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segunda-feira, 22 de abril de 2013



QUEM CUIDARÁ DA AMAZÔNIA AZUL ?


Na semana passada, o setor de defesa de boa parte do mundo estava na Laad, no Riocentro. O evento é considerado o mais importante de toda a América Latina. Na feira anterior, o tema principal era a compra de aviões da FAB, no projeto FX2, mas este ano o assunto perdeu expressão - embora tenha sido apresentado o Sea Gripen, versão naval do caça da sueca Saab, estrategicamente pousado em maquete do porta-aviões São Paulo, doada à Marinha. O fato de esses caças terem sido projetados para pousar e decolar em estradas (equivalente a pistas muito curtas) faz com que tenham estrutura muito semelhante à necessária para uso a bordo de porta-aviões. Mas o Brasil ainda não se decidiu sobre o sueco Gripen, o americano Boeing F-18 Super Hornet e o francês Rafale. Ao anunciar a compra de 36 aviões franceses, Lula só fez atrasar ainda mais um imbróglio que já dura uma década.
Na recente feira, o foco estava nos bilionários programas de vigilância e monitoramento das fronteiras terrestres e marítimas e nos sistemas e materiais de segurança destinados aos grandes eventos: Jornada da Juventude, Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas. A maior expectativa foi para a o seminário sobre a próxima etapa de Desenvolvimento do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz) conduzido pelo comandante Marcus Vinícius da Silva Roberto, quando foi apresentado o cronograma e descritas as etapas que serão desenvolvidas até a contratação de uma empresa, chamada de "Organização Integradora", prevista para julho de 2014. Amazônia Azul é a extraordinária riqueza do mar, com petróleo, ouro e minérios essenciais.
Os comentários se concentraram em dois temas: a não definição quanto à possibilidade de contratação de empresa estrangeira para liderar o processo, uma vez que todas poderão apresentar propostas; e a declaração antecipando que a Fundação Ezute será a contratada para assessorar a Marinha nos aspectos técnicos da execução do futuro contrato, com previsão de dez anos de duração. A Fundação Ezute é a antiga Fundação Atech, apenas com outro nome. Em seu quadro de dirigentes estão as mesmas pessoas que dirigiam a Fundação Atech e criaram a Atech S/A; que transferiram para a S/A todos os contratos e qualificações técnicas reunidas ao longo dos anos pela fundação; e que logo em seguida a venderam. Alguns destes dirigentes da Ezute ainda seriam acionistas da Atech S/A.
Quando foi decidida a contratação da ainda denominada Fundação Atech para fazer o trabalho preliminar de levantamento de dados e confecção dos documentos necessários à futura contratação da "Organização Integradora" que vai desenvolver o SisGAAz, ainda existia um nível mínimo de qualificação. Mas, devido a esta transferência de acervo para a S/A a qualificação para o futuro novo trabalho, de caráter eminentemente técnico, não se pode garantir essa qualidade. Além disso, na divulgação da nova Fundação Ezute, parecia claro que não mais se encarregaria de trabalhos na área de defesa, transferidos para a Atech S/A.
Técnicos do setor diziam que a Marinha não deveria correr o risco de ser atingida por uma nova operação de cisão, desta vez da Fundação Ezute, com a criação de uma outra nova empresa a ser também vendida, repetindo o mesmos fatos ocorridos com a Atech. Sugere-se que a Marinha use a prata da casa, a estatal Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais), para articular programas aprovados pela Marinha. Se assim for feito, a Marinha do Brasil certamente estará muito bem servida e cuidando para manter realmente em segurança tão importante projeto para a nação. Haverá plena certeza de que os conhecimentos sensíveis não estarão sob o risco de serem passados a terceiras empresas. E tudo sairá bem mais barato.


COMENTÁRIO DO PROF. OCTAVIO GOUVEIA:

 A estatal Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais) em cooperação com técnicos da PETROBRAS e com os oficiais superiores da Marinha do Brasil é que deverão cuidar das nossas riquesas minerais localizadas no MAR (Amazônia Azul). Permitir que qualquer outra empresa trate deste assunto é um risco gigantesco a Soberania Brasileira. Uma INSANIDADE !  Temos que pensar como POTÊNCIA MUNDIAL que somos ! Pel menos na área 
ENERGÉTICA !

 Perguntem aos militares americanos o que acham sobre a possibilidade de uma empresa diferente da NASA ou da AERONAÚTICA dos EUA , tomar conta (cuidar) do espaço aéreo americano ?

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