Minha lista de blogs

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

OS BRICS NA MIRA DOS EUA ! MOTIVO ? ENERGIA e RECURSOS MINERAIS ESTRATÉGICOS !

AGORA, É GUERRA TOTAL CONTRA OS BRICS


Apertem os cintos, a guerra de informação já desencadeada contra a Rússia deve expandir-se para Brasil, Índia e China. 
Brasil, Rússia, Índia e China, como o mundo inteiro sabe, são os quatro principais países do grupo BRICS de potências emergentes, que também inclui a África do Sul e em futuro próximo incorporará também outras nações do Sul Global. Os BRICS perturbam imensamente Washington – e sua Think-Tank-elândia – porque são a corporificação do impulso concertado do Sul Global rumo a um mundo multipolar.

Podem-se apostar garrafas de champanhe crimeano que a resposta dos EUA a esse processo deve ser alguma espécie de guerra total de informação – não muito diferente, em espírito, do “Conhecimento Total de Informação” [orig. Total Information Awareness (TIA)], elemento central da Doutrina da Dominação de Pleno Espectro, do Pentágono. Os BRICS são vistos como importante ameaça –, e conseguir contratorpedeá-los implica dominar toda a grade informacional.

Vladimir Davydov, diretor do Instituto de América Latina da Academia de Ciências da Rússia, acertou o olho do alvo quando observou que “a situação atual mostra que há tentativas para suprimir não só a Rússia, mas também os BRICS, dado que o papel global daquela associação só faz crescer.”

A demonização da Rússia escalou rapidamente nos EUA, das sanções relacionadas à Ucrânia, para Putin o “novo Hitler” e a ressureição do bicho-papão bem testado ao longo da Guerra Fria, tipo “Os Russos estão chegando”.

No caso do Brasil a guerra de informação já começou antes da reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Assim como Wall Street e suas elites comprador locais faziam de tudo para bombardear o que definem como economia “estatista”, Dilma foi também pessoalmente demonizada.

Passos não inimagináveis para futuro próximo talvez incluam sanções contra a China, por causa de sua posição “agressiva” no Mar do Sul da China, ou Hong Kong, ou Tibet; sanções contra a Índia por causa do Kashmir; sanções contra o Brasil por causa de violações de direitos humanos ou excesso de desflorestamento. Seletos diplomatas indianos, lamentam, off the record, que o primeiro dos BRICS a ser afivelado sob pressão será a Índia.

Dado que os BRICS são tijolos realmente chaves na construção de um sistema global de relações internacionais e um sistema financeiro mais inclusivos – e não há outros no mercado –, eles que, pelo menos, mantenham-se bem alertas. Se não, cada um deles será abatido, um depois do outro.

Georgy Toloraya, diretor executivo da Comissão Nacional Russa de Pesquisa sobre os BRICS, lembra que hoje, pelo menos, há “mais e mais comunicação acontecendo pelos canais BRICS.”

Os brasileiros, por exemplo, estão particularmente interessados em cooperação de investimentos. O Banco de Desenvolvimento dos BRICS será realidade já em 2015. E uma equipe russa está preparando relatório detalhado sobre perspectivas futuras para cooperação entre os BRICS, para ser discutido em Pequim, em profundidade, durante uma semana, enquanto acontece a reunião de cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico [orig., Asia-Pacific Economic Cooperation, APEC].

Da guerra de energia à guerra da moeda

O novo choque do petróleo dos sauditas – que, no mínimo, recebeu luz verde do governo Obama – combina perfeitamente com o padrão “Conhecimento Total de Informação” (TIA), em termos de ofensiva contra os BRICS, com dois deles no papel de alvos chaves: Rússia e Brasil.

Mais de 50% do orçamento da Rússia vem da venda de petróleo e gás. Cada redução de $10 no preço do barril de petróleo significa que a Rússia deixa de receber coisa como $14,6 bilhões por ano. Pode ser de certo modo compensado pela desvalorização do rublo – mais de 25% contra o dólar norte-americano, desde o início de 2014. E a Rússia, claro, ainda tem cerca de $450 bilhões em reservas. Mesmo assim, a economia russa pode crescer só de 0,5 a 2% em 2015.

Com a redução de $1 nos preços do petróleo cru, a maior empresa brasileira, Petrobras, perde mais de $900 milhões. Aos preços atuais do petróleo, a Petrobras estará perdendo em torno de $14 bilhões por ano. A queda dos preços portanto mina a expansão de longo prazo da Petrobrás para financiar novos projetos de infraestrutura e de exploração conectados aos seus valiosos depósitos de petróleo do pré-sal. A Petrobras foi alvo preferencial para a demonização de Rousseff.

O Irã não é membro dos BRICS, mas partilha o impulso do grupo com vistas a um mundo multipolar. Para equilibrar o próprio orçamento, o Irã precisa de petróleo a $136 o barril. Um acordo nuclear a ser firmado com o P5+1 em três semanas, dia 24/11, pode levar a um alívio nas sanções – pelo menos as vindas da Europa – e permitir que o Irã melhore suas exportações de petróleo. Mas em Teerã não há ilusões sobre o quanto a manipulação dos preços foi cerebrada para desestabilizar ainda mais a economia iraniana e minar sua posição nas negociações nucleares.

No front econômico, a doutrina do “Conhecimento Total de Informação” [orig. Total Information Awareness (TIA)] manifesta-se em o Fed pôr fim ao quantitative easingQE [injeção de dólares recém impressos na economia, lit. “facilitação quantitativa” ou “alívio quantitativo”]: significa que o dólar dos EUA continuará a subir e mais dólares dos EUA deixarão os mercados emergentes. A rede chinesa Xinhua expôs e discutiu seriamente essa questão.

O dólar norte-americano e o yuan estão efetivamente ligados. Quando o dólar norte-americano sobe, o yuan também sobe. Mas é a economia chinesa que sofre. O que preocupa Pequim é que é possível que a manufatura chinesa torne-se excessivamente cara, em muitíssimos países nos quais as margens de lucro já são muito estreitas.

Portanto, o que com certeza acontecerá é o Banco Central da China determinar uma queda controlada do yuan – e ao mesmo tempo desenvolver mecanismos para combater a saída de dinheiro quente, sobretudo para Hong Kong.

A China pode até ser relativamente imune ao fim do QE. Mas todos na Ásia lembram ainda muito bem da crise financeira de 1997, que respingou na Rússia em 1998. Os únicos beneficiados então foram – e quem seria?! – os interesses privados norte-americanos e a hegemonia de Washington.

