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quinta-feira, 23 de maio de 2013

RESERVAS DE PETRÓLEO DOS EUA em BAIXA !
VISITA DO VICE-PRESIDENTE DOS EUA ao BRASIL e AMÉRICA LATINA !
Brasil  licitará  campo  de  pré-sal  com
as  maiores reservas de petróleo do país
enquanto o MERCOSUL ultrapassa o ORIENTE MÉDIO em Reservas de PETRÓLEO !

TUDO UMA ENORME COINCIDÊNCIA ? ? ? ? ? ? ? ? 




Num passado de mais de meio século já nos ensinava o grande ex-presidente Arthur Bernardes, defensor da criação da PETROBRAS. Político honesto que morreu com um humilde patrimônio pessoal (um apartamento de dois quartos em seu nome e nada no nome da esposa e dos filhos). Será que existe político assim atualmente ? Ele nos ensinou sobre a imprensa brasileira:  


       "A  imprensa, em tese, vive ao serviço dos trustes do petróleo. O jornal é uma empresa

que se funda para explorar a indústria de publicidade, e tem a publicidade quem

pode pagá-la. A nação fica prejudicada na defesa de suas riquezas naturais porque
nós que a defendemos contamos com o silêncio da imprensa (..) Por isso todo dia os
trustes mandam anunciar que o Brasil precisa desenvolver-se, que precisamos do
auxílio do capital estrangeiro etc. São os próprios interessados que assim agem para
criar entre nós uma falsa opinião pública "

( ex-presidente  ARTHUR BERNARDES ).


PROF. OCTAVIO GOUVEIA:

É inacreditável como a grande imprensa brasileira se cala e insiste em não divulgar notícias que tanto importam e influenciam nos destinos do Brasil.. Destaco que esta notícia foi divulgada pela Agence France-Presse. Ou seja, esta notícia é importante lá na França. Qual será o motivo ?
Para ser sucinto: As reservas do Campo de Libra, só este único campo,  representam o somatório de quase todas as reservas brasileiras antes da descoberta do pré-sal ! ! ! (aproximadamente 10 bilhões de barris).
Todas as empresas francesas de petróleo juntas não possuem este patrimônio.
Este campo de Libra entra na pequena lista mundial de MEGA-CAMPOS DE PETRÓLEO. Campos gigantes como este só existem no Oriente Médio. 
Ou seja, o Brasil começa a alterar completamente a GEOPOLÍTICA ENERGÉTICA MUNDIAL.
Isto é bom por um lado e arriscado por outro lado.
Que instituição brasileira protegerá esta preciosidade ?
Ou ela será " P R O T E G I D A " pela marinha americana e / ou pela OTAN ?

Publicação: 23/05/2013 14:10 Atualização:

O Brasil licitará, na segunda quinzena de outubro, o campo de Libra, com reservas de petróleo recuperáveis de entre 8 e 12 bilhões de barris, segundo novas estimativas que o transformam na maior descoberta de petróleo na história do país, anunciou nesta quinta-feira Magda Chambriard, a diretora geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP, estatal).
O campo, que ocupa uma área de 1.500 km2 das jazidas em águas ultraprofundas conhecidos como "pré-sal", tem um volume de petróleo estimado que provocou "deslumbramento" até entre magnatas do petróleo brasileiros, disse Chambriard em coletiva de imprensa.

O maior do Brasil

É, de longe, o maior do Brasil e se inscreve entre os maiores do mundo. "O campo de Marlim é maior produtor do Brasil, com 600 mil barris de petróleo por dia, com um volume recuperável de 2 bilhões de barris; Roncador tem 2,5 bilhões de volume recuperável. Campo de Lula 5 a 8 bilhões de volume recuperável. Libra é maior que Lula", disse Magda Chambriard. E deve produzir mais que Marlim, Roncador, Marlim Sul e Albacora juntos, explicou ela. Supera também o campo de Tupi, onde as reservas foram estimadas (em 2007) entre 5 a 8 bilhões de barris de óleo equivalente.

