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quinta-feira, 23 de maio de 2013

RESERVAS DE PETRÓLEO DOS EUA em BAIXA !
VISITA DO VICE-PRESIDENTE DOS EUA ao BRASIL e AMÉRICA LATINA !
Brasil  licitará  campo  de  pré-sal  com
as  maiores reservas de petróleo do país
enquanto o MERCOSUL ultrapassa o ORIENTE MÉDIO em Reservas de PETRÓLEO !

TUDO UMA ENORME COINCIDÊNCIA ? ? ? ? ? ? ? ? 




Num passado de mais de meio século já nos ensinava o grande ex-presidente Arthur Bernardes, defensor da criação da PETROBRAS. Político honesto que morreu com um humilde patrimônio pessoal (um apartamento de dois quartos em seu nome e nada no nome da esposa e dos filhos). Será que existe político assim atualmente ? Ele nos ensinou sobre a imprensa brasileira:  


       "A  imprensa, em tese, vive ao serviço dos trustes do petróleo. O jornal é uma empresa

que se funda para explorar a indústria de publicidade, e tem a publicidade quem

pode pagá-la. A nação fica prejudicada na defesa de suas riquezas naturais porque
nós que a defendemos contamos com o silêncio da imprensa (..) Por isso todo dia os
trustes mandam anunciar que o Brasil precisa desenvolver-se, que precisamos do
auxílio do capital estrangeiro etc. São os próprios interessados que assim agem para
criar entre nós uma falsa opinião pública "

( ex-presidente  ARTHUR BERNARDES ).


PROF. OCTAVIO GOUVEIA:

É inacreditável como a grande imprensa brasileira se cala e insiste em não divulgar notícias que tanto importam e influenciam nos destinos do Brasil.. Destaco que esta notícia foi divulgada pela Agence France-Presse. Ou seja, esta notícia é importante lá na França. Qual será o motivo ?
Para ser sucinto: As reservas do Campo de Libra, só este único campo,  representam o somatório de quase todas as reservas brasileiras antes da descoberta do pré-sal ! ! ! (aproximadamente 10 bilhões de barris).
Todas as empresas francesas de petróleo juntas não possuem este patrimônio.
Este campo de Libra entra na pequena lista mundial de MEGA-CAMPOS DE PETRÓLEO. Campos gigantes como este só existem no Oriente Médio. 
Ou seja, o Brasil começa a alterar completamente a GEOPOLÍTICA ENERGÉTICA MUNDIAL.
Isto é bom por um lado e arriscado por outro lado.
Que instituição brasileira protegerá esta preciosidade ?
Ou ela será " P R O T E G I D A " pela marinha americana e / ou pela OTAN ?

Publicação: 23/05/2013 14:10 Atualização:

O Brasil licitará, na segunda quinzena de outubro, o campo de Libra, com reservas de petróleo recuperáveis de entre 8 e 12 bilhões de barris, segundo novas estimativas que o transformam na maior descoberta de petróleo na história do país, anunciou nesta quinta-feira Magda Chambriard, a diretora geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP, estatal).
O campo, que ocupa uma área de 1.500 km2 das jazidas em águas ultraprofundas conhecidos como "pré-sal", tem um volume de petróleo estimado que provocou "deslumbramento" até entre magnatas do petróleo brasileiros, disse Chambriard em coletiva de imprensa.

O maior do Brasil

É, de longe, o maior do Brasil e se inscreve entre os maiores do mundo. "O campo de Marlim é maior produtor do Brasil, com 600 mil barris de petróleo por dia, com um volume recuperável de 2 bilhões de barris; Roncador tem 2,5 bilhões de volume recuperável. Campo de Lula 5 a 8 bilhões de volume recuperável. Libra é maior que Lula", disse Magda Chambriard. E deve produzir mais que Marlim, Roncador, Marlim Sul e Albacora juntos, explicou ela. Supera também o campo de Tupi, onde as reservas foram estimadas (em 2007) entre 5 a 8 bilhões de barris de óleo equivalente.