O centro não se mantém coeso
 [orig. The center cannot hold]A demonização dos BRICS, em graus diferentes, prossegue sem parar – com o foco central na Rússia, a qual, por falar dela, iniciará a 3ª Guerra Mundial. Por quê? Porque os EUA dizem que sim.

A mais recente ação envolve o Serviço de Inteligência da Defesa Dinamarquesa [orig. Danish Defense Intelligence Service (DDIS)], que noticiou, semana passada que a Rússia simulara um ataque com jatos e mísseis sobre a ilha de Bornholm em junho.

DDIS não distribuiu qualquer detalhe concreto sobre o ataque simulado. Mas enfatizou que foi o maior exercício militar russo sobre o Mar Báltico desce 1991. DDIS distribuiu um documento “Avaliação de Risco 2014” [orig. Risk Assessment 2014], no qual prevê que “ao longo dos próximos poucos anos, a situação no leste da Ucrânia tem alta probabilidade de converter-se em novo conflito europeu frio.”

Mas os dinamarqueses foram muito claros: “Não há indicações de que a Rússia constitua crescente ameaça militar direta ao território dinamarquês.” Nada disso impediu que os chefes militares norte-americanos de sempre se pusessem a repetir que a Rússia se prepara para iniciar a 3ª Guerra Mundial.

Não há absolutamente nenhuma prova de que Washington esteja preparada sequer para discutir a possibilidade de modificar o atual sistema-mundo, como teorizado por Immanuel Wallerstein, na busca por gestão mais democrática. A próxima reunião do G20 na Austrália, mais uma vez, deixará isso bem claro.

O que se vê, portanto, é o sistema, cada dia mais fragmentado, deslizando inexoravelmente rumo a um catastrófico ponto de ruptura.  O “Conhecimento Total de Informação” [orig. Total Information Awareness (TIA)] e suas reviravoltas e circunvoluções não passam de “estratégia” desesperada para adiar uma decadência inevitável. No fim, Wallerstein estava certo. O mundo do pós-Guerra Fria está condenado a permanecer imensamente volátil. 

AS MULTINACIONAIS ESTÃO EM FESTA ! A PETROBRAS É O JUDAS DA MÍDIA BRASILEIRA !

OPERAÇÃO LAVA-JATO QUER VARRER A PETROBRAS E LIBERAR O PRÉ-SAL PARA AS MULTINACIONAIS ! ACORDA BRASIL !

COMENTÁRIO DO PROF. OCTAVIO GOUVEIA:  Claro que toda corrupção deve ser combatida. Que sejam presos os corruptos dirigentes da PETROBRAS. O inaceitável é que a mídia golpista e vendida aos interesses estrangeiros, use um fato real e condenável, a corrupção ocorrida em licitações de obras da empresa, para denegrir a PETROBRAS. Lembro que a empresa é composta por dezenas de milhares (mais de 60 mil empregados); todos concursados, honrados e trabalhadores. A PETROBRAS tem mais de 400 mil acionistas ! Todos tem prejuízos com esta má-fé da mídia. Não se fala em outra coisa ! Só existe corrupção na PETROBRAS ?  Dá para acreditar nisto ? Acorda Brasil ! Fora mídia vendida e anti-nacional !

Prisão dos corruptos sim ! Denegrir a imagem da empresa e de seus honradíssimos empregados não !

Difamação é um termo jurídico que consiste em atribuir a alguém OU A ALGUMA INSTITUIÇÃO, fato determinado ofensivo à sua reputação, honra objetiva, e se consuma, quando um terceiro (TODOS QUE OUVEM A MÍDIA ) toma conhecimento do fato. De imputação ofensiva que atenta contra a honra e a reputação de alguém (OU DA EMPRESA), com a intenção de torná-lo passível de descrédito na opinião pública(LEIA-SE PETROBRAS). A difamação fere a moral da vítima, a injúria atinge seu moral, seu ânimo.

Lava jato tucano

Gilson Reis *

Conforme dados levantados nos últimos dias, a advogada Rosângela Moro é assessora jurídica do vice-governador do Estado do Paraná, Flávio Arns, filiado ao PSDB. A advogada ainda é sócia de um escritório de advocacia Zucolotto Associados. Este escritório tem como principais clientes empresas do ramo petrolífero: Ingrax, Helix Shell oil Comapny, Royal Dutch Shell e a própria Shell. Todos sabemos que as multinacionais do petróleo não estão satisfeitas com os rumos da estatal brasileira. A partilha, a exploração do petróleo na camada do Pré-sal e o investimento em refinarias afastam definitivamente a estatal da sanha privatista tucana. Destruir a imagem da empresa, colocá-la sob suspeita e evitar seus potenciais avanços é tudo que as multinacionais do petróleo mais querem.

O Paraná é governado, nos últimos quatro anos. pelo tucano Beto Richa. O Governador foi reeleito para um segundo mandato no primeiro turno das eleições de outubro. O Estado do Paraná ainda reelegeu o Senador da Republica Álvaro Dias, o principal expoente da oposição tucana neoliberal no Senado da República. Nesse sentido podemos supor que as entranhas do poder e seus tentáculos estão entrelaçados no Paraná.

Como dizia Carlos Lacerda “se disputar as eleições não pode ganhar. Se ganhar as eleições não pode governar. Se tentar governar tem que derrubar”. Tudo leva a crer que estamos diante de uma poderosa articulação golpista - políticos de oposição, Poder Judiciário, Polícia Federal e os meios de comunicações. Todos envolvidos no mesmo propósito: não permitir que a Presidenta Dilma governe o Brasil. Está instalada, desde março de 2014, no sul do país, a República Golpista do Paraná. É hora de organizar nosso povo, chamar os trabalhadores e os movimento populares e evitar que os golpistas de plantão derrubem o governo Dilma. Um governo eleito democraticamente pelo sufrágio universal. E que retirem as mãos sujas de cima da Petrobras.
* Presidente do Sinpro - MG - Sindicato dos Professores e dirigente nacional da CSC.

Leia mais em: 
http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=6515&id_coluna=22

QUANTO MAIS
Segundo anotações apreendidas pelo Operação Lava Jato, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria escalado os também senadores Álvaro Dias (PR) e Mario Couto (PA) para "fazer circo".
Nas anotações, Neves teria sido pressionado pela CNO, provavelmente sigla de Construtora Norberto Odebrecht.
...Ver mais

domingo, 7 de dezembro de 2014

BRICS: (PETROBRAS e os EUA) X (GAZPROM e a EUROPA). Muitas semelhanças ou apenas coincidências ?