Libra fica na Bacia de Santos a 183 km da costa do Rio de Janeiro; sua área é de 1.458 quilômetros quadrados, em águas com profundidades variando entre 1,7 mil e 2,4 mil metros sob o nível do mar; é conhecido desde 2010. Ali, disse a ANP, foi descoberta uma coluna de óleo de 326,4 metros, mostrando um óleo de 27 graus API, uma medida usada para definir a qualidade do petróleo. Segundo essa medida, o óleo encontrado em Libra é de densidade média sendo de qualidade considerada alta.

Entre 800 bilhões a 1,2 trilhões de dólares
Considerando-se que hoje o preço médio do barril de petróleo é de 100 dólares, a riqueza escondida no subsolo oceânico em Libra pode alcançar, na média atual, entre 800 bilhões a 1,2 trilhões de dólares. Isto representa entre um terço a pouco mais da metade do PIB do Brasil em 2012, que foi de 2,2 trilhões de dólares.

Existem previsões de crescimento na produção brasileira de petróleo. Um estudo da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado em 2012, estima que ela poderá passar dos 4 milhões de barris em 2020 e chegar a 5,7 milhões em 2035. Com base nestas estimativas, é possível supor que um campo gigantesco como o de Libra poderá talvez dobrar a produção diária no pré-sal, que hoje é de 289 mil barris, chegando num futuro próximo a 300 mil barris por dia – isto significa que apenas esse campo pode acrescentar uma riqueza de uns 11 bilhões de dólares ao PIB brasileiro. Se a produção for de um milhão de barris por dia, o que não é impossível, esse acréscimo poderá ultrapassar os 30 bilhões de dólares.

A 11ª Rodada de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, que será realizada nos dias 14 e 15 de maio deste ano, no Rio de Janeiro, para leiloar 289 blocos para a exploração de petróleo, “trará um prejuízo para o país da ordem de um trilhão de dólares”, diz Paulo Metri à IHU On-Line. Na entrevista a seguir, concedida por telefone, o engenheiro explica as implicações da lei n. 9478/1997, que rege os leilões de petróleo no país, e defende a criação de uma nova legislação, semelhante à lei n. 12351, que assegura a criação de um fundo social a partir dos recursos obtidos com a exploração da camada do pré-sal.
Crítico da atuação das petrolíferas estrangeiras no Brasil, Metri diz que o setor “tem de ser visto como um dinamizador da economia”. No entanto, assegura que, desde 1997, “várias empresas estrangeiras já ganharam blocos no Brasil, descobriram e estão produzindo petróleo, e nenhuma delas contratou uma simples plataforma no país. (...) Elas têm um bloco no mar, trazem suas plataformas do exterior, o petróleo sai do fundo do mar e já vai para um navio que nem passa pelo território nacional, e as empresas tampouco pagam imposto pela exportação do petróleo por causa da Lei Kandir. Quer dizer, as empresas só pagam os royalties, que é uma parcela mínima, de 10%, comparado com a lucratividade do setor, que deve ser algo em torno de 45%”.
Paulo Metri é graduado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio e é conselheiro do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro.
PROF. OCTAVIO GOUVEIA acrescenta:

Na verdade vai muito além disso......! ..... !  !   !


As reservas em Libra, a área na camada do pré-sal da Bacia de Santos que o Brasil escolheu para seu primeiro leilão de licenças, podem ficar entre 26 bilhões e 42 bilhões de barris in situ, ou seja sem garantia total de extração. "Trata-se da maior descoberta que fizemos até o momento. É singular, inimaginável", afirmou a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, na entrevista coletiva na qual citou os resultados dos últimos estudos realizados nessa área do pré-sal. "Com os dados que temos até o momento, calculamos que o volume está mais perto dos 42 bilhões que dos 26 bilhões de barris", acrescentou Magda, que esclareceu que o volume efetivamente recuperável pode ficar entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.