Libra fica na Bacia de Santos a 183 km da costa do Rio de Janeiro; sua área é de 1.458 quilômetros quadrados, em águas com profundidades variando entre 1,7 mil e 2,4 mil metros sob o nível do mar; é conhecido desde 2010. Ali, disse a ANP, foi descoberta uma coluna de óleo de 326,4 metros, mostrando um óleo de 27 graus API, uma medida usada para definir a qualidade do petróleo. Segundo essa medida, o óleo encontrado em Libra é de densidade média sendo de qualidade considerada alta.

Entre 800 bilhões a 1,2 trilhões de dólares
Considerando-se que hoje o preço médio do barril de petróleo é de 100 dólares, a riqueza escondida no subsolo oceânico em Libra pode alcançar, na média atual, entre 800 bilhões a 1,2 trilhões de dólares. Isto representa entre um terço a pouco mais da metade do PIB do Brasil em 2012, que foi de 2,2 trilhões de dólares.

Existem previsões de crescimento na produção brasileira de petróleo. Um estudo da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado em 2012, estima que ela poderá passar dos 4 milhões de barris em 2020 e chegar a 5,7 milhões em 2035. Com base nestas estimativas, é possível supor que um campo gigantesco como o de Libra poderá talvez dobrar a produção diária no pré-sal, que hoje é de 289 mil barris, chegando num futuro próximo a 300 mil barris por dia – isto significa que apenas esse campo pode acrescentar uma riqueza de uns 11 bilhões de dólares ao PIB brasileiro. Se a produção for de um milhão de barris por dia, o que não é impossível, esse acréscimo poderá ultrapassar os 30 bilhões de dólares.

A 11ª Rodada de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, que será realizada nos dias 14 e 15 de maio deste ano, no Rio de Janeiro, para leiloar 289 blocos para a exploração de petróleo, “trará um prejuízo para o país da ordem de um trilhão de dólares”, diz Paulo Metri à IHU On-Line. Na entrevista a seguir, concedida por telefone, o engenheiro explica as implicações da lei n. 9478/1997, que rege os leilões de petróleo no país, e defende a criação de uma nova legislação, semelhante à lei n. 12351, que assegura a criação de um fundo social a partir dos recursos obtidos com a exploração da camada do pré-sal.
Crítico da atuação das petrolíferas estrangeiras no Brasil, Metri diz que o setor “tem de ser visto como um dinamizador da economia”. No entanto, assegura que, desde 1997, “várias empresas estrangeiras já ganharam blocos no Brasil, descobriram e estão produzindo petróleo, e nenhuma delas contratou uma simples plataforma no país. (...) Elas têm um bloco no mar, trazem suas plataformas do exterior, o petróleo sai do fundo do mar e já vai para um navio que nem passa pelo território nacional, e as empresas tampouco pagam imposto pela exportação do petróleo por causa da Lei Kandir. Quer dizer, as empresas só pagam os royalties, que é uma parcela mínima, de 10%, comparado com a lucratividade do setor, que deve ser algo em torno de 45%”.
Paulo Metri é graduado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio e é conselheiro do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro.
PROF. OCTAVIO GOUVEIA acrescenta:

Na verdade vai muito além disso......! ..... !  !   !


As reservas em Libra, a área na camada do pré-sal da Bacia de Santos que o Brasil escolheu para seu primeiro leilão de licenças, podem ficar entre 26 bilhões e 42 bilhões de barris in situ, ou seja sem garantia total de extração. "Trata-se da maior descoberta que fizemos até o momento. É singular, inimaginável", afirmou a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, na entrevista coletiva na qual citou os resultados dos últimos estudos realizados nessa área do pré-sal. "Com os dados que temos até o momento, calculamos que o volume está mais perto dos 42 bilhões que dos 26 bilhões de barris", acrescentou Magda, que esclareceu que o volume efetivamente recuperável pode ficar entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.