Quem deseja falir a PETROBRAS e a GAZPROM ? Why ?

A verdadeira causa do cancelamento do gasoduto Ramo Sul

06.12.2014
A verdadeira causa do cancelamento do gasoduto Ramo Sul. 21255.jpeg
"Fato é que, ao cancelar a construção do gasoduto Ramo Sul, a Rússia impôs à Europa a mais efetiva de todas as sanções que vimos esse ano." A reação ao cancelamento do projeto do gasoduto Ramo Sul [orig. South Stream] foi total surpresa e tem de ser explicada com muito cuidado.
Para compreender o que aconteceu, é preciso voltar atrás, ao modo como se desenvolviam as relações Rússia-Europa nos anos 1990s.
3/12/2014, Alexander Mercouris, http://goo.gl/0N3x8T (in The Vineyard of the Sakerhttp://goo.gl/Yo01h6)  
Resultado de imagem para be carefulResumidamente: naquela época, dava-se por certo que a Rússia seria a maior fornecedora de energia e de matérias primas para a Europa. Foi o período da grande "corrida para o gás" na Europa, com os europeus de olhos postos na infinita, ilimitada oferta russa. Foi o crescimento do gás russo, na composição do mix europeu de energia, que permitiu que a Europa cortasse em sua indústria de carvão, que reduzisse suas emissões de carbono e se pusesse a aplicar sermões no resto do mundo sobre o assunto. 

Mas os europeus não supunham que a Rússia viesse a fornecer só para eles aquela energia. Em vez disse, sempre anteviram que aquela energia seria extraída para eles e na/da Rússia, mas por empresas de energia ocidentais. A isso a União Europeia chama de "segurança energética" - eufemismo para pôr suas próprias empresas a extrair energia em outros países sob exclusivo controle da própria União Europeia.

No que tivesse a ver com a Rússia, as coisas jamais aconteceram desse modo. Embora a indústria russa de petróleo tenha sido privatizada, a maior parte permaneceu sob controle de capitais russos. Quando Putin subiu ao poder em 2000, a 'tendência' à privatização da indústria do petróleo perdeu fôlego e foi revertida. Uma das principais razões pelas quais o ocidente enfureceu-se tanto com a prisão de Khodorkovsky e o fechamento da petroleira Yukos, com transferência do patrimônio da empresa para a estatal russa Rosneft, foi, precisamente, porque esses movimentos marcaram a reversão da privataria[1] generalizada da indústria russa do petróleo.

Na indústria do gás, a privataria nem chegou a começar. A exportação de gás continuou a ser controlada pela Gazprom, que manteve o monopólio estatal da exportação de gás russo. A partir do início do governo de Putin, a posição da Gazprom como empresa estatal monopolista foi reforçada e tornada praticamente inabalável.

Grande parte da fúria que hoje acomete o ocidente contra Putin pode ser explicada pelo ressentimento europeu e ocidental por o presidente - e todo o governo russo - terem-se recusado a quebrar os monopólios estatais no campo da energia, e por não terem 'aberto' (a expressão eufemística é "abertura") a indústria russa de energia ao ataque das empresas privadas ocidentais.

Muitas das acusações de corrupção que rotineiramente se repetem contra o presidente Putin visam a insinuar que ele se oporia à tal 'abertura' da indústria russa de energia e à privatização das estatais Gazprom e Rosneft, porque seria acionista dessas empresas (no caso da Gazprom, repete-se sempre que Putin seria proprietário da empresa). Se se examinam as específicas acusações de corrupção que se fazem contra Putin (como fiz, com máxima atenção), o golpe logo se torna evidente.

A agenda dos acusadores, que não desistem de tentar forçar a Rússia à privatização e a quebrar todos os monopólios estatais de energia, jamais foi descartada. Por isso a empresa Gazprom, apesar do serviço vitalmente importante e plenamente confiável que sempre prestou aos seus clientes europeus, é sempre alvo de tantas críticas. Quando os europeus reclamam de a Europa depender da energia russa, manifestam a própria fúria por terem de comprar gás de uma única empresa estatal (e russa), a Gazprom, em vez de poderem comprar gás de empresas ocidentais que extraíssem petróleo russo para vender a europeus.

É fúria e ressentimento que coabitam com uma crença, muito profundamente entrincheirada na Europa, segundo a qual a Rússia de algum modo dependeria da Europa para ter gás, financiamento e tecnologia.

Essa mistura de ressentimento, ira e excesso de autoconfiança arrogante está por trás das repetidas tentativas da União Europeia para legislar sobre questões de energia, mas de modo tal que sempre visa a forçar a Rússia àquela 'abertura', para entregar à 'Europa' o controle de toda sua indústria de energia.

A primeira tentativa foi a chamada "Carta da Energia" [Energy Charter], que a Rússia subscreveu, mas depois se recusou a ratificar. A mais recente tentativa é o chamado "Terceiro Pacote de Energia" [Third Energy Package], da União Europeia.

Todos esses movimentos são apresentados como desenvolvimentos de uma lei europeia antimonopólios e a favor da livre concorrência dentro da Europa. Na realidade, como todos sabem, é movimento de ataque direto à Gazprom, que é monopólio, mas russo, não europeu.

Esse é o contexto no qual se trava o conflito em torno do Gasoduto Ramo Sul. As autoridades da União Europeia insistiram que o Gasoduto Ramo Sul deveria enquadrar-se no que determina o Terceiro Pacote de Energia - apesar de o Terceiro Pacote de Energia só ter vindo à luz depois de os acordos para construção do Ramo Sul já estarem assinados e oficializados.

Adaptar-se ao que dispõe o Terceiro Pacote de Energia significaria que a Gazprom poderia continuar a fornecer o gás, mas não poderia nem ser proprietária nem controlar o gasoduto pelo qual viajasse o gás fornecido.

Para a Gazprom, aceitar essa norma implicaria reconhecer a autoridade da União Europeia sobre suas operações empresariais. Se reconhecesse essa autoridade, imediatamente viriam mais e mais exigências, de mais e mais mudanças em seus métodos operacionais. Logo começariam, então, as exigências para que se fizessem mudanças na própria estrutura da indústria russa de energia.

O que aconteceu agora é que os russos disseram não. Em vez de manter em andamento o projeto, submetendo-se às 'exigências' da União Europeia, como os europeus esperavam, os russos, para grande espanto de todos, simplesmente cancelaram todo o projeto de construção do gasoduto. Todo o projeto.