Explicação do Prof. Octavio Gouveia:

As reservas "in situ", correspondem ao total de petróleo do referido campo de Libra. Como nem todo o petróleo do poço consegue ser retirado para a superfície, fala-se atualmente de um volume recuperável de 8 bilhões de barris. O fato é que com o desenvolvimento de novas tecnologias, mais petróleo poderá ser retirado num futuro de médio e longo prazos (10 a 20 anos). Na verdade as reservas serão muito maiores !

As pergunta são:

Quanto custará um Barril de Petróleo daqui a 20 anos ?

Qual a razão de TANTA PRESSA EM FAZER LEILÕES ? Disponibilizar esta riqueza para multinacionais de petróleo que estão sem petróleo ? A quem interessa esta pressa toda ? 

Favor nos esclareça presidenta Dilma ! E diretora da ANP (Sra. Magda)
De preferência em cadeia nacional de TV e rádio !

DESLUMBRADAS e APRESSADAS (Dilma e Magda)

No pior dos casos, as reservas recuperáveis em Libra superariam a metade das atuais reservas provadas do Brasil (14 bilhões de barris), segundo os cálculos da ANP. A diretora-geral da ANP admitiu que, perante os resultados das últimas pesquisas exploratórias em Libra, o governo decidiu antecipar de novembro a outubro seu primeiro leilão de licenças para explorar o pré-sal. Será o primeiro leilão desde que, em 2009, o governo reformou seu regime petroleiro e adotou exclusivamente para o pré-sal o chamado regime de partilha da produção, que procura garantir uma maior renda ao Estado. O novo regime prevê que a Petrobras será a operadora em todas as licenças e que terá uma participação de pelo menos 30% nos consórcios que explorarem o pré-sal. Igualmente estabelece que as reservas descobertas são propriedade do Estado e que as licenças serão outorgadas aos consórcios que aceitem compartilhar o maior volume da produção com o Estado. A diretora-geral da ANP relatou que os novos cálculos de reservas para o campo de Libra "deslumbraram" os membros do governo que participaram em reunião na quarta-feira em Brasília para definir o leilão de licenças, incluindo a presidente Dilma Rousseff. "Nos reunimos com a presidente Dilma e lhe mostramos que Libra era a melhor oportunidade para realizar o primeiro leilão no pré-sal. Concluímos que não podíamos esperar tanto (até novembro) para o leilão", explicou Magda. O governo também decidiu antecipar o leilão após o sucesso neste mês de uma rodada para outorgar licenças para explorar blocos terrestres e marítimos em áreas não tão promissoras. No leilão realizado na semana passada foram concedidas licenças a 30 empresas, entre as quais 18 estrangeiras, para explorar 142 blocos em áreas que não incluíam nem o pré-sal nem as grandes reservas marinhas nas quais o Brasil extrai mais de 90% de seu petróleo. A ANP arrecadou um recorde de R$ 2,8 bilhões com o leilão de concessões da semana passada.

Para onde vão estes 2,8 bilhões ? Alguma escola receberá algum centavo ?

Será que a EDUCAÇÃO PÚBLICA de Qualidade NÃO  TEM  PRESSA ?


Será que os EUA e a Europa 
explicariam esta PRESSA ?


Enquanto as reservas de petróleo dos EUA vêm diminuindo gradualmente, as do Oriente Médio crescem substancialmente, em especial as do Iraque, revelam levantamentos realizados pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), em 2001, e pela Statistical Review of World Energy, em 2002. Os números desses estudos mostram a dependência que a economia dos EUA tem do petróleo do Oriente Médio. Um dos dados mais reveladores, no contexto da iminente guerra contra o Iraque, aponta que, nos níveis atuais de produção e consumo, as reservas de petróleo dos EUA podem se esgotar em menos de 13 anos.

