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domingo, 13 de setembro de 2015

Manifesto apartidário EM DEFESA da PETROBRAS !

Intelectuais e Professores denunciam golpe contra a PETROBRAS em manifesto !



Nomes de peso assinam o documento como Konder Comparato e Marilena Chauí


Documento assinado por nomes de peso do país, como Fabio Konder Comparato, Marilena Chauí, Cândido Mendes, Celso Amorim, João Pedro Stédile, Leonardo Boff, Luiz Pinguelli Rosa e Maria da Conceição Tavares, alerta para a tentativa de destruição da Petrobras e de seus fornecedores. Eles propõem um pacto pela democracia, e denunciam a intenção de mudança do modelo que rege a exploração de petróleo no Brasil.
"Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas", diz o texto. "Debilitada a Petrobras, âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por mais de 500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez mais a uma condição subalterna e colonial." 
Confira o manifesto, na íntegra:
O QUE ESTÁ EM JOGO AGORA
A chamada Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na Petrobras, desencadeou um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a própria democracia.
Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas. Além disso, vem a proposta de entregar o pré-sal às empresas estrangeiras, restabelecendo o regime de concessão, alterado pelo atual regime de partilha, que dá à Petrobras o monopólio do conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas ultraprofundas. Essa situação tem lhe valido a conquista dos principais prêmios em congressos internacionais.
Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares. Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados. 
Debilitada a Petrobras, âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por mais de 500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez mais a uma condição subalterna e colonial.
Por outro lado, esses mesmos setores estimulam o desgaste do Governo legitimamente eleito, com vista a abreviar o seu mandato. Para tanto, não hesitam em atropelar o Estado de Direito democrático, ao usarem, com estardalhaço, informações parciais e preliminares do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria mídia, na busca de uma comoção nacional que lhes permita alcançar seus objetivos, antinacionais e antidemocráticos.
O Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos um longo período de trevas e de arbítrio. Trata-se agora de evitar sua repetição. Conclamamos as forças vivas da Nação a cerrarem fileiras, em uma ampla aliança nacional, acima de interesses partidários ou ideológicos, em torno da democracia e da Petrobras, o nosso principal símbolo de soberania.
20 de fevereiro de 2015
Alberto Passos Guimarães Filho
Aldo Arantes
Ana Maria Costa
Ana Tereza Pereira
Cândido Mendes
Carlos Medeiros
Carlos Moura
Claudius Ceccon
Celso Amorim
Celso Pinto de Melo
D. Demetrio Valentini
Emir Sader
Ennio Candotti
Fabio Konder Comparato
Franklin Martins
Jether Ramalho
José Noronha
Ivone Gebara
João Pedro Stédile
José Jofilly
José Luiz Fiori
José Paulo Sepúlveda Pertence
Ladislau Dowbor
Leonardo Boff
Ligia Bahia
Lucia Ribeiro
Luiz Alberto Gomez de Souza
Luiz Pinguelli Rosa

Magali do Nascimento Cunha
Marcelo Timotheo da Costa
Marco Antonio Raupp
Maria Clara Bingemer
Maria da Conceição Tavares
Maria Helena Arrochelas
Maria José Sousa dos Santos
Marilena Chauí

Marilene Correa

Octavio dos Santos Gouveia Filho
Otavio Alves Velho
Paulo José
Reinaldo Guimarães
Ricardo Bielschowsky
Roberto Amaral
Samuel Pinheiro Guimarães
Sergio Mascarenhas
Sergio Rezende
Silvio Tendler
Sonia Fleury
Waldir Pires
COMENTÁRIO DO PROF. OCTAVIO GOUVEIA:
 Caso voce se inclua no perfil acima, acrescente seu nome nesta lista, ou simplesmente divulgue verdades sobre a PETROBRAS e ajude a denunciar mentiras mal intencionadas sobre a empresa.
Identificar e prender os corruptos da empresa sim !
Difamar a empresa para privatizá-la não !


http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/02/21/intelectuais-denunciam-golpe-contra-petrobras-em-manifesto/


Coppe alerta para consequências de uso político do caso da Petrobras

É preciso julgar e punir, mas também proteger interesses do país, dizem especialistas