Explicação do Prof. Octavio Gouveia:

As reservas "in situ", correspondem ao total de petróleo do referido campo de Libra. Como nem todo o petróleo do poço consegue ser retirado para a superfície, fala-se atualmente de um volume recuperável de 8 bilhões de barris. O fato é que com o desenvolvimento de novas tecnologias, mais petróleo poderá ser retirado num futuro de médio e longo prazos (10 a 20 anos). Na verdade as reservas serão muito maiores !

As pergunta são:

Quanto custará um Barril de Petróleo daqui a 20 anos ?

Qual a razão de TANTA PRESSA EM FAZER LEILÕES ? Disponibilizar esta riqueza para multinacionais de petróleo que estão sem petróleo ? A quem interessa esta pressa toda ? 

Favor nos esclareça presidenta Dilma ! E diretora da ANP (Sra. Magda)
De preferência em cadeia nacional de TV e rádio !

DESLUMBRADAS e APRESSADAS (Dilma e Magda)

No pior dos casos, as reservas recuperáveis em Libra superariam a metade das atuais reservas provadas do Brasil (14 bilhões de barris), segundo os cálculos da ANP. A diretora-geral da ANP admitiu que, perante os resultados das últimas pesquisas exploratórias em Libra, o governo decidiu antecipar de novembro a outubro seu primeiro leilão de licenças para explorar o pré-sal. Será o primeiro leilão desde que, em 2009, o governo reformou seu regime petroleiro e adotou exclusivamente para o pré-sal o chamado regime de partilha da produção, que procura garantir uma maior renda ao Estado. O novo regime prevê que a Petrobras será a operadora em todas as licenças e que terá uma participação de pelo menos 30% nos consórcios que explorarem o pré-sal. Igualmente estabelece que as reservas descobertas são propriedade do Estado e que as licenças serão outorgadas aos consórcios que aceitem compartilhar o maior volume da produção com o Estado. A diretora-geral da ANP relatou que os novos cálculos de reservas para o campo de Libra "deslumbraram" os membros do governo que participaram em reunião na quarta-feira em Brasília para definir o leilão de licenças, incluindo a presidente Dilma Rousseff. "Nos reunimos com a presidente Dilma e lhe mostramos que Libra era a melhor oportunidade para realizar o primeiro leilão no pré-sal. Concluímos que não podíamos esperar tanto (até novembro) para o leilão", explicou Magda. O governo também decidiu antecipar o leilão após o sucesso neste mês de uma rodada para outorgar licenças para explorar blocos terrestres e marítimos em áreas não tão promissoras. No leilão realizado na semana passada foram concedidas licenças a 30 empresas, entre as quais 18 estrangeiras, para explorar 142 blocos em áreas que não incluíam nem o pré-sal nem as grandes reservas marinhas nas quais o Brasil extrai mais de 90% de seu petróleo. A ANP arrecadou um recorde de R$ 2,8 bilhões com o leilão de concessões da semana passada.

Para onde vão estes 2,8 bilhões ? Alguma escola receberá algum centavo ?

Será que a EDUCAÇÃO PÚBLICA de Qualidade NÃO  TEM  PRESSA ?


Será que os EUA e a Europa 
explicariam esta PRESSA ?


Enquanto as reservas de petróleo dos EUA vêm diminuindo gradualmente, as do Oriente Médio crescem substancialmente, em especial as do Iraque, revelam levantamentos realizados pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), em 2001, e pela Statistical Review of World Energy, em 2002. Os números desses estudos mostram a dependência que a economia dos EUA tem do petróleo do Oriente Médio. Um dos dados mais reveladores, no contexto da iminente guerra contra o Iraque, aponta que, nos níveis atuais de produção e consumo, as reservas de petróleo dos EUA podem se esgotar em menos de 13 anos.

Tomando como parâmetro o ritmo de produção de 2001, as reservas totais de petróleo se esgotariam em 40 anos. Os níveis de reserva dos EUA, considerando o mesmo parâmetro, se esgotariam em 13,5 anos, incluindo aí as grandes reservas do México. Já na Europa, seguindo o mesmo ritmo, as reservas acabariam em menos de 8 anos. Por outro lado, as reservas da OPEP durariam 76,6 anos. No Oriente Médio, região que concentra as maiores reservas de petróleo do planeta, as reservas podem durar ainda 86,8 anos. São justamente essas reservas que permitem ampliar para 40 anos o horizonte de esgotamento de petróleo em nível mundial.