Tomando como parâmetro o ritmo de produção de 2001, as reservas totais de petróleo se esgotariam em 40 anos. Os níveis de reserva dos EUA, considerando o mesmo parâmetro, se esgotariam em 13,5 anos, incluindo aí as grandes reservas do México. Já na Europa, seguindo o mesmo ritmo, as reservas acabariam em menos de 8 anos. Por outro lado, as reservas da OPEP durariam 76,6 anos. No Oriente Médio, região que concentra as maiores reservas de petróleo do planeta, as reservas podem durar ainda 86,8 anos. São justamente essas reservas que permitem ampliar para 40 anos o horizonte de esgotamento de petróleo em nível mundial.

EXPLICAÇÃO DO PROF. OCTAVIO GOUVEIA


Em 2013, mais de 57% da produção mundial de petróleo bruto é comercializada internacionalmente, índice que não tem parado de crescer nos últimos anos. Os principais importadores são os países industrializados, dentre os quais os EUA ocupam o primeiro lugar. As reservas mundiais alcançaram 1,05 bilhões de barris em 2001. Segundo estudo da Statistical Review of World Energy, se não ocorrerem novos descobrimentos significativos nos próximos anos as reservas petrolíferas terão uma vida curta, permanecendo os atuais níveis de consumo. Lembro que este orgão é controlado pelo governo dos EUA. De repente, o quadro é só um pouquinho pior !

Nos últimos nove anos, as reservas mundiais praticamente estancaram. De 1980 a 1991, as reservas mundiais cresceram 45,5%, enquanto que, entre 1991 e 2001, cresceram apenas 4,9%. Das reservas totais mundiais, em 2001, 78% estavam localizadas nos países da OPEP, principalmente na região do Oriente Médio que detém mais de 65% das reservas mundiais. Os EUA possuem somente 2,9% dessas reservas, produzem 9,8% do total mundial, mas são responsáveis anualmente por 26% do consumo mundial.

Esses números mostram claramente que o petróleo é o único elemento em que a dependência dos Estados Unidos e da Europa é claramente indiscutível. E as perspectivas para essas duas regiões não são nada animadoras. Enquanto as reservas nessas regiões vêm diminuindo desde 1981, as do Oriente Médio quase dobraram no mesmo período. As reservas dos EUA diminuiriam 30,4 milhões de barris e o nível de produção também caiu para 7,7 milhões de barris diários. 


E aí,  excelentíssima Presidenta Dilma ?
O que tem a nos dizer disto ?

E a Sra. Magda ? Tão apressada e deslumbrada ! 


leia mais sobre este tema (clique aqui)




Países com maiores reservas de petróleo do mundo
(quantidade da reserva em bilhões de barris)





lugar país participação
mundial
reserva
em 2011
reserva
em 1991
crescimento
em 20 anos
1°.Venezuela 17,9% 296,5 62,6 373%
2°. Arábia Saudita 16,1% 265,4 260,9 1,7%
3°. Canadá 10,6% 175,2 40,1 337%
4°. Campo de petróleo
no Irã
9,1% 151,2 92,9 62,8%
5°. Iraque 8,7% 143,1 100 43,1%
6°. Kuwait 6,1% 101,5 96,5 5,2%
7°. Emirados Árabes
Unidos
5,9% 97,8 98,1 0,3 %
8°. Rússia 5,3% 88,2 não
informado
20,8%
9°. Líbia 2,9% 47,1 22,8 106,6%
10°. Nigéria 2,3% 37,2 20 86%
11°. Estados Unidos 1,9% 30,9 32,1 4%
12°. Cazaquistão 1,8% 30 não
informado
455%
13°. Catar 1,5% 24,7 3,0 723%
14°. Brasil0,9% 15,14,8 214,6%
Brasil entre os dez em breve

Apesar de o Brasil aparecer apenas na 14ª posição das maiores reservas do planeta, as perspectivas são boas: com o pré-sal, a previsão é de que em breve o país entre na lista das 10 potências petrolíferas do mundo.

Maiores reservas do mundo 
Em primeiro lugar no ranking dos países com maiores reservas de petróleo está a Venezuela, com 296,5 bilhões de barris e participação mundial de 17,9%. A Arábia Saudita aparece na segunda colocação, com 265,4 bilhões de barris, seguido do Canadá, com 175,2 bilhões.