É decisão completamente inesperada. Agora, enquanto escrevo, vejo o ar carregado de furiosas reclamações que chegam do sul da Europa, de que não foram consultados nem informados com antecedência sobre a decisão dos russos. Inúmeros políticos do sudeste da Europa (especialmente na Bulgária) recorrem em desespero à ideia de que o projeto ainda possa ser salvo. Verdade é que, porque os europeus agarram-se sempre à crença segundo a qual a Rússia não teria outros clientes e dependeria existencialmente dos europeus, eles não conseguiram antecipar o que poderia vir; agora, não conseguem entender nem explicar a decisão dos russos.

Nesse ponto, é importante explicar por que o gasoduto Ramo Sul é importante para os países do sudeste da Europa e para a economia europeia como um todo.

Todas as economias do sul da Europa estão em tristes condições. Para esses países, o Ramo Sul era investimento e projeto vitais de infraestrutura, que lhes garantia futuro energético. Além das taxas de trânsito do gás a serem cobradas, que seriam fonte importante de reservas em moedas estrangeiras.

Para a União Europeia, o fato indiscutível é que ela depende do gás russo. Houve quantidades imensas de conversas na Europa sobre buscar fontes alternativas de oferta de gás, mas progressos praticamente zero. É que não existem fornecedores alternativos capazes de suprir a quantidade de gás russo que a Europa consome.

Houve muito diz-que-diz sobre os EUA abastecerem a Europa com seu Gás Natural Liquefeito (GNL), que substituiria o gás do gasoduto russo. Primeiro, que esse gás norte-americano é consideravelmente mais caro que o gás do gasoduto russo, o que atingiria duramente os consumidores europeus e abalaria a competitividade da indústria europeia. Como se não bastasse isso, é também praticamente garantido que os EUA não têm nem jamais terão para vender a quantidade necessária de GNL.

Além dos prováveis efeitos calamitosos da atual baixa forçada nos preços de petróleo sobre a indústria do petróleo de xisto dos EUA, os EUA sempre tiveram currículo de consumidor voraz de energia; e consumirão a maior parte ou toda a energia que consigam extrair do próprio xisto. Os EUA não estarão em posição de exportar grandes quantidades para a Europa. De qualquer modo, nem as instalações existem hoje, para fazer tal coisa, e nada sugere que algum dia venham a existir.

Outras possíveis fontes de gás para a Europa são problemáticas, para dizer o menos. A produção de gás no Mar do Norte está caindo. Importações de gás do norte da África e do Golfo Árabe dificilmente serão disponíveis na quantidade necessária - nem perto disso. O gás do Irã não é acessível, por razões políticas. Embora, sim, isso possa eventualmente mudar, a probabilidade é que, quando mudar, os iranianos (como agora os russos) decidirão orientar o fluxo de sua energia para o leste, rumo Índia e China, não em direção à Europa.

Por óbvias razões de geografia, a Rússia é a fonte mais lógica e mais econômica de gás para a Europa. Todas as alternativas das quais se pode cogitar têm custos econômicos e políticos que, no final, as tornam pouco, ou nada, atraentes.

As dificuldades da União Europeia para encontrar fontes alternativas de gás foram cruelmente expostas no fracasso do chamado outro projeto de gasoduto, Nabucco, que levaria gás do Cáucaso e da Ásia Central para a Europa. Embora discutido e comentado durante anos, jamais saiu do papel, porque jamais fez sentido, em termos econômicos.

Enquanto isso, ao mesmo tempo em que a Europa tanto fala em diversificar os fornecedores, é a Rússia quem, de fato, constrói os negócios.

A Rússia já fechou um negócio chave com o Irã de troca de petróleo iraniano por bens russos manufaturados. A Rússia também se comprometeu a investir pesadamente na indústria nuclear iraniana. Se e quando as sanções que pesam sobre o Irã forem levantadas, os europeus perceberão, afinal que os russos já lá estão. A Rússia também acaba de fechar negócio gigante de fornecimento de gás com a Turquia (adiante voltaremos a falar disso). E maiores que esses são os dois acordos gigantes que a Rússia já assinou, para fornecer gás à China.

As fontes de energia da Rússia são enormes, mas não são infinitas. O segundo negócio firmado com a China e o outro, firmado com a Turquia redirecionam para esses dois países o gás que, antes, viajava para a Europa. Os volumes de gás envolvidos no negócio com a Turquia correspondem, quase exatamente, aos volumes antes previstos para o gasoduto Ramo Sul. O negócio com os turcos já substituiu o Ramo Sul.

Esses grandes negócios mostram que a Rússia tomou esse ano uma decisão estratégica, de redirecionar para bem longe da Europa, o fluxo de energia que sai da Rússia. Embora ainda demore para que se vejam os totais efeitos desse movimento, as consequências dele para a Europa são sombrias. A Europa tem diante dela período de grave demanda não atendida de energia, que ela só conseguirá superar se comprar energia a preço muito mais alto.

Esses negócios que a Rússia firmou com China e Turquia foram criticados ou até ridicularizados, porque a Rússia estaria recebendo menos, pelo seu gás, do que a Europa pagaria.

A diferença real entre os preços não é tanta quanto alguns pretendem. E, de qualquer modo, essa crítica finge que não sabe que o preço é só uma parte, num relacionamento negocial.

Ao redirecionar seu gás para a China, a Rússia cimenta laços econômicos com o país que, agora, ela considera seu aliado estratégico e que tem (ou em pouco tempo terá) a maior economia do mundo e em mais rápido crescimento. Ao redirecionar seu gás para a Turquia, a Rússia consolida uma promissora relação com a Turquia, da qual a Rússia é agora o maior parceiro comercial.

A Turquia é um potencial aliado chave para a Rússia, consolidando a posição da Rússia no Cáucaso e no Mar Negro. E é país de 76 milhões de habitantes, com economia de $1,5 trilhão e crescendo rapidamente, que, ao longo das últimas duas décadas tornou-se cada vez mais alienada e distanciada da União Europeia e do ocidente.

Ao redirecionar seu gás para longe da Europa, a Rússia, isso sim, deixa para trás um mercado economicamente estagnado e que lhe é (como os eventos desse ano já mostraram) irremediavelmente hostil. Não há por que alguém se surpreender por a Rússia ter abandonado um relacionamento que, nos últimos tempos, só lhe rendeu fieira interminável de ameaças e abusos - sem falar dos discursos-sermões moralistas, intromissão indevida nos assuntos russos e, agora, sanções. Nenhum tipo de relacionamento, comercial, negocial ou qualquer outro, pode funcionar desse modo; o relacionamento entre Europa e Rússia não é exceção.