EXPLICAÇÃO DO PROF. OCTAVIO GOUVEIA


Em 2013, mais de 57% da produção mundial de petróleo bruto é comercializada internacionalmente, índice que não tem parado de crescer nos últimos anos. Os principais importadores são os países industrializados, dentre os quais os EUA ocupam o primeiro lugar. As reservas mundiais alcançaram 1,05 bilhões de barris em 2001. Segundo estudo da Statistical Review of World Energy, se não ocorrerem novos descobrimentos significativos nos próximos anos as reservas petrolíferas terão uma vida curta, permanecendo os atuais níveis de consumo. Lembro que este orgão é controlado pelo governo dos EUA. De repente, o quadro é só um pouquinho pior !

Nos últimos nove anos, as reservas mundiais praticamente estancaram. De 1980 a 1991, as reservas mundiais cresceram 45,5%, enquanto que, entre 1991 e 2001, cresceram apenas 4,9%. Das reservas totais mundiais, em 2001, 78% estavam localizadas nos países da OPEP, principalmente na região do Oriente Médio que detém mais de 65% das reservas mundiais. Os EUA possuem somente 2,9% dessas reservas, produzem 9,8% do total mundial, mas são responsáveis anualmente por 26% do consumo mundial.

Esses números mostram claramente que o petróleo é o único elemento em que a dependência dos Estados Unidos e da Europa é claramente indiscutível. E as perspectivas para essas duas regiões não são nada animadoras. Enquanto as reservas nessas regiões vêm diminuindo desde 1981, as do Oriente Médio quase dobraram no mesmo período. As reservas dos EUA diminuiriam 30,4 milhões de barris e o nível de produção também caiu para 7,7 milhões de barris diários. 


E aí,  excelentíssima Presidenta Dilma ?
O que tem a nos dizer disto ?

E a Sra. Magda ? Tão apressada e deslumbrada ! 


leia mais sobre este tema (clique aqui)




Países com maiores reservas de petróleo do mundo
(quantidade da reserva em bilhões de barris)





lugar país participação
mundial
reserva
em 2011
reserva
em 1991
crescimento
em 20 anos
1°.Venezuela 17,9% 296,5 62,6 373%
2°. Arábia Saudita 16,1% 265,4 260,9 1,7%
3°. Canadá 10,6% 175,2 40,1 337%
4°. Campo de petróleo
no Irã
9,1% 151,2 92,9 62,8%
5°. Iraque 8,7% 143,1 100 43,1%
6°. Kuwait 6,1% 101,5 96,5 5,2%
7°. Emirados Árabes
Unidos
5,9% 97,8 98,1 0,3 %
8°. Rússia 5,3% 88,2 não
informado
20,8%
9°. Líbia 2,9% 47,1 22,8 106,6%
10°. Nigéria 2,3% 37,2 20 86%
11°. Estados Unidos 1,9% 30,9 32,1 4%
12°. Cazaquistão 1,8% 30 não
informado
455%
13°. Catar 1,5% 24,7 3,0 723%
14°. Brasil0,9% 15,14,8 214,6%
Brasil entre os dez em breve

Apesar de o Brasil aparecer apenas na 14ª posição das maiores reservas do planeta, as perspectivas são boas: com o pré-sal, a previsão é de que em breve o país entre na lista das 10 potências petrolíferas do mundo.

Maiores reservas do mundo 
Em primeiro lugar no ranking dos países com maiores reservas de petróleo está a Venezuela, com 296,5 bilhões de barris e participação mundial de 17,9%. A Arábia Saudita aparece na segunda colocação, com 265,4 bilhões de barris, seguido do Canadá, com 175,2 bilhões.


MERCOSUL SERÁ O FUTURO ORIENTE MÉDIO ?


