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sexta-feira, 27 de março de 2015

A petrobras devido aos escândalos recentes abrirá concurso ainda esse ano ?

CURSO CPOG parabeniza seus 21 alunos aprovados na 
prova e convocados em 09 de Abril de 2015 para  teste físico no concurso da
BR  DISTRIBUIDORA  /  OPERADOR

ALEX DE ANDRADE
ALEXADRE FIDELIS DA SILVA
ALLAN DE ALMEIDA CORREA
ARTHUR DE OLIVEIRA DANTAS
CLAVIER CLAUDIO OLIVEIRA DE CARVALHO
ELISAMA DE OLIVEIRA MACEDO
ERIVELTON DINIZ DE OLIVEIRA
ESDRAS DOS SANTOS MENDES
FILIPE RODRIGUES VIEIRA 
GABRIEL COSTA LIMA DA SILVA
GABRIEL MARTINS MONTEIRO
GUILHERME DO NASCIMENTO JALES
IURI RUMBELSPERGER FERRAZ DA FONSECA
LORRAINY SANTOS DA SILVA
MARCELA MOREIRA DA SILVA
RAPHAEL MUNIZ PACHECO
RENAN TRIACA
RENAN WILSON DOS SANTOS NOBRE
THAMIS MEDINA MILLEM
VINICIUS LIMA FERREIRA
WELLINGTON ARAUJO DOS SANTOS


PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A. PROCESSO SELETIVO PÚBLICO PARA PREENCHIMENTO DE VAGAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO EM CARGOS DE NÍVEL MÉDIO E DE NÍVEL SUPERIOR CONVOCAÇÃO PARA O EXAME DE CAPACITAÇÃO FÍSICA PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A. torna pública a convocação para o Exame de Capacitação Física para o cargo de Técnico(a) de Operação Júnior, do Processo Seletivo Público PSP RH 1/2014, publicado no DOU do dia 15 de dezembro de 2014.
http://www.cesgranrio.org.br/pdf/br0114/br0114_convocacao_fisica.pdf (clicar aqui e confira o seu nome na lista)


 VAGAS na PETROBRAS: PREVISÃO DE CONCURSOS (NOVO EDITAL em 2015) 




PERGUNTA ACIMA: 

Foi feita por um aluno do Curso CPOG / PREPARATÓRIO PARA A PETROBRAS ao Prof. Octavio Gouveia.

RESPOSTA DO PROF. OCTAVIO GOUVEIA

    Todas as atividades da PETROBRAS estão normais. 

    Ou melhor crescentes. A produção de petróleo, o refino e a produção de derivados, o abastecimento de combustíveis em todo o Brasil. A exportação de combustíveis para vários países do mundo. 

    Na imprensa se fala o tempo todo de três ou quatro ladrões e safados que infelizmente um dia foram empregados da PETROBRAS. Eles e dezenas de políticos juntos com a mídia são os responsáveis por toda esta campanha visando difamar a empresa. Esta empresa, a maior do Brasil e quinta no mundo no setor de energia, é mantida com o trabalho duro e honesto de mais de 80.000 funcionários diretos (TODOS CONCURSADOS) e quase 500.000 trabalhadores indiretos que sofrem com esta vergonha causada por quatro ex-funcionários-ladrões e por políticos corruptos em pleno CONGRESSO NACIONAL.

    Em qualquer País civilizado do mundo esta campanha difamatória teria consequência judiciais muito caras para os orgãos de imprensa levianos e difamadores da maior empresa do País. Imagine uma campanha destas no Japão contra a MITSUBISHI. Ou na Coréia contra a HYUNDAI. Ou na França contra a RENAULT. Ou na Itália contra a FERRARI. Ou na Inglaterra contra a SHELL. Ou nos EUA contra a MOBIL ou a COCA-COLA COMPANY !  Isto é DIFAMAÇÂO ! 

DIFAMAR !

    É o que nossa grande mídia tem feito com a PETROBRAS ! Esta tem o Brasil até no nome ! E com certeza é mais importante para a economia e para o desenvolvimento do Brasil do que as empresas citadas acima nos seus países de origem !

 Os  c o n c u r s o s   na   PETROBRAS

t a m b é m    s e g u e m    n o r m a i s !

Em breve teremos outro !


Isto a mídia não divulga ! ! ! ! ! ! ! !
Pq ? ? ?

quem desdenha quer comprar !


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Para refletir ! 
Frase do fundador da indústria do petróleo nos EUA (pioneiro da EXXON-MOBIL e da CHEVRON-TEXACO)


John Davison Rockefeller 

(Fundador da Standard Oil - EXXON-MOBIL)

" Não se limitem a comprar propriedades e
poços de petróleo, comprem também os 
donos delas (das republiquetas, ou seja, seus políticos) e os donos dos jornais das republiquetas
onde se localizam os poços ! "
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comentário do Prof. Octavio Gouveia

   Nesta frase , dita no início do século XX, Rockefeller sugere aos gerentes da ESSO
na América Central e na Venezuela como proceder com os políticos e com a imprensa
destes países; de forma a fazê-los ceder (no popular, ABRIR AS PERNAS) aos interesses
das empresas americanas de petróleo em explorar as reservas de petróleo localizadas 
no território destes países. 
   Mais de cem anos depois ela parece muito atual !  E local ! Aqui no Brasil ? ! ?














DICAS e INFORMAÇÕES sobre CONCURSOS para PETROBRAS

DICAS DO PROFESSOR 

OCTAVIO  GOUVEIA (Curso CPOG) :

1 – Não é tarefa fácil passar para a PETROBRAS ! Nosso curso prioriza a resolução de provas dos concursos anteriores. Nome disto: FOCO ! Em outras palavras, estudar o que interessa.
2 – Nossas estatísticas comprovam maior chance de aprovação nos candidatos que começam a estudar antes do edital. Por isso, temos o Curso CPOG aberto durante todo o ano, independente da abertura de edital. 
3- Como trabalhar na PETROBRAS ?

Confira quais são as carreiras mais demandadas dentro da companhia, cargos e salários e também como funciona a ascensão profissional de seus funcionários

ENTREVISTA DO PROF OCTAVIO GOUVEIA (CURSO CPOG) 
PUBLICADA NA REVISTA EXAME
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/como-conseguir-um-empregao-na-petrobras?page=3


O professor e coordenador do curso preparatório CPOG no Rio de Janeiro, Octavio Gouveia, explica o motivo de tanto “burburinho” entre os concurseiros. “É que o sistema Petrobras, que engloba a Petrobras Holding, a BR distribuidora e a Transpetro, costuma ter de 3 a 4 concursos por ano”, diz.

4 - Estude conosco

domingo, 22 de março de 2015

RAZÕES EXTERNAS PARA DIFAMAR E DIMINUIR O VALOR DAS AÇÕES DA PETROBRAS: QUEM DESDENHA QUER COMPRAR !

