Parabéns ao Brasil 247 pela brilhante reportagem !
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/195317/Recorde-do-pr%C3%A9-sal-pode-frear-projeto-de-Serra.htm
RECORDE DO PRÉ-SAL PODE FREAR PROJETO DE SERRA
Vitória da PETROBRAS e dos seus 80.000 trabalhadores ! Fora José Serra ! Fora PSDB ! Fora vendilhões do Brasil ! Avante PETROBRAS !
Produção emblemática de 1 milhão de barris/dia, atingida nesta semana pela Petrobras, comandada por Aldemir Bendine, reduz o risco de que áreas do pré-sal sejam concedidas a empresas internacionais, como defende o senador José Serra (PSDB-SP); "Não existe, em todo o mundo, nenhuma área de extração de petróleo em que a produção cresça nestes volumes e nestas taxas. É disso que vamos 'aliviar' a Petrobras?", questiona o jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço; "O projeto de Serra - assim como outros do PSDB - é terrivelmente danoso para a Petrobrás e para o país, e vai na contramão da tendência internacional, presente na maioria dos países produtores de petróleo, de ampliar o controle estatal sobre sua produção e reservas", diz, ainda o jornalista Miguel do Rosário; confira os dois artigos
2 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 11:52
247 – O recorde atingido pela Petrobras no pré-sal, com a produção de mais de 1 milhão de barris/dia (leia mais aqui), reduz o risco de que seja aprovado o projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que prevê a concessão desses campos de óleo e gás a empresas internacionais como Exxon e Chevron.
Leia, abaixo, análise de Fernando Brito, editor do Tijolaço:
Um milhão de barris por dia. O pré-sal já chegou lá, apesar dos urubus
POR FERNANDO BRITO · 02/09/2015
Não tem manchete para registrar.
Muito pouca gente escreveu que estava para acontecer, apesar de estar diante dos olhos de todos, como mostrou este Tijolaço há um mês.
Mas assim, quase em silêncio e com muito trabalho e capacidade técnica, a Petrobras chegou à marca de um milhão de barris de petróleo e gás na camada pré-sal do nosso leito marinho, nas contas fechadas para o mês de julho.
Exatos 1,0041 milhão de barris na medição do “óleo equivalente” – que considera a capacidade energética do gás natural que vem associado ao petróleo.
Foram 812,1 mil barris diários, em média, de petróleo e 30,5 milhões de m³ de gás.
Em julho do ano passado eram 480,8 mil barris/dia de petróleo e 16,2 milhões de metros cúbicos de gás natural, equivalentes, no total, a 582 mil barris diários.
69% a mais de petróleo; 88% a mais de gás natural e, na soma dos dois, um crescimento de 72,3% em apenas um ano.
E isso não tem óleo nem de Libra, nem de Beija-Flor (antes chamado de Franco)os dois mega campos em desenvolvimento.
Não existe, em todo o mundo, nenhuma área de extração de petróleo em que a produção cresça nestes volumes e nestas taxas.
É disso que vamos “aliviar” a Petrobras?
São estes os investimentos que devemos cortar para melhorar o “fluxo de caixa”?
Até mesmo o endividamento da empresa – necessário para o volume de investimento exigido na epopéia do pré-sal – tem de ser considerado levando em conta a perspectiva de gigantescas quantidades de óleo que o pré-sal, do dia, vem provando que possui.
É preciso ser muito tolo para dizer que “há dúvidas sobre a viabilidade do pré-sal”.
Tolo ou traidor de sua pátria e de seu povo.
Confira, também, análise do jornalista Miguel do Rosário:
Petroleiros ganham primeiras batalhas contra projeto entreguista de José Serra
O projeto de Serra - assim como outros do PSDB - é terrivelmente danoso para a Petrobrás e para o país, e vai na contramão da tendência internacional, presente na maioria dos países produtores de petróleo, de ampliar o controle estatal sobre sua produção e reservas.
Por isso mesmo é preciso, mais que nunca, ficar atento aos movimentos no Congresso. A luta pelo controle do pré-sal está no centro da disputa política hoje no Brasil.
A maioria das conspirações midiático-judiciais hoje em curso tem como objetivo desnacionalizar a exploração e produção do nosso petróleo.
