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domingo, 26 de julho de 2015

PETROLEIROS DEFENDEM INVESTIMENTOS DA PETROBRAS

Greve de petroleiros contra corte de investimentos alcança 12 estados

Categoria decidiu parar por 24 horas em protesto contra o novo plano de negócios da empresa, que prevê redução de US$ 89 bilhões nos investimentos e despesas

FUP/ DIVULGAÇÃO
FUP
Trabalhadores de Minas Gerais realizam ato em defesa da Petrobras
São Paulo – A greve de 24 horas dos petroleiros contra o novo plano de Gestão e Negócios da empresa – mobilizou 13 sindicatos filiados, alcançou 12 estados e envolveu trabalhadores diretos e terceirizados de unidades operacionais de refino, plataformas marítimas, campos de produção terrestres, terminais da Transpetro, usinas de biodiesel, termoelétricas e áreas administrativas. A categoria decidiu parar por 24 horas em protesto contra o novo plano de negócios, que prevê cortes de US$ 89 bilhões nos investimentos e despesas da empresa, além de venda de ativos que poderá reduzir em US$ 57 bilhões o patrimônio da estatal. Para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), isso significará o desmantelamento do Sistema Petrobras, colocando em risco empregos e conquistas sociais.
A FUP e sindicatos filiados também lutam contra o Projeto de Lei (PLS) 131, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que pretende tirar a Petrobras da função de operadora única do pré-sal e acabar com a participação mínima de 30% que a empresa legalmente tem sobre os campos de petróleo desta região.
Essa é a primeira ação de uma grande mobilização nacional aprovada em assembleias pelos petroleiros. Entre 3 e 7 de agosto, a FUP e sindicatos filiados realizarão um encontro nacional, em Brasília, onde discutirão novo calendário de paralisações.
Para a federação, a Petrobras está fazendo uma opção pelo mercado. "Sem papas na língua, os gestores deixaram claro o objetivo maior do Plano de Negócios 2015-2019, ao admitirem que a prioridade é reduzir o endividamento e aumentar a rentabilidade imediata para os acionistas. Não se importam nem um pouco com o desemprego em massa e a quebra da cadeia produtiva da indústria nacional", diz a entidade, em nota.

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