    Em artigo para a revista Carta Maior, Jeferson Miola, secretário do Mercosul em Montevidéu, argumenta que o bloco entra em nova fase a partir desta terça-feira, quando será formalizado o ingresso da Venezuela. O bloco passa a ser detentor da maior reserva de petróleo do mundo, ampliando sua influência geopolítica internacional.
   O Mercosul na sua segunda geração
A entrada da Venezuela coloca o Mercosul em um novo estágio. O bloco fica ampliado nas dimensões econômicas, comerciais, culturais e demográficas. Territorialmente, incorpora mais de 900 mil quilômetros quadrados, que é praticamente as superfícies de França e Alemanha somadas. Consolida o domínio sobre as maiores reservas energéticas, minerais, naturais e de recursos hídricos do planeta. A partir de agora, o Mercosul passa a ser a região com a maior reserva mundial de petróleo. O artigo é de Jeferson Miola.
No último 13 de julho o Governo da Venezuela formalizou na Secretaria do Mercosul o Instrumento de Ratificação do Protocolo de Adesão da República Bolivariana da Venezuela ao Mercosul, assinado em 04 de julho de 2006. Dessa forma, o país cumpre as formalidades para seu ingresso pleno no bloco, passando da condição de Membro Associado à qualidade de Estado Parte.
O ingresso da Venezuela foi aprovado pelas Presidentas Cristina Kirchner, da Argentina, Dilma Rousseff, do Brasil e pelo Presidente José Mujica, do Uruguai, na Cúpula Presidencial de 29 de junho de 2012, na cidade argentina de Mendoza.
O Mercosul nasceu num contexto histórico e político muito diferente do atual. Menem governava a Argentina, Collor o Brasil, Andrés Rodriguez o Paraguai e Alberto Lacalle presidia o Uruguai. Era o auge da fanfarra neoliberal e das promessas da globalização financeira que supostamente levariam a humanidade a um nirvana que, na verdade, se converteu num tremendo pesadelo. Em 1991, a constituição do “Mercado Comum do Sul” visava coordenar políticas macroeconômicas e de liberalização comercial no marco de uma inserção desfavorável à globalização neoliberal.
O epicentro daquele Mercosul idealizado em 1991 eram as relações comerciais e a coordenação dos interesses das mega-empresas transnacionais e dos monopólios econômicos na maximização dos lucros auferidos regionalmente para a transferência às suas matrizes, radicadas sobretudo na Europa e nos Estados Unidos.
Em 2012 este projeto de integração completou 21 anos, marcado por limites e contradições; mas, também, exibindo avanços em diversos campos. Desde 2003, a partir da assunção de governos de esquerda e progressistas na região, notadamente sob a liderança inicial de Kirchner e Lula, a fisionomia do Mercosul vem sendo transformada.
O comércio intra-bloco passou de 4,5 para 50 bilhões de dólares anuais; foi criado um Parlamento próprio; 100 milhões de dólares ao ano são aplicados pelo FOCEM [Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul] a fundo perdido na execução de investimentos sociais e de infra-estrutura para diminuir as assimetrias e disparidades entre os países; está sendo implementado um Estatuto da Cidadania, e a “integração anti-Condor” converteu as políticas de direitos humanos adotadas no MERCOSUL em paradigma mundial.

A entrada da Venezuela significa o aprofundamento desta transformação, e coloca o Mercosul em um novo estágio. O bloco fica ampliado nas dimensões econômicas, comerciais, culturais e demográficas. Territorialmente, incorpora mais de 900 mil quilômetros quadrados, que é praticamente as superfícies de França e Alemanha somadas. Consolida a jurisdição e o domínio sobre as maiores reservas energéticas, minerais, naturais e de recursos hídricos do planeta. Seguramente deverá ter maior protagonismo no jogo geopolítico internacional.

A ampliação do Mercosul naturalmente será acompanhada de dificuldades, mas também de inúmeras conveniências. Contribui para maior coesão da região, para a estabilidade democrática, para a diminuição de conflitos e aumenta a segurança e a capacidade de defesa. A maior integração também conforma um ambiente comunitário mais favorável à adoção de estratégias comuns de desenvolvimento, aproveitando o mercado regional de massas incrementado em 29 milhões de pessoas e um comércio intraregional de produtos manufaturados com maior valor agregado. A partir de agora, o Mercosul passa a ser a região do globo com a maior reserva mundial de petróleo, adquirindo maior poder de influência na definição das políticas energéticas no mundo.