Nada disse sobre a Ucrânia, porque, pela minha avaliação, a Ucrânia nada tem a ver com o assunto aqui discutido. O gasoduto Ramo Sul foi concebido por causa dos frequentes abusos que a Ucrânia cometia, por sua posição de estado-de-passagem, posição que provavelmente será mantida. É importante dizer que esse é fato reconhecido na Europa, tanto quanto na Rússia. Foi precisamente por causa dos perenes abusos que a Ucrânia cometia, por causa da posição 'de passagem', que o projeto do Ramo Sul rapidamente recebeu endosso formal, embora 'de cara feia', da União Europeia. Basicamente, a União Europeia precisava contornar a Ucrânia, para garantir a segurança da energia que importava, tanto quanto a Rússia desejava caminho que evitasse a Ucrânia, para exportar o mesmo gás.

Os amigos da Ucrânia em Washington e Bruxelas jamais se sentiram muito felizes com tudo isso e constantemente mobilizaram seus lobbies contra o Ramo Sul.

Mas o caso é que foi a Rússia quem puxou da tomada o fio do Ramo Sul, quando teria a opção de mantê-lo vivo se aceitasse as condições que a Europa propunha. Em outras palavras, os russos consideram o problema da Ucrânia, estado-de-passagem, como mal menor que as condições que a União Europeia vinha conectando ao Ramo Sul.

O Ramo Sul demoraria anos para ser construído, e o cancelamento não tem qualquer efeito sobre a atual crise ucraniana. Se os russos decidiram que podem cancelar o projeto é porque já decidiram que o futuro da Rússia está mais em vender energia à China, à Turquia e a outros estados na Ásia (há negócios de gás em andamento também com a Coreia e o Japão e, possivelmente, também com Paquistão e Índia), que em vender energia à Europa. Sendo assim, o Ramo Sul, para a Rússia perdeu completamente qualquer serventia.

Por isso é que, diretos como sempre são, os russos, em vez de aceitar as condições europeias, desligaram, da tomada, a União Europeia. Ao fazê-lo, os russos denunciaram o blefe europeu. Até agora, por supor que a Rússia seria dependente da Europa como única compradora para seu gás, a Europa só fez antagonizar - agora, ao que parece, já irreparavelmente - seu principal fornecedor de energia e parceiro econômico.

Antes de concluir, quero dizer algumas palavras sobre os que saíram mais sujos de todo esse affair. Falo dos incompetentes e corruptos pigmeus políticos que fingem que governam a Bulgária. Tivesse aquele gente uma gota de dignidade e autorrespeito, teriam dito à Comissão da União Europeia, quando ela apareceu por lá com o Terceiro Pacote de Energia, que a Europa só fazia caminhar para saltar de cabeça no abismo. Se a Bulgária tivesse deixado clara sua intenção de pressionar a favor do projeto do Ramo Sul, não tenho dúvidas de que o gasoduto teria sido mantido. Haveria, claro, terrível alarido dentro da União Europeia, se a Bulgária desafiasse abertamente o Terceiro Pacote de Energia, mas a Bulgária estaria agindo na defesa de seus interesses nacionais - e não lhe faltariam amigos dentro da União Europeia. Se a Bulgária tivesse se levantado contra a EU, toda a Europa sairia ganhando.

Em vez disso, pressionados por gente como o senador John McCain, os governantes búlgaros agiram como os políticos paroquianos que são, e tentaram apostar ao mesmo tempo tanto na lebre europeia quanto nas raposas russas. Resultado dessa política imbecil é que ofenderam a Rússia - tradicional aliada histórica da Bulgária -, ao mesmo tempo em que empurraram o gás que teria transformado a Bulgária em país desenvolvido, na direção da Turquia, inimiga histórica da Bulgária.

Os búlgaros não são os únicos que agiram desse modo estúpido. Todos os países europeus, mesmo os que têm laços históricos tradicionais que os ligam à Rússia, apoiaram os vários pacotes de sanções que a UE aplica contra a Rússia, apesar da muitas dúvidas que vários deles manifestaram sobre toda a política das sanções. Ano passado, a Grécia, outro país que tem laços históricos importantes com a Rússia, saltou fora de um bom negócio para vender a empresa estatal grega de gás natural à Gazprom, porque a UE desaprovou o negócio, apesar de a Gazprom ter oferecido o melhor preço.

Esse ponto sugere uma antimoralidade mais ampla. Sempre que os russos agem como agiram, os europeus respondem com ira e arrogância - sentimentos nos quais a Europa afoga-se nesse momento. Os políticos da União Europeia que tomam as decisões que geram as reações russas parecem convencidos de que a UE estaria em posição que lhe permitiria fazer o que bem entendesse, sancionar a Rússia o quanto quisesse, que a Rússia jamais sancionaria nenhum país da União Europeia.

Agora, depois de a Rússia já ter agido, o que se vê é a surpresa mais tola, acompanhada dos comentários mais mendazes sobre o comportamento "agressivo" dos russos ou "contrários aos interesses do povo russo" ou que a Rússia teria "sofrido dura derrota". Nada disso é verdade. Fosse isso verdade, os corredores da União Europeia não ecoariam ondas e ondas de ira e de recriminações de uns contra os outros (sobre as quais estou muito bem informado).

Em julho, a União Europeia tentou incapacitar a indústria de petróleo russa, impondo sanções à exportação de tecnologia russa de perfuração. O atentado com certeza fracassará, porque a Rússia e os países com os quais a Rússia negocia (inclusive China e Coreia do Sul) são com certeza capazes de produzir eles mesmos a tecnologia de que precisam.

Por sua vez, com os negócios que construiu com China, Turquia e Irã, a Rússia acertou golpe demolidor no plexo do futuro energético da União Europeia. Dentro de apenas uns poucos anos, os europeus descobrirão que tantos sermões moralistas e tantos blefes arrogantes sempre cobram seu preço.

Fato é que, ao cancelar a construção do gasoduto Ramo Sul, a Rússia impôs à Europa a mais efetiva de todas as sanções que vimos esse ano. *****


[1] "Privataria" ("privatização" + "pirataria") é neologia que aparece no título de importante coleção de documentos sobre o processo das privatizações neoliberais no Brasil dos governos do PSDB coletados, editados e comentados pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior: A privataria tucana" [NTs].