ESPIONAGEM DO BRASIL E DA PETROBRAS FAZEM PARTE DA DOUTRINA MILITAR AMERICANA

Moniz Bandeira: O Brasil e as ameaças de projeto imperial dos EUA


REPORTAGEM de Marco Aurélio Weissheimer

A definição do Brasil como alvo de espionagem dos EUA não é de hoje, diz o historiador e cientista político Moniz Bandeira, em entrevista à Carta Maior.

Arquivo
Em 2005, o cientista político e historiador Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira apontou em seu livro “Formação do Império Americano” as práticas de espionagem exercidas pelas agências de inteligência dos Estados Unidos. Uma prática que, segundo ele, já tem aproximadamente meio século de existência. Desde os fins dos anos 60, diz Moniz Bandeira, a coleta de inteligência econômica e informações sobre o desenvolvimento científico e tecnológico de outros países, adversos e aliados, tornou-se uma prioridade do trabalho dessas agências.

Em seu novo livro, “A Segunda Guerra Fria - Geopolítica e dimensão estratégica dos Estados Unidos – Das rebeliões na Eurásia à África do Norte e Oriente Médio” (Civilização Brasileira), Moniz Bandeira defende a tese de que os Estados Unidos continuam a implementar a estratégia da full spectrum dominance (dominação de espectro total) contra a presença da Rússia e da China naquelas regiões. “As revoltas da Primavera Árabe”, afirma o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que assina o prefácio do livro, “não foram nem espontâneas e ainda muito menos democráticas, mas que nelas tiveram papel fundamental os Estados Unidos, na promoção da agitação e da subversão, por meio do envio de armas e de pessoal, direta ou indiretamente, através do Qatar e da Arábia Saudita”,

Nesta nova obra, Moniz Bandeira aprofunda e atualiza as questões apresentadas em “Formação do Império Americano”. “Em face das revoltas ocorridas na África do Norte e noOriente Médio a partir de 2010, julguei necessário expandir e atualizar o estudo. Tratei de fazê-lo, entre e março e novembro de 2012”, afirma o autor. É neste contexto que o cientista político analisa as recentes denúncias de espionagem praticadas pelos EUA em vários países, inclusive o Brasil.

A definição do Brasil como alvo de espionagem também não é de hoje. Em entrevista à Carta Maior, Moniz Bandeira assinala que a Agência Nacional de Segurança (NSA) interveio na concorrência para a montagem do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), pelo Brasil, e assegurou a vitória da Raytheon, a companhia encarregada da manutenção e serviços de engenharia da estação de interceptação de satélites do sistema Echelon. Na entrevista, o cientista político conta um pouco da história desse esquema de espionagem que, para ele, está a serviço de um projeto de poder imperial de proporções planetárias.

Moniz Bandeira defende que o Brasil, especialmente a partir da descoberta das reservas de petróleo do pré-sal, deve se preparar para defender seus interesses contra esse projeto imperial. “As ameaças existem, conquanto possam parecer remotas. Mas o Direito Internacional só é respeitado quando uma nação tem capacidade de retaliar”, afirma.

Carta Maior: O seu livro "Formação do Império Americano" já tratava, em 2005, do tema da espionagem praticada por agências de inteligência dos Estados Unidos. Qual o paralelo que pode ser traçado entre a situação daquele período e as revelações que vêm sendo feitas hoje?

Moniz Bandeira: Sim, em “Formação do Império Americano”, cuja primeira edição foi lançada em 2005, mostrei, com fundamento em diversas fontes e nas revelações pelo professor visitante da Universidade de Berkeley (Califórnia), James Bamford, que o sistema de espionagem, estabelecido pela National Security Agency (NSA), começou a funcionar há mais de meio século. O objetivo inicial era captar mensagens e comunicações diplomáticas entre os governos estrangeiros, informações que pudessem afetar a segurança nacional dos Estados Unidos e dar assistência às atividades da CIA.

Com o desenvolvimento da tecnologia eletrônica, esse sistema passou a ser usado para interceptar comunicações internacionais via satélite, tais como telefonemas, faxes, mensagens através da Internet. Os equipamentos estão instalados em Elmendorf (Alaska), Yakima (Estado de Washington), Sugar Grove (Virginia ocidental), Porto Rico e Guam (Oceano Pacífico), bem como nas embaixadas, bases aéreas militares e navios dos Estados Unidos.

A diferença com a situação atual consiste na sua comprovação, com os documentos revelados por Edward Snowden, através do notável jornalista Gleen Greenwald, que mostram que a espionagem é feita em larga escala, com a maior amplitude.

Desde os fins dos anos 60, porém, a coleta de inteligência econômica e informações sobre odesenvolvimento científico e tecnológico de outros países, adversos e aliados,  tornou-se mais e mais um dos principais objetivos da COMINT (communications inteligence), operado pela NSA), dos Estados Unidos, e pelo Government Communications Headquarters (GCHQ), da Grã-Bretanha, que em 1948 haviam firmado um pacto secreto, conhecido como UKUSA (UK-USA) - Signals Intelligence (SIGINT). Esses dois países formaram um pool - conhecido como UKUSA - para interceptação de mensagens da União Soviética e demais países do Bloco Socialista, a primeira grande aliança de serviços de inteligência e à qual aderiram, posteriormente, agências de outros países, tais como  Communications Security Establishment (CSE), do Canadá, Defense Security Directorate (DSD), da Austrália e do General Communications Security Bureau (GCSB), da Nova Zelândia. Essa rede de espionagem, chamada de Five Eyes e conhecida também como ECHELON -  só se tornou publicamente conhecida, em março de 1999, quando o governo da Austrália nela integrou o Defence Signals Directorate (DSD),  sua organização de  SIGINT.

Carta Maior: Qual sua avaliação a respeito da reação (ou da falta de) da União Europeia diante das denúncias de espionagem?

Moniz Bandeira: Os serviços de inteligência da União Europeia sempre colaboraram, intimamente, com a CIA e demais órgãos dos Estados Unidos. Os governos da Alemanha, França, Espanha, Itália e outros evidentemente sabiam da existência do ECHELON e deviam intuir que o ECHELON - os Five Eyes - trabalhasse também para as corporações industriais. As informações do ECHELON, sobretudo a partir do governo do presidente Bill Clinton, eram canalizadas para o Trade Promotion Co-ordinating Committee (TPCC), uma agência inter-governamental criada em 1992 pelo Export Enhancement Act e dirigida pelo Departamento de Comércio, com o objetivo de unificar e coordenar as atividades de exportação e financiamento do dos Estados Unidos. Corporações, como Lockheed, Boeing, Loral, TRW, e Raytheon, empenhadas no desenvolvimento de tecnologia, receberam comumente importantes informações comerciais, obtidas da Alemanha, França e outros países através do ECHELON.