Desde a assinatura do Tratado de Assunção em 1991, dois acontecimentos marcaram uma inflexão geopolítica e estratégica do Mercosul numa perspectiva pós-neoliberal. O primeiro deles foi o sepultamento, em 2005, da Área de Livre Comércio das Américas, a ALCA, que representava uma perigosa ameaça à soberania, ao desenvolvimento e à independência dos países do hemisfério. O segundo acontecimento marcante está se dando justo neste momento, com o ingresso pleno da Venezuela no Bloco, inaugurando o que se poderia considerar como a segunda geração do MERCOSUL e do processo de integração regional.

A América do Sul foi historicamente prejudicada pelas grandes potências - especialmente pelos Estados Unidos - que preferem nosso rico e promissor continente dividido – ou desunido – a um continente integrado e capaz de construir soberanamente seu destino. Esta realidade faz compreender as razões do conservadorismo que combate - por vezes de forma irascível - o ingresso da Venezuela no Mercosul e o fortalecimento dos laços regionais de amizade, de harmonia e de integração.

O crescimento do Mercosul poderá ser fator de estímulo para o ingresso de outros países nesta comunidade, que já examina com o Equador as condições para sua adesão. A unidade regional, que já é física devido à contiguidade territorial, poderá assumir características de uma integração mais avançada, abrangendo tanto aspectos comerciais e econômicos, como sociais, culturais e políticos. Isto propiciará um melhor posicionamento estratégico e geopolítico da região no mundo, o que será benéfico para cada país individualmente e para o conjunto das nações no enfrentamento dos problemas e na defesa de interesses que são comuns a elas.

O Mercosul altivo e motorizando o fortalecimento da América do Sul é a melhor contribuição que o continente pode dar à paz e à igualdade no mundo. Constitui uma resposta eficiente à prolongada crise do capitalismo mundial, protegendo as conquistas sociais e econômicas logradas na última década pelos atuais Governos da região dos avanços da sanha neoliberal que na Europa trata do desmonte do Estado de Bem-Estar social em nome da austeridade fiscal e da proteção dos interesses da especulação financeira.

(*) Exerce a função de Diretor da Secretaria do MERCOSUL
em Montevidéu. Este texto expressa opiniões de caráter pessoal
que não devem ser consideradas como sendo da Instituição.
EM RESUMO
Com Venezuela, Mercosul terá maior reserva mundial de petróleo
Com a Venezuela, o Mercosul torna-se o detentor da maior
reserva de petróleo do mundo, com mais de 310 bilhões de
barris de petróleo em reservas certificadas pela Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Das reservas,
92,7% estão na Venezuela. O Brasil tenderá a ampliar sua
participação nas reservas de petróleo do bloco à medida que os
trabalhos de certificação das reservas do pré-sal brasileiro
progridam.
O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai,
Venezuela e Paraguai - que está suspenso do bloco até abril de
2013. Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia estão no grupo
como países associados. Há, ainda, como membros
observadores, México e Nova Zelândia.




EIS OS MOTIVOS DE TANTA PRESSA EM ADIANTAR O LEILÃO DOS BLOCOS DE PETRÓLEO !
EIS O MOTIVO DA SRA. MAGDA ESTAR DESLUMBRADA e a EXCELENTÍSSIMA PRESIDENTA 
DILMA TÃO APRESSADA !

QUEM SÃO OS INTERESSADOS NO LEILÃO ?

O MOTIVO DA PRESSA TEM NOME, TEM SOBRENOME e MUITA CARA-DE-PAU ! E TEM ENDEREÇO ! E VEM DO NORTE !

QUEM SERÁ ?