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO

geopolítica do petróleo

FALÊNCIA ANUNCIADA DA PETROBRAS ! HA ! HA ! HA !
RESERVAS DE PETRÓLEO E PERSPECTIVAS DA PETROBRAS E DO BRASIL NO SETOR ENERGÉTICO
RANKING do petróleo
COMENTÁRIO DO PROFESSOR OCTAVIO GOUVEIA:
A história da PETROBRAS é escrita pelos brasileiros que acreditam na força do seu trabalho e do seu estudo. Dos brasileiros que gostam de desafios e os encaram de frente, na certeza de que a vitória é uma questão de esforço, de fé e de tempo ! Sempre existiram e sempre existirão as vozes que falam mal da PETROBRAS e dizem que ela não terá futuro ! Ela já nasceu assim !
Desacreditada e dimunuída pelos traídores da Pátria Brasileira e por aqueles que não acreditavam na capacidade de realização dos trabalhadores e estudantes brasileiros. Ela nasceu pobre, pequena, sem petróleo, sem dinheiro, sem técnicos, sem engenheiros, sem perpectivas ! Hoje é a sétima maior empresa de energia do mundo !
Gigantes como a EXXON-MOBIL, CHEVRON-TEXACO, SHELL e TOTAL, todas juntas tem reservas de Petróleo menores do que a PETROBRAS !
Quem será que esta com o futuro comprometido ? Não se deixe enganar !
São grandiosos os destinos da PETROBRAS e do Brasil ! Quem viver verá !
PREPARATÓRIO PARA PETROBRAS 2014 (CURSO CPOG)

As reservas globais de petróleo provadas atingiram 1.668,9 bilhões de barris no final de 2012, quantidade suficiente para garantir exatos 52 anos e 9 meses de produção mundial de energia. Os dados são da edição 2013 do relatório estatístico anual da BP, documento de referência para o setor. Segundo o estudo, ao longo da última década, as reservas globais de petróleo cresceram 26%. Os países da Opep continuam a dominar o ranking, controlando 72,6% das reservas mundiais.
Atualmente, o Brasil ocupa a 15ª colocação do ranking. Levando em conta as estimativas conservadoras, que apontam que o pré-sal possui reservas da ordem de pelo menos 60 bilhões de barris de petróleo, o país tem chances de entrar para a lista das 10 maiores potências petrólíferas até 2030, ultrapassando Estados Unidos e Líbia.
EUA, Canadá, Brasil, e Venezuela, segundo especialistas e organizações internacionais
do setor energético e especificamente do setor de petróleo e gás, estão prestes a revolucionar o atual cenário da indústria petrolífera mundial (MAUGERI, 2012; OPEC, 2012; IEA, 2012)
Impulsionados por avanços técnicos que vem possibilitando, não somente a descoberta de grandes reservas, mas, sobretudo, a exploração e produção de petróleo e gás de fontes não convencionais, esses países podem levar o continente americano a uma posição de menor ou nenhuma dependência energética (principalmente no caso norte americano) em relação às regiões tradicionais como o Oriente Médio e Norte da África, desenhando uma nova geografia e geopolítica do petróleo no mundo.
A geopolítica do petróleo sempre esteve tradicionalmente ligada ao Oriente Médio e a
OPEP, e o mundo do petróleo dividido entre países consumidores e países produtores, numa relação que pode ser aproximada às relações, centro-periferia, desenvolvidos-subdesenvolvidos, industrializados-pouco industrializados. A potencial mudança deste quadro, está apoiada em 4 (quatro) elementos chaves, que são os motores das projeções promissoras para Américas nosentido do surgimento de uma nova configuração energética mundial: as areias betuminosas do Canadá, o óleo e o gás de xisto norte-americano, o pré-sal brasileiro, e o óleo extra pesado da Venezuela.
COMENTÁRIO DO PROFESSOR OCTAVIO GOUVEIA:
VANTAGENS COMPETITIVAS DO BRASIL FRENTE a EUA / CANADÁ / VENEZUELA
Desataca-se neste cenário promissor para as Américas um fator AMBIENTAL fundamental. As AREIAS BETUMINOSAS do Canadá, bem como o ÓLEO e Gás de XISTO dos EUA possuem um processo extrativo, que deixa uma enorme quantidade de RESÍDUOS de grande dificuldade de tratamento e portanto, grande AGRESSIVIDADE AMBIENTAL. Neste sentido são processos de extração de hidrocarbonetos que visando diminuir o malefício ao meio-ambiente, exigirão tratamentos químicos e físicos elevadores dos custos de obtenção e produção de hidrocarbonetos. Em resumo, para tornarem-se ambientalmente aceitáveis e menos danosos serão muito caros. Grande desvantagem ambiental com baixa produtividade de hidrocarbonetos e elevadíssimos custos. Ruim e caro !
Ao contrário situam-se os casos da América do Sul (Venezuela e Brasil). Aqui temos PETRÓLEO, leia-se " HIDROCARBONETOS IN NATURA " , prontos para produzirem todos os derivados petroquímicos com tecnologia que o Brasil e a Venezuela já dominam há décadas. Também dominam estas tecnologias as empresas MAJORS ( EXXON-MOBIL, CHEVRON-TEXACO, SHELL e TOTAL ). São ditas MAJORS pelo simples fatos de deterem 75% do refino e da produção mundial de petróleo e derivados. No entanto só possuem 5% do petróleo mundial ! Em termos populares: estão secas ! São como uma máquina de lavar sem água, um carrão sem combustível, uma linda lâmpada sem eletricidade, uma estrela sem luz ! Na linguagem técnica:
ESTÃO SEM MATÉRIA-PRIMA ! Em outras palavras:
falidas a longo prazo !
O Brasil tem sobre a Venezuela a vantagem de possuir um petróleo leve (semelhante ao àrabe) de enorme valor comercial no mercado petroquímico mundial. Isto nos coloca em posição altamente favorável nas Américas frente ao Canadá / EUA / Venezuela.
Isto é tudo o que as empresas MAJORS desejam ! Petróleo leve !
O sonho das empresa MAJORS:
Petróleo com a mesma qualidade do óleo árabe !
Distante dos países árabes (do golfo pérsico) !
Numa região militarmente fácil de ser " PROTEGIDA " , leia-se o ATLÂNTICO SUL, região completamente dominada militarmente pela Marinha dos EUA desde o final da 2. Guerra.
Inacessível aos oponentes atuais a soberania Americana. Os chineses !
Perfeito !
Só há um único defeito ! Ainda !
Toda esta Riquesa esta " ainda " nas mãos da PETROBRAS ! e da nossa Brava, porém militarmente impotente Marinha Brasileira (com uma esquadra naval que é o resto do que sobrou da frota inglesa na 2. Guerra).
É por esta razão que querem decretar a falência da PETROBRAS !
Nossa maior empresa é um ENTRAVE, um EMPECILHO, NAS PRETENSÕES de GRANDEZA, DOMINAÇÃO e ONIPOTÊNCIA das referidas empresas MAJORS. Multinacionais de petróleo que não se contentam com a idéia de que um povo e uma gente que na visão deles só entende de samba e de futebol, descobriu por competência e tecnologia própria, um novo GOLFO PÉRSICO, EM PLENO ATLÂNTICO-SUL.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O ATLÂNTICO SUL SERÁ O NOVO GOLFO PÉRSICO ! FALA PORTUGUÊS E SE CHAMA PETROBRAS !