O presidente Clinton recorreu amplamente aos serviços da NSA para espionar os concorrentes e promover os interesses das corporações americanas. Em 1993, pediu à CIA que espionasse os fabricantes japoneses, que projetavam a fabricação de automóveis com zero-emissão de gás, e transmitiu a informação para  a Ford, General Motors e Chrysler. Também ordenou que a NSA e o FBI, em 1993, espionassem  a conferência da Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC), Seattle, onde aparelhos foram instalados secretamente em todos os quartos do hotel, visando a  obter informação relacionada com negócios para a construção no Vietnã, da hidroelétrica Yaly. As informações foram passadas para os contribuintes de alto nível do Partido Democrata. E, em 1994, a NSA não só interceptou faxes e chamadas telefônicas entre o consórcio europeus Airbus e o governo da Arábia Saudita,  permitindo ao governo americano intervir  em favor da Boeing Co, como interveio na concorrência para a montagem do SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), pelo Brasil, e assegurou a vitória da Raytheon, a companhia encarregada da manutenção e serviços de engenharia da estação de interceptação de satélites do sistema  ECHELON, em  Sugar Grove.

Carta Maior: Um dos temas centrais de seus últimos trabalhos é a configuração do Império Americano. Qual é a particularidade desse Império Americano hoje? Trata-se de um Império no sentido tradicional do termo ou de um novo tipo?

Moniz Bandeira: Todos os impérios têm particularidades, que são determinadas pelo desenvolvimento das forças produtivas. Assim, não obstante a estabilidade das palavras, o conceito deve evoluir conforme a realidade que ele trata de representar. O império, na atualidade, tem outras características, as características do ultra-imperialismo, o cartel das potências industriais, sob a hegemonia dos Estados Unidos, que configuram a única potência capaz de executar uma política de poder, com o objetivo estratégico de assegurar fontes de energia e de matérias primas, bem como os investimentos e mercados de suas grandes corporações, mediante a manutenção de bases militares, nas mais diversas regiões do mundo, nas quais avança seus interesses, através da mídia, ações encobertas dos serviços de inteligência, lobbies, corrupção, pressões econômicas diretas ou indiretas, por meio de organizações internacionais, como Banco Mundial, FMI, onde detém posição majoritária. As guerras, para o consumo dos armamentos e aquecimento da economia, foram transferidas para a periferia do sistema capitalista.

É óbvio, portanto, que o Império Americano é diferente do Império Romano e do Império Britânico. Ainda que informal, isto é, não declarado, os Estados Unidos constituem um império. São a única potência, com bases militares em todas as regiões do mundo e cujas Forças Armadas não têm como finalidade a defesa das fronteiras nacionais, mas a intervenção em outros países. Desde sua fundação, em 1776, os Estados Unidos estiveram at war 214 em seus 236 anos do calendário de sua existência, até dezembro de 2012. Somente em 21 anos não promoveram qualquer guerra. E, atualmente, o governo do presidente Barack Obama promove guerras secretas em mais de 129 países. O Império Americano (e, em larga medida, as potências industriais da Europa) necessita de guerras para manter sua economia em funcionamento, evitar o colapso da indústria bélica e de sua cadeia produtiva, bem como evitar o aumento do número de desempregados e a bancarrota de muitos Estados americanos, como a Califórnia, cuja receita depende da produção de armamentos.

Ademais do incomparável poderio militar, os Estados Unidos também detém o monopólio da moeda de reserva internacional, o dólar, que somente Washington pode determinar a emissão e com a emissão de papéis podres e postos em circulação, sem lastro, financiar seus déficits orçamentários e a dívida pública. Trata-se de um "previligégio exorbitante", conforme o general Charles de Gaulle definiu esse unipolar global currency system, que permite aos Estados Unidos a supremacia sobre o sistema financeiro internacional.

Carta Maior: Qual a perspectiva de longo prazo desse império? 

Moniz Bandeira: Os Estados Unidos, como demonstrei nesse meu novo “A Segunda Guerra Fria”, lançado pela editora Civilização Brasileira, estão empenhados em consolidar uma ordem global, um império planetário, sob sua hegemonia e da Grã-Bretanha, conforme preconizara o geopolítico Nicholas J. Spykman, tendo os países da União Européia e outros como vassalos. O próprio presidente Obama  reafirmou, perante o Parlamento britânico, em Westminster (maio de 2011) que a “special relationship” dos dois países (Estados Unidos e Grã-Bretanha), sua ação e liderança eram indispensáveis à causa da dignidade humana, e os ideais e o caráter de seus povos tornavam “the United States and the United Kingdom indispensable to this moment in history”. Entremente, o processo de globalização econômica e política, fomentado pelo sistema financeiro internacional e pelas grandes corporações multinacionais, estava a debilitar cada vez mais o poder dos Estados nacionais, levando-os a perder a soberania sobre suas próprias questões econômicas e sociais, bem como de ordem jurídica.

O Project for the New American Century, dos neo-conservadores  e executado pelo ex-presidente George W. Bush inseriu os Estados Unidos em um estado de guerra permanente, uma guerra infinita e indefinida, contra um inimigo assimétrico, sem esquadras e sem força aérea, com o objetivo de implantar a full spectrum dominance, isto é, o domínio completo da terra, mar, ar e ciberespaço pelos Estados Unidos, que se arrogaram à condição de única potência verdadeiramente soberana sobre a Terra, de  "indispensable nation" e “exceptional”.

O presidente Barack Obama  endossou-o, tal como explicitado na Joint Vision 2010 e ratificado pela Joint Vision 2020, do Estado Maior-Conjunto, sob a chefia do general de exército Henry Shelton. E o NSA é um dos intrumentos para implantar a full spectrum dominance, uma vez que monitorar as comunicações de todos os governantes tanto aliados quanto rivais é essencial para seus propósitos. Informação é poder

Carta Maior: Qual o contraponto possível a esse império no ambiente geopolítico atual?

Moniz Bandeira: Quando em 2006 recebi o Troféu Juca Pato, eleito pela União Brasileira de Escritores "Intelectual do ano 2005", por causa do meu livro “Formação do Império Americano”, pronunciei um discurso, no qual previ que, se o declínio do Império Romano durou muitos séculos, o declínio do Império Americano provavelmente levará provavelmente algumas décadas. O desenvolvimento das ferramentas eletrônicas, da tecnologia digital, imprimiu velocidade ao tempo, e a sua queda será tão vertiginosa, dramática e violenta quanto sua ascensão. Contudo, não será destruído militarmente por nenhuma outra potência. Essa perspectiva não há. O Império Americano esbarrondará sob o peso de suas próprias contradições econômicas, de suas dívidas, pois não poderá indefinidamente emitir dólares sem lastros para comprar petróleo e todas as mercadorias das quais depende, e depender do financiamento de outros países, que compram os bonus do Tesouro americano, para financiar seu consumo, que excede a produção, e financiar suas guerras.

É com isto que a China conta. Ela é o maior credor dos Estados Unidos, com reservas de cerca US$ 3,5 trilhões, das quais apenas US$ 1,145 trilhão estavam investidos em U.S. Treasuries. E o  ex-primeiro-ministro Wen Jiabao  previu o “primeiro estágio do socialismo para dentro de 100 anos”, ao afirmar que o Partido Comunista persistiria executando as reformas e inovação a fim de assegurar o vigor e vitalidade e assegurar o socialismo com as características chinesas, pois “sem a sustentação e pleno desemvolvimento das forças produtivas, seria impossível alcançar a equidade e justiça social, requesitos essenciais do socialismo.”