Jornal do BrasilPamela Mascarenhas


O desenrolar, a repercussão e o uso do caso de corrupção na Petrobras têm preocupado alguns brasileiros, principalmente os que conhecem bem o funcionamento e a importância da estatal para o país, e ainda os interesses econômicos e geopolíticos do mercado internacional. Atenta e preocupada com os impactos de um "terceiro turno" eleitoral ou de uma possível tentativa de intervenção com interesses duvidosos na estatal, a Coppe UFRJ realizou nesta quinta-feira (18) o debate "A crise da Petrobras", com a participação do reitor da UFRJ, Carlos Levi, do diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, de professores do instituto, de engenheiros da área do petróleo, de representantes de trabalhadores da Petrobras,  e do jornalista e economista George Vidor.
A cada novo capítulo da Operação Lava Jato e também com o embate geopolítico no mercado de petróleo entre Estados Unidos, Rússia, Europa, Venezuela e Arábia Saudita, a Petrobras sofre novas perdas. Os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras, recibos que representam ações e são listados na Bolsa de Valores de Nova York, chegaram próximo a US$ 6 no início da semana. A máxima nos últimos 12 meses foi de US$ 21 e, em 2008, com o anúncio do pré-sal, tinha alcançado os US$ 100. Na segunda-feira (18), o Credit Suisse cortou o preço-alvo das ADRs de US$ 14 para US$ 7,30.
A Security Exchange Commission (SEC) ainda iniciou uma investigação que pode suspender os ADRs na Bolsa de Nova York. Cerca de 40% de todos os negócios com papéis da Petrobras no mundo passam pelo mercado americano. A Petrobras também está sob investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que analisa potenciais violações à legislação do país contra corrupção no exterior. Empresas de advocacia norte-americanas movimentam uma ação coletiva contra a empresa que, dependendo das interpretações que forem adotadas, podem significar um grave prejuízo. 
Diretor da Copppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa: "É uma exploração política, como todos estão dizendo, um terceiro turno, uma tentativa de mobilizar o governo da Dilma nesse início, há outras intenções."
Diretor da Copppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa: "É uma exploração política, como todos estão dizendo, um terceiro turno, uma tentativa de mobilizar o governo da Dilma nesse início, há outras intenções."

Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe, em conversa com a imprensa após o evento, ressalta que a Petrobras precisa sobreviver, se equacionar, punir os culpados, internamente e na Justiça, afastar os que foram relapsos na gestão e manter a questão tecnológica. Ele salienta, contudo, movimentos externos que prejudicam esse processo. 
Pinguelli acredita que uma mudança de diretoria da estatal, por exemplo, não é um grande problema, apesar de ser uma questão que o mercado financeiro parece exigir. "O mercado tem suas idiossincrasias, mas eu não vejo que isso é um grande problema, do ponto de vista interno, da operação da empresa. Eu acho que alguns diretores podem mudar, outros podem ficar, como os que têm posição chave", destaca o diretor, que também não vê nenhuma culpa do que acontece na presidente Graça Foster. "É uma exploração política, como todos estão dizendo, um terceiro turno, uma tentativa de mobilizar o governo da Dilma nesse início, há outras intenções, internas, que não são puramente apuração e punição, mais que isso, é tentativa de manietar a empresa

Ele lembra a questão dos preços baixos do petróleo, que têm prejudicado fortemente países exportadores como Venezuela e Rússia, mas que também afetam a Petrobras e empresas de menor porte do país. A questão que tem se propagado internacionalmente é que a culpa é da Arábia Saudita, que se recusa a subir seus preços, para prejudicar outros países. "Como foi dito aqui, não é só a Arábia Saudita que está nesse jogo. Em princípio, são os americanos, eles são muito estrategistas. Eles têm como alvo, além da Rússia, hoje acusada por uma questão de briga em sua fronteira, também a Venezuela, que é uma adversária preferencial dos Estados Unidos. Então eu acho que há uma estratégia. Não é apenas um fator econômico de 'caiu o preço do petróleo por questões de mercado'. Não."

Para Pingelli, a questão do preço do petróleo, inclusive pode ter como objetivo também afundar a Petrobras, e transferir a propriedade do pré-sal para outras empresas. "Já se fala em mudar o regime de partilha (estipulado para a exploração do pré-sal), e acabar com os 30% de participação obrigatória da Petrobras. Enfim, o perigo é a Petrobras sofrer mudanças que o próprio governo pode fazer, pressionado.

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