É preciso permanecer extremamente alerta, porque eles - os entreguistas - tem uma janela aberta neste momento, em função do desgaste da imagem da Petrobrás, por um lado, que facilita o seu avanço político; e os baixos preços do petróleo, que lhes permitiriam comprar barato nossas empresas e nossas reservas.
O Cafezinho teve acesso a um relatório ainda inédito da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que mostra a tendência marcante, nas últimas décadas, de aumento do controle estatal sobre as reservas e produção de petróleo.
Abaixo, alguns slides desse trabalho. Em seguida, matéria da RBA sobre o andamento do projeto Serra, também conhecido como Lei Chevron, no Senado.
SEM QUÓRUM
Projeto de Serra para o pré-sal tem comissão encerrada e volta ao plenário
Presidente da comissão classifica situação de 'constrangedora'. Proposta é considerada retrógrada e senadores avaliam que deverá ser rejeitada
por Eunice Pinheiro, para a RBA
publicado 01/09/2015 11:23
publicado 01/09/2015 11:23
Brasília – A decisão sobre quando será votado o PLS 131/2015, que retira da Petrobras a participação mínima de 30% na exploração do petróleo e gás da camada do pré-sal, está agora nas mãos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A comissão especial criada para discutir o projeto de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) foi extinta, na semana passada, porque não conseguiu reunir os senadores para debater a matéria. Visivelmente irritado, o senador Otto Alencar (PSB-BA), presidente da comissão, reclamou do quórum esvaziado. "É constrangedor", resumiu. Agora, o projeto será votado no plenário, assim que Calheiros marcar a data.
"Desde o início, esta comissão se mostrava desarticulada e desorganizada. Nem mesmo o senador Serra, autor da proposta, aparecia nas reuniões. No dia em que o presidente dissolveu a comissão, Serra chegou atrasado, perdido, perguntando o que tinha acontecido", contou o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel. Para ele, os próximos dias serão cruciais para a formação da estratégia de atuação dos trabalhadores, que estão fazendo um corpo a corpo com os senadores para que rejeitem a proposta de Serra.
No meio de tantas idas e vindas do PLS131/2015, que já esteve prestes a ser votado no plenário do Senado, "esvaziar a Comissão Especial foi a estratégia encontrada pelos senadores que querem a rejeição do projeto", segundo o senador Roberto Requião (PMDB-PR). "A Comissão já foi criada de forma errada. O presidente Renan não poderia indicar o presidente, nós que teríamos de escolhê-lo pelo voto. Depois, impuseram o relator. Estava tudo errado", explica Requião, que chegou a entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal para cancelar a comissão.
O senador acredita que o projeto pode ser derrubado no plenário. "Querem voltar com a política do FHC. Não vão conseguir isso", afirmou, referindo-se à tentativa do ex-presidente de privatizar a estatal brasileira do petróleo.
Requião, porém, crê que o projeto não entrará na pauta de votações imediatamente. Ainda segundo o senador, Renan Calheiros teria se comprometido a segurar a proposta, ou seja, colocar o projeto na "gaveta do esquecimento". Até quando, é imprevisível.
Se for à votação, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) também duvida que ele seja aprovado. Para ele, o projeto é inadequado e significa um retrocesso às conquistas que o país já fez. " É um projeto contrário aos interesses do Brasil. É tão danoso, que é impossível melhorá-lo. Tem de ser derrubado", afirmou.
Para o coordenador da FUP, o momento é de manter a atenção sobre os movimentos do autor da proposta, senador José Serra. Rangel não acredita que a extinção da Comissão Especial tenha sido uma estratégia, mas um reflexo da fragilidade da proposta. Mesmo assim, vai continuar com o movimento de pressão sobre o Parlamento.
O Palácio do Planalto também monitora o caminho que o PLS 131/2015 trilhará a partir de agora. Sem o status de urgência, ele não terá mais prioridade na pauta de votação e dependerá da decisão do presidente Renan em incluí-lo na agenda. Na reunião com os movimentos sociais, em agosto, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que trabalharia para manter a Lei do Pré-sal, o que significa enterrar de vez a proposta de Serra.
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