ANIVERSÁRIO DA PETROBRAS EM 03/10/2014
RAZÕES DO MEU VOTO EM DILMA !
FALÊNCIA ANUNCIADA DA PETROBRAS ! HA ! HA ! HA !
RESERVAS DE PETRÓLEO E PERSPECTIVAS DA PETROBRAS E DO BRASIL NO SETOR ENERGÉTICO
RANKING do petróleo
COMENTÁRIO DO PROFESSOR OCTAVIO GOUVEIA:
A história da PETROBRAS é escrita pelos brasileiros que acreditam na força do seu trabalho e do seu estudo. Dos brasileiros que gostam de desafios e os encaram de frente, na certeza de que a vitória é uma questão de esforço, de fé e de tempo ! Sempre existiram e sempre existirão as vozes que falam mal da PETROBRAS e dizem que ela não terá futuro ! Ela já nasceu assim !
Desacreditada e dimunuída pelos traídores da Pátria Brasileira e por aqueles que não acreditavam na capacidade de realização dos trabalhadores e estudantes brasileiros. Ela nasceu pobre, pequena, sem petróleo, sem dinheiro, sem técnicos, sem engenheiros, sem perpectivas ! Hoje é a sétima maior empresa de energia do mundo !
Gigantes como a EXXON-MOBIL, CHEVRON-TEXACO, SHELL e TOTAL, todas juntas tem reservas de Petróleo menores do que a PETROBRAS !
Quem será que esta com o futuro comprometido ? Não se deixe enganar !
São grandiosos os destinos da PETROBRAS e do Brasil ! Quem viver verá !
PREPARATÓRIO PARA PETROBRAS 2014 (CURSO CPOG)

As reservas globais de petróleo provadas atingiram 1.668,9 bilhões de barris no final de 2012, quantidade suficiente para garantir exatos 52 anos e 9 meses de produção mundial de energia. Os dados são da edição 2013 do relatório estatístico anual da BP, documento de referência para o setor. Segundo o estudo, ao longo da última década, as reservas globais de petróleo cresceram 26%. Os países da Opep continuam a dominar o ranking, controlando 72,6% das reservas mundiais.
Atualmente, o Brasil ocupa a 15ª colocação do ranking. Levando em conta as estimativas conservadoras, que apontam que o pré-sal possui reservas da ordem de pelo menos 60 bilhões de barris de petróleo, o país tem chances de entrar para a lista das 10 maiores potências petrólíferas até 2030, ultrapassando Estados Unidos e Líbia.
EUA, Canadá, Brasil, e Venezuela, segundo especialistas e organizações internacionais
do setor energético e especificamente do setor de petróleo e gás, estão prestes a revolucionar o atual cenário da indústria petrolífera mundial (MAUGERI, 2012; OPEC, 2012; IEA, 2012)
Impulsionados por avanços técnicos que vem possibilitando, não somente a descoberta de grandes reservas, mas, sobretudo, a exploração e produção de petróleo e gás de fontes não convencionais, esses países podem levar o continente americano a uma posição de menor ou nenhuma dependência energética (principalmente no caso norte americano) em relação às regiões tradicionais como o Oriente Médio e Norte da África, desenhando uma nova geografia e geopolítica do petróleo no mundo.
A geopolítica do petróleo sempre esteve tradicionalmente ligada ao Oriente Médio e a
OPEP, e o mundo do petróleo dividido entre países consumidores e países produtores, numa relação que pode ser aproximada às relações, centro-periferia, desenvolvidos-subdesenvolvidos, industrializados-pouco industrializados. A potencial mudança deste quadro, está apoiada em 4 (quatro) elementos chaves, que são os motores das projeções promissoras para Américas nosentido do surgimento de uma nova configuração energética mundial: as areias betuminosas do Canadá, o óleo e o gás de xisto norte-americano, o pré-sal brasileiro, e o óleo extra pesado da Venezuela.
COMENTÁRIO DO PROFESSOR OCTAVIO GOUVEIA:
VANTAGENS COMPETITIVAS DO BRASIL FRENTE a EUA / CANADÁ / VENEZUELA
Desataca-se neste cenário promissor para as Américas um fator AMBIENTAL fundamental. As AREIAS BETUMINOSAS do Canadá, bem como o ÓLEO e Gás de XISTO dos EUA possuem um processo extrativo, que deixa uma enorme quantidade de RESÍDUOS de grande dificuldade de tratamento e portanto, grande AGRESSIVIDADE AMBIENTAL. Neste sentido são processos de extração de hidrocarbonetos que visando diminuir o malefício ao meio-ambiente, exigirão tratamentos químicos e físicos elevadores dos custos de obtenção e produção de hidrocarbonetos. Em resumo, para tornarem-se ambientalmente aceitáveis e menos danosos serão muito caros. Grande desvantagem ambiental com baixa produtividade de hidrocarbonetos e elevadíssimos custos. Ruim e caro !
Ao contrário situam-se os casos da América do Sul (Venezuela e Brasil). Aqui temos PETRÓLEO, leia-se " HIDROCARBONETOS IN NATURA " , prontos para produzirem todos os derivados petroquímicos com tecnologia que o Brasil e a Venezuela já dominam há décadas. Também dominam estas tecnologias as empresas MAJORS ( EXXON-MOBIL, CHEVRON-TEXACO, SHELL e TOTAL ). São ditas MAJORS pelo simples fatos de deterem 75% do refino e da produção mundial de petróleo e derivados. No entanto só possuem 5% do petróleo mundial ! Em termos populares: estão secas ! São como uma máquina de lavar sem água, um carrão sem combustível, uma linda lâmpada sem eletricidade, uma estrela sem luz ! Na linguagem técnica:
ESTÃO SEM MATÉRIA-PRIMA ! Em outras palavras:
falidas a longo prazo !
O Brasil tem sobre a Venezuela a vantagem de possuir um petróleo leve (semelhante ao àrabe) de enorme valor comercial no mercado petroquímico mundial. Isto nos coloca em posição altamente favorável nas Américas frente ao Canadá / EUA / Venezuela.
Isto é tudo o que as empresas MAJORS desejam ! Petróleo leve !
O sonho das empresa MAJORS:
Petróleo com a mesma qualidade do óleo árabe !
Distante dos países árabes (do golfo pérsico) !
Numa região militarmente fácil de ser " PROTEGIDA " , leia-se o ATLÂNTICO SUL, região completamente dominada militarmente pela Marinha dos EUA desde o final da 2. Guerra.
Inacessível aos oponentes atuais a soberania Americana. Os chineses !
Perfeito !
Só há um único defeito ! Ainda !
Toda esta Riquesa esta " ainda " nas mãos da PETROBRAS ! e da nossa Brava, porém militarmente impotente Marinha Brasileira (com uma esquadra naval que é o resto do que sobrou da frota inglesa na 2. Guerra).
É por esta razão que querem decretar a falência da PETROBRAS !
Nossa maior empresa é um ENTRAVE, um EMPECILHO, NAS PRETENSÕES de GRANDEZA, DOMINAÇÃO e ONIPOTÊNCIA das referidas empresas MAJORS. Multinacionais de petróleo que não se contentam com a idéia de que um povo e uma gente que na visão deles só entende de samba e de futebol, descobriu por competência e tecnologia própria, um novo GOLFO PÉRSICO, EM PLENO ATLÂNTICO-SUL.
FUTEBOL e SAMBA SIM !
PETRÓLEO e DESENVOLVIMENTO SOCIAL e ECONÔMICO TAMBÉM !
XÔ AVES DE RAPINA !
O PRÉ-SAL É NOSSO !
O GIGANTE ACORDOU