Carta Maior: Na sua opinião, o que um país como o Brasil pode fazer para enfrentar esse cenário?

Moniz Bandeira: O ministro-plenipotenciário do Brasil em Washington, Sérgio Teixeira de Macedo, escreveu, em 1849, que não acreditava que houvesse “um só país civilizado onde a idéia de provocações e de guerras seja tão popular como nos Estados Unidos”. Conforme percebeu, a “democracia”, orgulhosa do seu desenvolvimento, só pensava em conquista, intervenção e guerra estrangeira, e preparava, de um lado, a anexação de toda a América do Norte e, do outro, uma política de influência sobre a América do Sul, que se confundia com suserania.

O embaixador do Brasil em Washington, Domício da Gama, comentou, em 1912, que o povo americano, formado com o concurso de tantos povos, se julgava diferente de todos eles e superior a eles. E acrescentou que “o duro egoísmo individual ampliou-se às proporções do que se poderia chamar de egoísmo nacional”. Assim os Estados Unidos sempre tenderam e tendem a não aceitar normas ou limitações jurídicas internacionais, o Direito Internacional, não obstante o trabalho de Woodrow Wilson para formar a Liga das Nações e de Franklin D. Roosevelt para constituir a ONU. E o Brasil, desde 1849, esteve a enfrentar a ameaça dos Estados Unidos que pretendiam assenhorear-se da Amazônia.

Agora, a situação é diferente, mas, como adverti diversas vezes, uma potência, tecnologicamente superior, é muito mais perigosa quando está em declínio, a perder sua hegemonia e quer conservá-la, do que quando expandia seu império. Com as descobertas das jazidas pré-sal, o Brasil entrou no mapa geopolítico do petróleo. As ameaças existem, conquanto possam parecer remotas. Mas o Direito Internacional só é respeitado quando uma nação tem capacidade de retaliar. O Brasil, portanto, deve estar preparado para enfrentar, no mar e em terra, e no ciberespaço, os desafios que se configuram, lembrando a máxima “se queres a paz prepara-te para a guerra” (Si vis pacem,para bellum)

REFINARIA de PASADENA COMEÇA A DAR LUCRO ! A imprensa esqueceu de falar nela ? Why ?

Lucro de Refinaria de Pasadena deixa TCU em posição desconfortável: o negócio é um sucesso!

Com a divulgação, pela Petrobras, de seu relatório especial sobre a Refinaria de Pasadena, a população brasileira, que vinha sendo contaminada com informações agourentas sobre o negócio realizado, é informada de que o lucro líquido da estatal com ela neste 1º semestre de 2014 foi de US$ 73 milhões, isto é, R$ 160 milhões.

Isso quer dizer que Pasadena pode pagar em menos de dois anos os R$ 700 milhões de prejuízo calculados pelo relator José Jorge, do TCU, e com sobra!

Com isso, o relator José Jorge, que no governo Fernando Henrique ocupou o ministério da Energia, fica em posição desconfortável, já que até agora ninguém havia se lembrado de lhe cobrar o prejuízo, à sua época, de US$ 1,5 bilhão pelo afundamento da plataforma P-36, pois afinal desastres acontecem e há que se ter compreensão para tais fatos.

Abaixo, para o conhecimento de vocês, o post publicado no blog da Petrobras.
pasadena 1
Visão noturna da Refinaria de Pasadena (2007)

Pasadena é um complexo de refino e comercialização, localizado no Texas, às margens de importante via navegável, fazendo parte de um centro refinador de 2 milhões de barris por dia e exportador de derivados para o mercado norte americano. A refinaria está em plena atividade, tem capacidade de refino de 100 mil barris por dia e, no momento, opera de forma rentável com petróleo leve disponível nos Estados Unidos a partir do crescimento da produção local de óleo não convencional (tight oil).
À época da aquisição dos 50% iniciais, em 2006, o negócio foi considerado potencialmente bom e atendia aos pressupostos do Plano Estratégico da Petrobras, contemplando os investimentos a serem feitos para que a Refinaria passasse a processar petróleo pesado da Petrobras, mediante a implementação de projeto de ‘’Revamp” na refinaria.
Mas, com a crise econômica nos EUA a partir de 2008 e consequente queda na demanda de derivados, as margens de refino caíram significativamente. Além disso, o preço do petróleo que tinha também se reduzido a partir de agosto de 2008 e em 2009, voltou a se elevar de 2010 em diante, não deixando margens para operar a refinaria de forma lucrativa. Nesse quadro, as condições financeiras e econômicas dos negócios no segmento do refino tornaram-se críticas em todo o mundo no pós-crise de 2008. Assim, por conta de uma crise econômica mundial, um negócio potencialmente bom transformou-se em um empreendimento com baixo retorno, o que levou inclusive ao reconhecimento contábil de perdas de US$ 530 milhões, as quais podem ser revertidas no futuro.
Em 2007, houve desentendimentos entre os sócios a respeito do projeto de “Revamp”, ou seja, sobre os investimentos a serem feitos para que a Refinaria passasse a processar petróleo pesado da Petrobras.
Outros dois fatores impactaram profundamente o negócio. A descoberta de vastas reservas de petróleo no pré-sal em 2007 e o acentuado crescimento da demanda de derivados no mercado brasileiro, recomendaram a prioridade de investimentos no segmento de exploração e produção de óleo e na expansão do refino no Brasil. Dessa forma os investimentos previstos para adaptar a refinaria de Pasadena para processar óleos pesados brasileiros (mais barato) perderam a prioridade, não só por causa da falta de rentabilidade decorrente da crise mundial como também pela melhor oportunidade para processar esses óleos no Brasil.
Entenda a cronologia do empreendimento:
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1999 – 2004: Expansão do refino no exterior
Desde 1999, a Petrobras tinha o objetivo de expandir o refino no exterior. Crescia o potencial de produção de petróleo no Brasil, mas o mercado de derivados estava estagnado e não havia capacidade de refino para o volume de óleo pesado descoberto. O óleo pesado é mais denso e exige refinarias mais complexas, para que dê origem a produtos mais leves e valorizados. Ele era exportado, por exemplo, para os EUA com elevado deságio por ser pesado. A aquisição de refinarias e sua adaptação para processar o óleo Marlim (pesado) no exterior permitiriam, portanto, agregar valor ao óleo pesado, entregando derivados valorizados localmente. Esse posicionamento foi formulado em 1999 (Visão 2010) e confirmado em 2004 (Visão 2015) no Plano Estratégico da empresa.
2004: Astra compra Pasadena da empresa Crown
Em 2004, a empresa Astra assinou contratos com a empresa Crown para aquisição de Pasadena. Conforme apuramos, o valor desembolsado pela Astra, antes da venda para a Petrobras, foi estimado em US$ 360 milhões (equivocadamente circula informação que o custo para Astra teria sido somente US$ 42,5 milhões).