MERCOSUL SERÁ O FUTURO ORIENTE MÉDIO ?


    Em artigo para a revista Carta Maior, Jeferson Miola, secretário do Mercosul em Montevidéu, argumenta que o bloco entra em nova fase a partir desta terça-feira, quando será formalizado o ingresso da Venezuela. O bloco passa a ser detentor da maior reserva de petróleo do mundo, ampliando sua influência geopolítica internacional.
   O Mercosul na sua segunda geração
A entrada da Venezuela coloca o Mercosul em um novo estágio. O bloco fica ampliado nas dimensões econômicas, comerciais, culturais e demográficas. Territorialmente, incorpora mais de 900 mil quilômetros quadrados, que é praticamente as superfícies de França e Alemanha somadas. Consolida o domínio sobre as maiores reservas energéticas, minerais, naturais e de recursos hídricos do planeta. A partir de agora, o Mercosul passa a ser a região com a maior reserva mundial de petróleo. O artigo é de Jeferson Miola.
No último 13 de julho o Governo da Venezuela formalizou na Secretaria do Mercosul o Instrumento de Ratificação do Protocolo de Adesão da República Bolivariana da Venezuela ao Mercosul, assinado em 04 de julho de 2006. Dessa forma, o país cumpre as formalidades para seu ingresso pleno no bloco, passando da condição de Membro Associado à qualidade de Estado Parte.
O ingresso da Venezuela foi aprovado pelas Presidentas Cristina Kirchner, da Argentina, Dilma Rousseff, do Brasil e pelo Presidente José Mujica, do Uruguai, na Cúpula Presidencial de 29 de junho de 2012, na cidade argentina de Mendoza.
O Mercosul nasceu num contexto histórico e político muito diferente do atual. Menem governava a Argentina, Collor o Brasil, Andrés Rodriguez o Paraguai e Alberto Lacalle presidia o Uruguai. Era o auge da fanfarra neoliberal e das promessas da globalização financeira que supostamente levariam a humanidade a um nirvana que, na verdade, se converteu num tremendo pesadelo. Em 1991, a constituição do “Mercado Comum do Sul” visava coordenar políticas macroeconômicas e de liberalização comercial no marco de uma inserção desfavorável à globalização neoliberal.
O epicentro daquele Mercosul idealizado em 1991 eram as relações comerciais e a coordenação dos interesses das mega-empresas transnacionais e dos monopólios econômicos na maximização dos lucros auferidos regionalmente para a transferência às suas matrizes, radicadas sobretudo na Europa e nos Estados Unidos.
Em 2012 este projeto de integração completou 21 anos, marcado por limites e contradições; mas, também, exibindo avanços em diversos campos. Desde 2003, a partir da assunção de governos de esquerda e progressistas na região, notadamente sob a liderança inicial de Kirchner e Lula, a fisionomia do Mercosul vem sendo transformada.
O comércio intra-bloco passou de 4,5 para 50 bilhões de dólares anuais; foi criado um Parlamento próprio; 100 milhões de dólares ao ano são aplicados pelo FOCEM [Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul] a fundo perdido na execução de investimentos sociais e de infra-estrutura para diminuir as assimetrias e disparidades entre os países; está sendo implementado um Estatuto da Cidadania, e a “integração anti-Condor” converteu as políticas de direitos humanos adotadas no MERCOSUL em paradigma mundial.

A entrada da Venezuela significa o aprofundamento desta transformação, e coloca o Mercosul em um novo estágio. O bloco fica ampliado nas dimensões econômicas, comerciais, culturais e demográficas. Territorialmente, incorpora mais de 900 mil quilômetros quadrados, que é praticamente as superfícies de França e Alemanha somadas. Consolida a jurisdição e o domínio sobre as maiores reservas energéticas, minerais, naturais e de recursos hídricos do planeta. Seguramente deverá ter maior protagonismo no jogo geopolítico internacional.