61 ANOS DA PETROBRAS ! VITÓRIA BRASILEIRA !

PARABÉNS PETROBRAS !

TRAIÇÃO E VITÓRIA. Assim se resume a história de 61 anos da PETROBRAS ! Traição dos partidários de Silvério dos Reis (daqueles que acreditam que os interesses estrangeiros devem prevalecer sobre os interesses do Brasil e da sua gente, seus trabalhadores, seus empresários, sua soberania. Recentemente representados por FHC, Aécio Neves, no desespero da elite entreguista,por Marina Itau Sillva. Vitória dos trabalhadores da PETROBRAS, dos trabalhadores brasileiros que não se deixam iludir pela mídia vendida aos interesses americanos e ingleses ! Vitória do PT, de LULA, da Dilma, de João Goulart, de Getúlio Vargas, de Tiradentes, dos Generais Horta Barbosa e Estillac Leal. De Arthur Bernardes, de Gabriel Passos, Landulfo Alves, Alberto Pasqualini, Manoel Ignácio Bastos, Guilherme Estrella e outros heróis nacionais que sempre defenderam a PETROBRAS e por esta razão são dignos de festa no dia de hoje ! PARABÉNS PETROBRAS ! ABRAÇOS AOS COLEGAS E AMIGOS DA REDUC E DO CENPES ! AVANTE PETROBRAS !

A PETROBRAS DEVE GRATIDÃO AO GENERAL HORTA BARBOSA

Antes de existir a PETROBRAS, a sociedade brasileira estava dividida em relação à exploração do ouro negro no Brasil. Havia duas fortes correntes, com opiniões diametralmente opostas sobre o assunto: uma, a nacionalista, liderada pelo Marechal Horta Barbosa e a outra, conciliadora com o capital estrangeiro (chamada pejorativamente por seus opositores de entreguista), liderada pelo General Juarez Távora.
Os adeptos da posição nacionalista enfatizavam o anticolonialismo, e defendiam o monopólio estatal do petróleo no Brasil por considerar que o interesse dos grandes trustes multinacionais divergia dos interesses nacionais e que o petróleo, sendo um produto estratégico, não poderia ficar à mercê do controle estrangeiro, num mundo em que toda a produção de petróleo era dominada pelooligopólio das Sete irmãs. Não havia nenhuma garantia que a concessão das lavras petrolíferas pudesse atrair novos investimentos - a prospecção de petróleo no Brasil era mais arriscada e mais cara que em outros países - e havia uma justificada desconfiança de que os trustes multinacionais obtivessem as concessões das lavras com a única finalidade de não explorar o petróleo brasileiro:
 
"A principal causa do desinteresse das grandes companhias e da demora em transformar o país em produtor de petróleo foi à natureza pouco generosa de nossas bacias sedimentares, que exigem grande esforço e perseverança para identificar os campos de petróleo, tornando a exploração de petróleo no Brasil uma atividade de elevado risco. A estratégia das grandes empresas multinacionais do setor petrolífero – EssoShell e Texaco – seria a manutenção do Brasil como mercado, potencialmente, consumidor de petróleo(...)
  
O petróleo pertence à nação que há de dividi-lo igualmente por todos os seus filhos”. E mais: “Pesquisa, lavra e refinação, constituem as partes de um todo, cuja posse assegura poder econômico e poder político. Petróleo é bem de uso coletivo, criador de riqueza. Não é admissível conferir a terceiros o exercício de uma atividade que se confunde com a própria soberania nacional. Só o Estado tem qualidades para explorá-lo, em nome e no interesse dos mais altos ideais de um Povo.
 
 
OPINIÃO DO PROF. OCTAVIO GOUVEIA:
 
sabedoria, honestidade, visão de futuro, nacionalismo (no melhor sentido desta palavra), 
amor à pátria brasileira, desinteresse em ficar rico! 
Coisa rara hoje em dia! 

Minha homenagem a este quase anônimo herói nacional!


Digo isto pelo fato de que, com sua firmeza e sabedoria o brilhante GEN. Horta Barbosa, convenceu aos brasileiros de boa-fé que a causa da PETROBRAS (monopólio estatal), significaria a soberania brasileira no setor petróleo. No entanto, não foi fácil derrotar os partidários do "entreguismo" !


 Parabéns aos brasileiros de boa-fé e que acreditaram no nosso potencial em vencer os " traidores" e os desafios tecnológicos que o setor petróleo nos impuseram e nos impõem até hoje !

A verdade, a coragem e o trabalho de várias gerações de grandes brasileiros, venceram a traição
e o " entreguismo" ! São os partidários de TIRADENTES , contra o partido do SILVÉRIO DOS REIS (me ensinou o jornalista Barbosa Lima Sobrinho).

O desafio é a nossa energia ! O maior desafio é manter-se honesto e brasileiro acima de tudo !