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2005 – 2006: Astra oferece parceria em Pasadena à Petrobras
Após mapeamento que apontava efetiva oportunidade de operação no Golfo do México e oferta da Astra propondo parceria, iniciamos a avaliação da Refinaria de Pasadena:
• Era um complexo localizado em um importante “hub” (centro) de movimentação de petróleo e derivados, em um mercado que crescia;
• Apresentava preço atrativo, já que Pasadena era uma refinaria de óleo leve. Por não ser ainda adaptada para processamento de óleo pesado, custava bem mais barato do que outras refinarias já adaptadas;
• Tinha o diferencial de contar com licenças e espaço físico (terreno) necessários para ser transformada em uma refinaria maior e capaz de processar óleo pesado Marlim, para o que Petrobras e o sócio investiriam na remodelação da unidade (“Revamp”);
• Contava com acesso a um grande parque de armazenamento de petróleo e derivados e com contratos de comercialização e de acesso à infraestrutura para escoamento de derivados;
• Dominava, ainda, conhecimentos para operar no mercado norte-americano, por meio da companhia de “trading”, uma empresa de comercialização de petróleo e derivados;
• Astra não era especialista em refino e vira na associação com a Petrobras uma oportunidade para juntas crescerem no mercado.
A Petrobras analisara várias outras oportunidades, e chegou a fazer ofertas em outras refinarias americanas, sem sucesso. Em Pasadena, as negociações tiveram êxito.
A parceria da Petrobras com a Astra unia competências em refino com competências na comercialização local, incluindo uma carteira de clientes para toda a produção da Refinaria de Pasadena. Contava, ainda, com escoamento garantido para os derivados e acesso a poliduto de exportação e porto para receber o petróleo nacional. Dispunha de área e licenças para ampliar a refinaria para processar petróleo pesado da Petrobras (o óleo Marlim), de forma que se mostrava atrativa para ambos os sócios.
2006: Petrobras compra 50% de Pasadena
Após estudos e avaliações, a Diretoria da Petrobras, seu Conselho de Administração e analistas de mercado à época avaliaram como potencialmente boa a compra de 50% de Pasadena, sendo:
pasadena 4

Os valores pagos em 2006 correspondem a 8.580 dólares por barril por dia (bpd) de capacidade, enquanto a média para compra de refinarias no mercado norte-americano naquele período era de 9.400 de dólares por bpd de capacidade.
Cláusulas contratuais que se destacaram nos noticiários recentes sobre o negócio:
“Marlim” – o contrato previa uma rentabilidade mínima de 6,9% para a refinaria (50% Astra 50% Petrobras) se no processamento do petróleo Marlim essa rentabilidade não fosse atingida. Essa condição se devia ao fato de que a Petrobras tinha o direito de impor o processamento do seu petróleo para 70% da capacidade da refinaria, apesar de deter somente 50% de participação na sociedade. Essa cláusula não foi acionada, pois a refinaria jamais processou o óleo Marlim, por não ter sido adaptada para tal (o “Revamp” não foi implementado);
“Put Option” – trata-se de cláusula frequentemente utilizada na formação de parcerias entre empresas. Cabe destacar que as condições para o seu exercício e a fórmula do preço de saída (“put price”) variam caso a caso e são, portanto, características de cada negócio. O contrato previa, com essa cláusula, a obrigação de compra, pela Petrobras, da outra metade da Astra no negócio, sob condições previamente fixadas. Esta cláusula foi prevista como contrapartida à Astra para o direito da Petrobras impor suas decisões no negócio.
2007 – 2011: Desentendimentos com a Astra
A partir de 2007, começaram os desentendimentos com a Astra, que não concordava em fazer investimentos que a Petrobras propôs para que a “Revamp” elevasse a capacidade de 100 mil para 200 mil barris por dia, além de não querer investir em segurança, meio ambiente e saúde no padrão Petrobras. No final desse ano, foi firmada uma carta de intenções, que não gerava obrigação, para a compra dos outros 50%, porém o Conselho de Administração da Petrobras, no início de 2008, não aprovou essa compra. Na mesma época, fora descoberto o petróleo do pré-sal ao mesmo tempo em que a demanda de derivados no Brasil crescia. Nos EUA, como efeito da crise mundial a demanda caiu derrubando as margens de refino no mundo. Assim, não fazia mais sentido investir em “Revamp” (investimentos que seriam feitos para que a Refinaria passasse a processar petróleo pesado da Petrobras) e na ampliação de Pasadena (aumento da capacidade de 100 para 200 mil barris de petróleo por dia).
A Astra se afastou da gestão da refinaria, deixando de cumprir suas obrigações como acionista, o que motivou a decisão de entrarmos com um processo arbitral em 2008. Nesse momento, a Astra exerceu sua opção de venda.
Ainda em 2008, a Petrobras assumiu o controle da refinaria. Em 2009, um laudo arbitral foi emitido, confirmando o direito da Astra de exercer a “put option” e, principalmente, o valor a ser pago pela Petrobras à Astra pelos 50% restantes. A Petrobras decidiu cumprir o laudo, desde que a Astra encerrasse as ações judiciais em curso.
Diante da recusa da Astra, a Petrobras não efetuou o pagamento determinado pelos árbitros e prosseguiu na discussão judicial. Em 2010 e 2011 houve recursos de ambas as partes, Astra e Petrobras América Inc., à justiça americana.
O não cumprimento da decisão arbitral não causou prejuízos à Petrobras. Ao contrário, houve ganho financeiro, uma vez que os juros de 5% ao ano estipulados pelo laudo eram inferiores ao custo que a Petrobras incorreu quando obteve empréstimos em 2009 (auge da crise econômica mundial).
2012: Acordo final entre as partes
Em 2012, tomando por base o laudo arbitral confirmado judicialmente, houve uma negociação final entre as partes e a Petrobras pagou pelos 50% restantes US$ 820 milhões.
Esta negociação encerrou todas as ações judiciais existentes entre as empresas do Sistema Petrobras e as empresas do grupo da Astra. As ações da Astra contra a Petrobras totalizavam, em 2009, US$ 397,5 milhões além do valor estipulado pelo laudo arbitral.
O valor deste acordo está detalhado no quadro abaixo:
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Desta forma, o total desembolsado pela Petrobras para a aquisição de 100% do negócio Pasadena foi de US$ 1,249 bilhão.
2014: Bom desempenho da refinaria
O crescimento da produção de óleo não convencional (tight oil) nos Estados Unidos trouxe competitividade às refinarias para óleo leve do Golfo do México. A refinaria de Pasadena vem processando este “tight oil” e assim obteve lucro líquido de cerca de US$ 73 milhões* no primeiro semestre de 2014.
Além disso, a refinaria ganhou também em 2014 prêmios em reconhecimento a excelência dos seus resultados em segurança.
2006 – 2013: Investimentos
De 2006 a 2013, foram aplicados 685 milhões de dólares em manutenção da refinaria, o que corresponde a aproximadamente 86 milhões de dólares por ano. Nossas aplicações nas refinarias no exterior são aportes permanentes, alinhados àqueles feitos em refinarias de igual porte no Brasil, garantindo a previsibilidade do desempenho das refinarias e os bons resultados operacionais e comerciais. Qualquer refinaria no mundo requer que se faça manutenção constante e se implementem melhorias para sua boa operação. Exemplos de investimentos feitos para manter refinarias da Petrobras:
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Sobre análises dos órgãos públicos de controle, temos atendido as suas solicitações desde dezembro de 2012, fornecendo informações e documentos sobre o processo de compra da Refinaria de Pasadena, e confirmamos a defesa relacionada a essa aquisição, apresentada ao Tribunal de Contas da União em janeiro de 2014.
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 * Valor originalmente publicado de “superior a US$ 90 milhões” foi revisto pela PAI (Petrobras America Inc).