A ampliação do Mercosul naturalmente será acompanhada de dificuldades, mas também de inúmeras conveniências. Contribui para maior coesão da região, para a estabilidade democrática, para a diminuição de conflitos e aumenta a segurança e a capacidade de defesa. A maior integração também conforma um ambiente comunitário mais favorável à adoção de estratégias comuns de desenvolvimento, aproveitando o mercado regional de massas incrementado em 29 milhões de pessoas e um comércio intraregional de produtos manufaturados com maior valor agregado. A partir de agora, o Mercosul passa a ser a região do globo com a maior reserva mundial de petróleo, adquirindo maior poder de influência na definição das políticas energéticas no mundo.

Desde a assinatura do Tratado de Assunção em 1991, dois acontecimentos marcaram uma inflexão geopolítica e estratégica do Mercosul numa perspectiva pós-neoliberal. O primeiro deles foi o sepultamento, em 2005, da Área de Livre Comércio das Américas, a ALCA, que representava uma perigosa ameaça à soberania, ao desenvolvimento e à independência dos países do hemisfério. O segundo acontecimento marcante está se dando justo neste momento, com o ingresso pleno da Venezuela no Bloco, inaugurando o que se poderia considerar como a segunda geração do MERCOSUL e do processo de integração regional.

A América do Sul foi historicamente prejudicada pelas grandes potências - especialmente pelos Estados Unidos - que preferem nosso rico e promissor continente dividido – ou desunido – a um continente integrado e capaz de construir soberanamente seu destino. Esta realidade faz compreender as razões do conservadorismo que combate - por vezes de forma irascível - o ingresso da Venezuela no Mercosul e o fortalecimento dos laços regionais de amizade, de harmonia e de integração.

O crescimento do Mercosul poderá ser fator de estímulo para o ingresso de outros países nesta comunidade, que já examina com o Equador as condições para sua adesão. A unidade regional, que já é física devido à contiguidade territorial, poderá assumir características de uma integração mais avançada, abrangendo tanto aspectos comerciais e econômicos, como sociais, culturais e políticos. Isto propiciará um melhor posicionamento estratégico e geopolítico da região no mundo, o que será benéfico para cada país individualmente e para o conjunto das nações no enfrentamento dos problemas e na defesa de interesses que são comuns a elas.

O Mercosul altivo e motorizando o fortalecimento da América do Sul é a melhor contribuição que o continente pode dar à paz e à igualdade no mundo. Constitui uma resposta eficiente à prolongada crise do capitalismo mundial, protegendo as conquistas sociais e econômicas logradas na última década pelos atuais Governos da região dos avanços da sanha neoliberal que na Europa trata do desmonte do Estado de Bem-Estar social em nome da austeridade fiscal e da proteção dos interesses da especulação financeira.

(*) Exerce a função de Diretor da Secretaria do MERCOSUL
em Montevidéu. Este texto expressa opiniões de caráter pessoal
que não devem ser consideradas como sendo da Instituição.
EM RESUMO
Com Venezuela, Mercosul terá maior reserva mundial de petróleo
Com a Venezuela, o Mercosul torna-se o detentor da maior
reserva de petróleo do mundo, com mais de 310 bilhões de
barris de petróleo em reservas certificadas pela Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Das reservas,
92,7% estão na Venezuela. O Brasil tenderá a ampliar sua
participação nas reservas de petróleo do bloco à medida que os
trabalhos de certificação das reservas do pré-sal brasileiro
progridam.
O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai,
Venezuela e Paraguai - que está suspenso do bloco até abril de
2013. Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia estão no grupo
como países associados. Há, ainda, como membros
observadores, México e Nova Zelândia.




EIS OS MOTIVOS DE TANTA PRESSA EM ADIANTAR O LEILÃO DOS BLOCOS DE PETRÓLEO !
EIS O MOTIVO DA SRA. MAGDA ESTAR DESLUMBRADA e a EXCELENTÍSSIMA PRESIDENTA 
DILMA TÃO APRESSADA !