Além de se encontrar com Dilma Rousseff, Joe Biden deverá ter uma reunião com a presidência da Petrobrás

O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, participou de eventos na Colômbia, na segunda-feira (27), onde começou seu giro pela América Latina


     A Casa Branca — sede do governo americano — deixou claro que os dois principais focos do giro desta semana do vice-presidente Joe Biden pela América Latina são segurança e energia. Em relação ao Brasil, a agenda, que tem início nesta terça-feira (28) à noite, inclui uma visita ao Centro de Pesquisas da Petrobras (CENPES) para discutir a cooperação energética entre os dois países. 
O governo norte-americano não esconde que visa aumentar sua influência na América Latina, sobretudo no setor energético. No início do mês de maio, Joe Biden anunciou sua visita à região durante Conferência Anual das Américas em Washington. Na ocasião, ele ressaltou o papel estratégico que representa o continente para o futuro dos EUA e do mundo.

—Os países do hemisfério ocidental (continente americano) serão responsáveis por dois terços do crescimento do suprimento mundial de petróleo nas próximas décadas.

Ao visitar o Brasil, o vice-presidente dos EUA deverá abordar outros temas como cooperação comercial e educacional, mas o destaque explícito de Washington pelo tema de energia mostra que os americanos querem assumir um papel maior em toda a cadeia energética brasileira. 

Biden expôs, durante a Conferência Anual das América, que os EUA não querem se limitar a comprar petróleo da região, mas que também estão dispostos a fomentar investimentos e cooperações técnicas.

— Nós temos conhecimentos e tecnologias únicas para ajudar os países (da região) a se tornarem ou se manterem como grandes fornecedores de energia no mundo. 

COMENTÁRIO DO PROF. OCTAVIO GOUVEIA:

   Se puderem avisem ao vice-presidente americano que há uma regra sem exceção que talvez ele desconheça, mas que há mais de 20 anos eu ensino aos meus alunos:

   TODO PAÍS FORNECEDOR DE ENERGIA É DESGRAÇADO, MISERÁVEL, POBRE, FALIDO, HUMILHADO, EXPLORADO, USURPADO, COM GRANDE ANALFABETISMO, COM ENORME MORTALIDADE INFANTIL ! 
E CAPACHO DOS EUA !

    TODO PAÍS RICO, PRÓSPERO, DESENVOLVIDO ECONÔMICO E SOCIALMENTE É COMPRADOR (IMPORTADOR) DE ENERGIA. NÓS BRASILEIROS QUEREMOS O BRASIL NESTE GRUPO !

GO HOME Mr. Joe Biden !
pra não te mandar pra outro lugar !



O americanos conhecem os obstáculos para viabilizar a produção do pré-sal brasileiros. As dificuldades técnicas e financeiras são entendidas pelo governo dos EUA como oportunidades para as empresas do país. Se houver abertura, o grupos americanos poderão fazer parte de um projeto que deverá redesenhar as fronteiras petrolíferas do mundo.
Mas, o interesse norte-americano pelo pré-sal brasileiro vai além do ineditismo do empreendimento em questão. Na realidade, os EUA também se preocupam com o próprio consumo de petróleo. Um dos motivos é o fato de que a Venezuela, principal fornecedora do combustível ao país, já algum tempo está diminuindo a venda do produto para o  vizinho do norte.
Nos últimos anos, os venezuelanos fizeram da China o seu segundo destino para a distribuição de petróleo. De acordo com o Departamento de Energia americano, desde 1997, quando o chavismo chegou ao poder, a Venezuela exportava diariamente 1,7 bilhões de barris do combustível aos EUA, atualmente, o valor vendido não ultrapassa o total de 1 bilhão de barris.
Assim, os EUA querem diminuir a dependência em relação aos tradicionais membros da OPEC (Organização dos países exportadores de petróleo) — da qual a Venezuela faz parte. Este processo já é evidente, pois nos últimos tempos os americanos reduziram em 20% o total de petróleo comprado destes países. Por isso, o Brasil e o pré-sal surgem como ótimas oportunidades para o norte-americanos diversificarem seus fornecedores e incentivarem novos polos de produção tecnológica e comercial.

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