domingo, 15 de março de 2015

BRASIL É A BOLA DA VEZ NO JOGO DE XADREZ DOS EUA

Depois de destruir nacionalismo árabe, EUA preparam o bote na américa do sul

14.03.2015 | Fonte de informações: 

Pravda.ru

 
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Depois de destruir nacionalismo árabe, EUA preparam o bote na américa do sul 

A lista é impressionante: Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria. Em menos de 15 anos, os quatro países se transformaram em Estados zumbis. É algo muito grave, a apontar a direção para onde aponta a política expansionista dos Estados Unidos no século XXI.

Os EUA de Lincoln Gordon organizaram golpe de 64; e preparam novo bote na América do Sul
por Rodrigo Vianna
A lista é impressionante: Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria. Em menos de 15 anos, os quatro países se transformaram em Estados zumbis. É algo muito grave, a apontar a direção para onde aponta a política expansionista dos Estados Unidos no século XXI.
Com o fim da Guera Fria, deixaram de ter qualquer anteparo para sua estratégia de fazer tombar todos os governos que signifiquem ameaça ao controle do petróleo no Oriente Médio (ou em outras partes do planeta).
Saddam Hussein (Iraque) não era um santo. Todos sabemos. Muamar Gadafi (Líbia), tampouco. Os dois, ao lado da família Assad na Síria, faziam parte de um movimento (o nacionalismo árabe) a significar um grito de independência desses países - que, no passado, haviam estado sob domínio turco ou europeu.
Outra característica unia os três (e era a marca também do regime forte no Egito, comandado por Mubarak, que tombou na tal "primavera árabe"): conduziam estados laicos, com um discurso pautado mais pelo "orgulho nacional" do que pela religião. Eram países comandados por regimes fortes, organizados, com projetos de nações independentes. Apesar de longe, muito longe, de qualquer princípio democrático.
Em nome da democracia, os Estados Unidos varreram do mapa esses governantes. A Líbia foi retalhada, já não existe, debate-se em crise permanente com o confronto entre pelo menos 4 facções armadas. A Síria é um semi-estado, em que Assad resiste em Damasco, mas vê o Estado Islâmico (EI), de um lado, e os "rebeldes" armados pelos EUA/Europa, de outro, avançando sobre grandes porções do território. O Iraque é agora um protetorado ocidental, sem qualquer margem para se organizar de forma independente.
Vejo alguns analistas "liberais", na imprensa brasileira, dizendo que Washington "fracassou" porque derrubou governos autoritários e, em vez de democracias, colheu o caos no Oriente Médio. Coitados. Tão ingênuos esses norte-americanos.
Ora, ora. Pode haver algo mais fácil de controlar do que populações desorganizadas, que se matam em guerras sem fim, sem a proteção de nada parecido com um Estado organizado?
O projeto dos EUA era - e é - o caos, a criação de uma grande franja que (do norte da África ao Tigre e Eufrates, chegando às montanhas do Afeganistão) debate-se no caos. É o que tenho chamado de "Estados zumbis".
Mais recentemente, a intervenção de Washington avançou para a Ucrânia. De novo, vejo quem lamente que a intervenção não tenha levado a uma democracia ucraniana em estilo ocidental. Como se o objetivo fosse esse...
Está claro que, também na Ucrânia, o objetivo era criar um estado de caos e inoperância - que, de toda forma, é melhor do que uma Ucrânia forte, unificada, pró-Russia (essa era a ameaça antes da famosa rebelião fascista da Praça Maidan, insuflada pelos EUA, em Kiev).
A diferença é que na Ucrânia os norte-americanos encontraram resposta russa, que puxou para si a Criméia  e as regiões do leste  ucraniano (onde a cultura dominante e a língua são russas). "Ok, vocês podem criar o caos na sua  Ucrânia; mas na nossa, não" - esse parece ter sido o recado de Putin a Obama.
Evidentemente, a derrubada dos governos em cada um desses países (do norte da África ao Afeganistão, da Ucrânia ao Tigre/Eufrates) seguiu motivações e roteiros próprios. Mas todas essas intervenções são parte de um mesmo movimento de afirmação da hegemonia dos Estados Unidos.
O poder imperial, em relativa crise econômica, se afirma pelas armas de forma impressionante, mundo afora - e isso em apenas 15 anos.
Vivemos o período das "operações especiais", das guerras não-declaradas, das rebeliões movidas a whatsapp e vendidas como "gritos pela democracia".
O mundo se ajoelha ao poder imperial. O nacionalismo árabe, que oferecia alguma resistência ao avanço dos EUA e seus parceiros da OTAN, foi destroçado.
Outro pólo de oposição é o que se desenha na Eurásia, com a parceria energética e logística entre russos e chineses. Por isso, Putin está sob cerco econômico, e ali - mais à frente - será jogada a partida decisiva no xadrez mundial.
Antes disso, no entanto, a política de intervenção de Washington se move para a América Latina. Honduras e Paraguai foram ensaios, bem-sucedidos.
Venezuela, Argentina e Brasil: aqui, agora, vemos avançar o projeto de criar novos Estados zumbis. Depois do nacionalismo árabe, chegou a hora de destruir o nacionalismo latino-americano. Não é por outro motivo que "bolivarianismo" virou o anátema, o palavrão, o inimigo a ser derrotado - numa ofensiva que é política, econômica e sobretudo midiática.
Claro que todos esses país possuem problemas. Não quero dizer que todos os dilemas da América do Sul são responsabilidade do império do Norte. Não. Simplesmente, Washington aproveita as contradições e fraquezas internas, em cada um desses países, para assoprar a faísca do caos.
Aqui, a intervenção não precisa ser diretamente militar. Basta atiçar setores sob hegemonia da cultura (e da grana) dos Estados Unidos. Num encontro social (em São Paulo, claro), recentemente, ouvi a proposta pouco sutil: "bom mesmo é que o Obama invadisse isso aqui, e acabasse com essa bagunça".

Esse é o projeto dos paneleiros no Brasil. O fim da Nação, a anexação ao Império (isso vale para os toscos que sugerem invasão militar de Obama; ou para os "sofisticados" tucanos que preferem mudar o regime de partilha do pré-sal e entregar o petróleo aos gringos).