QUEM SÃO OS INTERESSADOS NO LEILÃO ?

O MOTIVO DA PRESSA TEM NOME, TEM SOBRENOME e MUITA CARA-DE-PAU ! E TEM ENDEREÇO ! E VEM DO NORTE !

QUEM SERÁ ?




Além de se encontrar com Dilma Rousseff, Joe Biden deverá ter uma reunião com a presidência da Petrobrás

O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, participou de eventos na Colômbia, na segunda-feira (27), onde começou seu giro pela América Latina


     A Casa Branca — sede do governo americano — deixou claro que os dois principais focos do giro desta semana do vice-presidente Joe Biden pela América Latina são segurança e energia. Em relação ao Brasil, a agenda, que tem início nesta terça-feira (28) à noite, inclui uma visita ao Centro de Pesquisas da Petrobras (CENPES) para discutir a cooperação energética entre os dois países. 
O governo norte-americano não esconde que visa aumentar sua influência na América Latina, sobretudo no setor energético. No início do mês de maio, Joe Biden anunciou sua visita à região durante Conferência Anual das Américas em Washington. Na ocasião, ele ressaltou o papel estratégico que representa o continente para o futuro dos EUA e do mundo.

—Os países do hemisfério ocidental (continente americano) serão responsáveis por dois terços do crescimento do suprimento mundial de petróleo nas próximas décadas.

Ao visitar o Brasil, o vice-presidente dos EUA deverá abordar outros temas como cooperação comercial e educacional, mas o destaque explícito de Washington pelo tema de energia mostra que os americanos querem assumir um papel maior em toda a cadeia energética brasileira. 

Biden expôs, durante a Conferência Anual das América, que os EUA não querem se limitar a comprar petróleo da região, mas que também estão dispostos a fomentar investimentos e cooperações técnicas.

— Nós temos conhecimentos e tecnologias únicas para ajudar os países (da região) a se tornarem ou se manterem como grandes fornecedores de energia no mundo. 

COMENTÁRIO DO PROF. OCTAVIO GOUVEIA:

   Se puderem avisem ao vice-presidente americano que há uma regra sem exceção que talvez ele desconheça, mas que há mais de 20 anos eu ensino aos meus alunos:

   TODO PAÍS FORNECEDOR DE ENERGIA É DESGRAÇADO, MISERÁVEL, POBRE, FALIDO, HUMILHADO, EXPLORADO, USURPADO, COM GRANDE ANALFABETISMO, COM ENORME MORTALIDADE INFANTIL ! 
E CAPACHO DOS EUA !

    TODO PAÍS RICO, PRÓSPERO, DESENVOLVIDO ECONÔMICO E SOCIALMENTE É COMPRADOR (IMPORTADOR) DE ENERGIA. NÓS BRASILEIROS QUEREMOS O BRASIL NESTE GRUPO !

GO HOME Mr. Joe Biden !
pra não te mandar pra outro lugar !



O americanos conhecem os obstáculos para viabilizar a produção do pré-sal brasileiros. As dificuldades técnicas e financeiras são entendidas pelo governo dos EUA como oportunidades para as empresas do país. Se houver abertura, o grupos americanos poderão fazer parte de um projeto que deverá redesenhar as fronteiras petrolíferas do mundo.
Mas, o interesse norte-americano pelo pré-sal brasileiro vai além do ineditismo do empreendimento em questão. Na realidade, os EUA também se preocupam com o próprio consumo de petróleo. Um dos motivos é o fato de que a Venezuela, principal fornecedora do combustível ao país, já algum tempo está diminuindo a venda do produto para o  vizinho do norte.
Nos últimos anos, os venezuelanos fizeram da China o seu segundo destino para a distribuição de petróleo. De acordo com o Departamento de Energia americano, desde 1997, quando o chavismo chegou ao poder, a Venezuela exportava diariamente 1,7 bilhões de barris do combustível aos EUA, atualmente, o valor vendido não ultrapassa o total de 1 bilhão de barris.
Assim, os EUA querem diminuir a dependência em relação aos tradicionais membros da OPEC (Organização dos países exportadores de petróleo) — da qual a Venezuela faz parte. Este processo já é evidente, pois nos últimos tempos os americanos reduziram em 20% o total de petróleo comprado destes países. Por isso, o Brasil e o pré-sal surgem como ótimas oportunidades para o norte-americanos diversificarem seus fornecedores e incentivarem novos polos de produção tecnológica e comercial.

