os argumentos técnicos apresentados antes da realização do leilão e que, por conta disso, adotaria o princípio de que o poder público se baseou em estudos para decidir sobre a exploração do campo.
Fábio Konder Comparato e Ildo Sauer são contrários ao leilão por entenderem que a disputa fere os interesses nacionais. No processo, eles disseram que o leilão "configuraria lesão econômica ao patrimônio, ilegalidade e violação à moralidade administrativa, além de comprometimento do caráter competitivo da concorrência".
"Impõe-se considerar que o ato administrativo detém a prerrogativa da presunção da legalidade e, especificamente aqui, entendo que o modelo de exploração e as regras do certame, igualmente, se baseiam em estudos e opções eleitas pela administração pública de semelhante complexidade e seriedade."
Leilão de Libra
O leilão do Campo de Libra, maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil, é o primeiro a ser realizado para conceder áreas para exploração de petróleo e gás natural na região do pré-sal sob o regime de partilha de produção.
Pelas regras da partilha, vencerá o leilão o consórcio que destinar a maior parcela do óleo à União. A Petrobras será a operadora única e sócia de todos os campos, com no mínimo 30% de participação.
A expectativa do governo é de produção de 1 milhão de barris de óleo por dia no Campo de Libra.
Manifestações
Em Brasília, o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que as manifestações contra o leilão do campo de Libra – a maior reserva de petróleo já encontrada no Brasil – são legítimas.
Funcionários da Petrobras entraram em greve no Rio em protesto e prometem atos na próxima segunda para tentar barrar a realização.
"As manifestações não comprometerão o leilão de Libra. Elas devem ocorrer dentro do processo democrático, sem o uso da violência", afirmou Carvalho, após audiência no Senado.
Movimentos sociais, apoiados por esses sindicatos, ex-diretores da Petrobras e alguns acadêmicos tentam barrar o leilão na Justiça, defendendo que ele vai "privatizar" uma das maiores riquezas do país.
Em uma tentativa de evitar tumulto, o governo decidiu convocar o Exército e a Força Nacional de Segurança para o evento em que será anunciado o resultado da disputa, no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca.
Segundo Gilberto Carvalho, é dever do Estado ter uma contenção para um evento dessa natureza. "Esperamos que essa força que estamos dispondo no Rio de Janeiro não seja necessária", afirmou.  "Diante do que tem ocorrido, preferimos fazer um processo que previna a atuação de grupos mais radicais", declarou.
Sobre as críticas, Carvalho disse que o leilão é necessário para a exploração e que a produção de petróleo ficará "sob o controle do país e do brasileiro". "Esse recurso não faz sentido ficar embaixo da terra. Ele tem que vir a tona para que se transforme em riqueza a ser apropriada pelo conjunto do povo brasileiro"
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