A próxima batalha - parece -  será travada na Venezuela.
Maduro fustigou os Estados Unidos, mandando embora parte do pessoal da embaixada dos EUA em Caracas. Agora Washington reage e declara a Venezuela uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.
A escalada verbal favorece os setores mais duros do chavismo. Ameaça de intervenção do Império pode dar a justificativa para um governo chavista mais forte, em que o poder já não estaria com Maduro, mas com os militares chavistas. A burguesia que hoje bate panelas em Caracas talvez tenha que seguir o caminho da elite cubana, em direção a Miami. Mas haveria guerra civil. O caos. Uma Líbia, ou um Iraque, às portas do Brasil.
Com um governo muito mais moderado, o Brasil também vive em estado de pré-convulsão política. Reparem: é o Estado (e não o "petismo") que pode se desmanchar. Petrobras, políticas sociais, a própria ideia de desenvolvimento. Tudo isso está em cheque. E não é à toa.

A GESTÃO NACIONALISTA DO PRÉ-SAL E A AUSÊNCIA DAS AMERICANAS NA BACIA DE CAMPOS SÃO O MOTIVO DA INSATISFAÇÃO DOS EUA

Jornalista americano alerta que governo dos EUA estão agindo para derrubar Dilma


Jornalista americano conta como os norte-americanos agem para derrubar a presidente Dilma e buscam seus interesses perdidos após a Era FHC; intitulado de "um por todos e todos pelo Pré Sal" jornalista explica que o governo norte-americano tenta de tudo para conseguir a presidente fora do comando do governo

Por Redação

William Engdahl, norte-americano, engenheiro e jurisprudente (Princeton, EUA-1966), pós-graduado em economia comparativa (Estocolmo, Suécia-1969) escreveu um artigo em um dos jornais mais vendidos nos EUA, o New Eastern Outlook.
William alerta que o governo dos Estados Unidos estão agindo para derrubar a presidente Dilma Rousseff e conta como estão fazendo para tal.
Ele também conta que Washington apoiou até o ultimo minuto, o PSDB nas eleições de 2014. Confira o texto do jornalista norte americano traduzido pelo Portal Metrópole.

Um por todos, e todos pelo Pré-Sal

Entenda como o governo dos Estados Unidos quer reconquistar seus direitos no Brasil, perdidos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores e hoje age para derrubar a presidente reeleita.

Por William Engdahl

Para ganhar o segundo turno das eleições contra o candidato apoiado pelos Estados Unidos, Aécio Neves, em 26 outubro de 2014, a presidenta recém-reeleita do Brasil, Dilma Rousseff, sobreviveu a uma campanha maciça de desinformação do Departamento de Estado estadunidense. Não obstante, já está claro que Washington abriu uma nova ofensiva contra um dos líderes chave dos BRICS, o grupo não alinhado de economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com a campanha de guerra financeira total dos Estados Unidos para enfraquecer a Rússia de Putin e uma série de desestabilizações visando a China, inclusive, mais recentemente, a “Revolução dos Guarda-Chuvas” financiada pelos Estados Unidos em Hong Kong, livrar-se da presidente "socialmente propensa" do Brasil é uma prioridade máxima para deter o polo emergente que se opõe ao bloco da Nova (des)Ordem Mundial de Washington.
A razão por que Washington quer se livrar de Rousseff é clara. Como presidente, ela é uma das cinco cabeças do BRICS que assinaram a formação do Banco de Desenvolvimento dos BRICS, com capital inicial autorizado de 100 bilhões de dólares e um fundo de reserva de outros 100 bilhões de dólares. Ela também apoia uma nova Moeda de Reserva Internacional para complementar e eventualmente substituir o dólar. No Brasil, ela é apoiada por milhões de brasileiros mais pobres, que foram tirados da pobreza por seus vários programas, especialmente o Bolsa Família, um programa de subsídio econômico para mães e famílias da baixa renda. O Bolsa Família tirou uma população estimada de 36 milhões de famílias da pobreza através das políticas econômicas de Rousseff e de seu partido, algo que incita verdadeiras apoplexias em Wall Street e em Washington.
Apoiado pelos Estados Unidos, seu rival na campanha, Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), serve aos interesses dos magnatas e de seus aliados de Washington.
O principal assessor econômico de Neves, que se tornaria Ministro da Fazenda no caso de uma presidência de Neves, era Armínio Fraga Neto, [cidadão norte-americano e brasileiro] amigo íntimo e ex-sócio de Soros e seu fundo hedge "Quantum". O principal conselheiro de Neves, e provavelmente seu Ministro das Relações Exteriores, tivesse ele ganhado as eleições, era Rubens Antônio Barbosa, ex-embaixador em Washington e hoje Diretor da ASG em São Paulo.
A ASG é o grupo de consultores de Madeleine Albright, ex-Secretária de Estado norte-americana durante o bombardeio da Iugoslávia em 1999. Albright, dirigente do principal grupo de reflexão dos Estados Unidos, o "Conselho sobre Relações Exteriores", também é presidente da primeira ONG da “Revolução Colorida” financiada pelo governo dos Estados Unidos, o "Instituto Democrático Nacional" (NDI). Não é de surpreender que Barbosa tenha conclamado, numa campanha recente, o fortalecimento das relações Brasil-Estados Unidos e a degradação dos fortes laços Brasil-China, desenvolvidos por Rousseff na esteira das revelações sobre a espionagem norte-americana da Agência de Segurança Nacional (NSA) contra Rousseff e o seu governo.

Surgimento de escândalo de corrupção

Durante a áspera campanha eleitoral entre Rousseff e Neves, a oposição de Neves começou a espalhar rumores de que Rousseff, que até então jamais fora ligada à corrupção tão comum na política brasileira, estaria implicada num escândalo envolvendo a gigante estatal do petróleo, a Petrobras. Em setembro, um ex-diretor da Petrobras alegou que membros do governo Rousseff tinham recebido comissões em contratos assinados com a gigante do petróleo, comissões essas que depois teriam sido empregadas para comprar apoio congressional. Rousseff foi membro do conselho de diretores da companhia até 2010.
Agora, em 2 de novembro de 2014, apenas alguns dias depois da vitória arduamente conquistada por Rousseff, a maior firma de auditoria financeira dos Estados Unidos, a "Price Waterhouse Coopers" se recusou a assinar os demonstrativos financeiros do terceiro trimestre da Petrobras. A PWC exigiu uma investigação mais ampla do escândalo envolvendo a companhia petrolífera dirigida pelo Estado.
A Price Waterhouse Coopers é uma das firmas de auditoria, consultoria tributária e societária e de negócios mais eivadas de escândalos nos Estados Unidos. Ela foi implicada em 14 anos de encobrimento de uma fraude no grupo de seguros AIG, o qual estava no coração da crise financeira norte-americana de 2008. E a Câmara dos Lordes britânica criticou a PWC por não chamar atenção para os riscos do modelo de negócios adotado pelo banco "Northern Rock", causador de um desastre de grandes proporções na crise imobiliária de 2008 na Grã-Bretanha, cliente que teve que ser resgatado pelo governo do Reino Unido.
Intensificam-se os ataques contra Rousseff, disso podemos ter certeza.

A estratégia global de Rousseff

Não foi apenas a aliança de Rousseff com os países dos BRICS que fez dela um alvo principal da política de desestabilização de Washington. Sob seu mandato, o Brasil está agindo com rapidez para baldar a vulnerabilidade à vigilância eletrônica norte-americana da NSA.
Dias após a sua reeleição, a companhia estatal Telebras anunciou planos para a construção de um cabo submarino de telecomunicações por fibra ótica com Portugal através do Atlântico. O planejado cabo da Telebras se estenderá por 5.600 quilômetros, da cidade brasileira de Fortaleza até Portugal. Ele representa uma ruptura maior no âmbito das comunicações transatlânticas sob domínio da tecnologia norte-americana. Notadamente, o presidente da Telebras, Francisco Ziober Filho, disse numa entrevista que o projeto do cabo será desenvolvido e construído sem a participação de nenhuma companhia estadunidense.
As revelações de Snowden sobre a NSA em 2013 elucidaram, entre outras coisas, os vínculos íntimos existentes entre empresas estratégicas chave de tecnologia da informática, como a "Cisco Systems", a "Microsoft" e outras, e a comunidade norte-americana de inteligência. Ele declarou que:
"A questão da integridade e vulnerabilidade de dados é sempre uma preocupação para todas as companhias de telecomunicações".
O Brasil reagiu aos vazamentos da NSA periciando todos os equipamentos de fabricação estrangeira em seu uso, a fim de obstar vulnerabilidades de segurança e acelerar a evolução do país rumo à autossuficiência tecnológica, segundo o dirigente da Telebras.
Até agora, virtualmente todo tráfego transatlântico de TI encaminhado via costa leste dos Estados Unidos para a Europa e a África representou uma vantagem importante para espionagem de Washington.
Se verdadeiro ou ainda incerto, o fato é que sob Rousseff e seu partido o Brasil está trabalhando para fazer o que ela considera ser o melhor para interesse nacional do Brasil.

A geopolítica do petróleo também é chave

O Brasil também está se livrando do domínio anglo-americano sobre sua exploração de petróleo e de gás. No final de 2007, a Petrobras descobriu o que considerou ser uma nova e enorme bacia de petróleo de alta qualidade na plataforma continental no mar territorial brasileiro da Bacia de Santos. Desde então, a Petrobras perfurou 11 poços de petróleo nessa bacia, todos bem-sucedidos. Somente em Tupi e em Iara, a Petrobras estima que haja entre 8 a 12 bilhões de barris de óleo recuperável, o que pode quase dobrar as reservas brasileiras atuais de petróleo. No total, a plataforma continental do Brasil pode conter mais de 100 bilhões de barris de petróleo, transformando o país numa potência de petróleo e gás de primeira grandeza, algo que a Exxon e a Chevron, as gigantes do petróleo norte-americano, se esforçaram arduamente para controlar.
Em 2009, segundo cabogramas diplomáticos norte-americanos vazados e publicados pelo Wikileaks, a Exxon e a Chevron foram assinaladas pelo consulado estadunidense no Rio de Janeiro por estarem tentando, em vão, alterar a lei proposta pelo mentor e predecessor de Rousseff em seu Partido dos Trabalhadores, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, ou Lula, como ele é chamado.[Foi revelado pelo Wikileaks que José Serra, o então candidato do PSDB que competia contra Dilma pela presidência, prometera confidencialmente à Chevron que, se eleito, afastaria a Petrobras do pré-sal para dar espaço às petroleiras estadunidenses].
Essa lei de 2009 tornava a estatal Petrobras operadora-chefe de todos os blocos no mar territorial. Washington e as gigantes estadunidenses do petróleo ficaram furiosos ao perderem controles-chave sobre a descoberta da potencialmente maior jazida individual de petróleo em décadas.
Para tornar as coisas piores aos olhos de Washington, Lula não apenas afastou a Exxon Mobil e a Chevron de suas posições de controle em favor da estatal Petrobras, como também abriu a exploração do petróleo brasileiro aos chineses. Em dezembro de 2010, num dos seus últimos atos como presidente, ele supervisionou a assinatura de um acordo entre a companhia energética hispano-brasileira Repsol e a estatal chinesa Sinopec. A Sinopec formou uma joint venture, a Repsol Sinopec Brasil, investindo mais de 7,1 bilhões de dólares na Repsol Brasil. Já em 2005, Lula havia aprovado a formação da Sinopec International Petroleum Service of Brazil Ltd, como parte de uma nova aliança estratégica entre a China e o Brasil, precursora da atual organização do BRICS.

Washington não gostou

Em 2012, uma perfuração conjunta, da Repsol Sinopec Brazil, Norway’s Stateoil e Petrobras, fez uma descoberta de importância maior em Pão de Açúcar, a terceira no bloco BM-C-33, o qual inclui Seat e Gávea, esta última uma das 10 maiores descobertas do mundo em 2011. As maiores [empresas] do petróleo estadunidenses e britânicas absolutamente sequer estavam presentes.
Com o aprofundamento das relações entre o governo Rousseff e a China, bem como com a Rússia e com outros parceiros do BRICS, em maio de 2013, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, veio ao Brasil com sua agenda focada no desenvolvimento de gás e petróleo. Ele se encontrou com a presidenta Dilma Rousseff, que havia sucedido ao seu mentor Lula em 2011. Biden também se encontrou com as principais companhias energéticas no Brasil, inclusive a Petrobrás.
Embora pouca coisa tenha sido dita publicamente, Rousseff se recusou a reverter a lei do petróleo de 2009 de maneira a adequá-la aos interesses de Biden e de Washington. Dias depois da visita de Biden, surgiram as revelações de Snowden sobre a NSA, de que os Estados Unidos também estavam espionando Rousseff e os funcionários de alto escalão da Petrobras. Ela ficou furiosa e, naquele mês de setembro, denunciou a administração Obama diante da Assembleia Geral da ONU por violação da lei internacional. Em protesto, ela cancelou uma visita programada a Washington. Depois disso, as relações Estados Unidos-Brasil sofreram grave resfriamento.
Antes da visita de Biden em maio de 2013, Dilma Rousseff tinha uma taxa de popularidade de 70 por cento. Menos de duas semanas depois da visita de Biden ao Brasil, protestos em escala nacional convocados por um grupo bem organizado chamado "Movimento Passe Livre", relativos a um aumento nominal de 10 por cento nas passagens de ônibus, levaram o país virtualmente a uma paralisação e se tornaram muito violentos. Os protestos ostentavam a marca de uma típica “Revolução Colorida”, ou desestabilização via Twitter, que parece seguir Biden por onde quer que ele se apresente. Em semanas, a popularidade de Rousseff caiu para 30 por cento.


Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/03/jornalista-americano-alerta-que-governo.html#ixzz3UW0AMfcX