terça-feira, 21 de maio de 2013



MARINHA DO BRASIL e PETROBRAS

Esta parceria terá que ser crescente nas próximas décadas.

Afinal, esta em jogo a soberania brasileira em águas distantes do nosso litoral. O pré-sal deve ser protegido, guardado e monitorado permanentemente pela Marinha do Brasil. Isto é prioritário se desejarmos garantir nosso suprimento energético. A cobiça internacional sempre será enorme, principalmente se nos mostrarmos militarmente fracos e desprotegidos.

Nunca houve nem nunca haverá uma grande nação no mundo sem uma Marinha moderna e eficiente.

O Congresso Nacional deveria criar legislação reservando verbas do pré-sal para colocar a Marinha do Brasil em pé de igualdade com a Marinha dos países poderosos !

Ou seremos fantoches frente a estas nações !

Marinha do Brasil equipada e preparada para sua NOBRE MISSÃO !  

Tem que ter investimento já !

Nada mais justo que o Petróleo Brasileiro,  financiar e desenvolver a única instituição brasileira que pode salvaguardar os interesses energéticos do Brasil.  

PETROBRAS e MARINHA DO BRASIL, inseparáveis nos seus destinos de engrandecimento,   independência e soberania da Pátria Brasileira ! 

 

Extração de pré-sal e produção de navios geram vagas de emprego

Tecnologia usada nesses setores cria novas oportunidades de trabalho.
Especialista em tecnologia tira dúvidas sobre o tema.

44 comentários
A tecnologia de alta complexidade criada pelos cientistas brasileiros está abrindo novas frentes de trabalho em duas áreas promissoras: exploração do pré-sal e produção de navios.
Atualmente, o pré-sal produz 300 mil barris por dia e a previsão é chegar a 2,1 milhões em 2020. A produção de óleo e gás já movimenta cerca de 420 mil empregos e deve chegar aos 2,5 milhões até 2020, segundo levantamento da Organização Nacional das Indústrias de Petróleo.

Só a Petrobrás deve contratar 17 mil pessoas nos próximos dois anos. A previsão é fazer dois concursos por ano para preencher cargos de nível médio, técnico e superior. As principais vagas são para engenheiros de petróleo, de equipamento, de processamento, geólogos, geofísicos, técnicos de manutenção, de estabilidade, de perfuração de poços, químicos, caldeireiros, desenhistas de tubulação, instrumentistas de sistemas.
“Tem uma demanda de embarcações, de portos, aeroportos, de logística muito grande. Os projetos que vão entrar em produção demandando instalações de produção e atividades de perfuração são crescentes, uma coisa exponencialmente grande em todos os níveis”, explica Felipe Rego, gerente de engenharia de poço e produção.
O pré-sal também trouxe crescimento para uma outra indústria: a náutica. Um estaleiro no Rio de Janeiro, por exemplo, dobrou o número de funcionários para dar conta do aumento de pedidos nos últimos anos.
Os estaleiros empregam 62 mil trabalhadores diretos e devem gerar 40 mil vagas nos próximos três anos para soldador, montador mecânico, encanador e operador de equipamentos. “Você tem desde o operário do nível mais básico até o pós-graduado. Nós temos toda a área toda de engenharia e a ênfase grande é no nível médio técnico, que é a pessoa que além de ter a formação na escola tem que ter um tempo grande de treinamento, porque um soldador qualificado, um inspetor, um montador têm que ter uma expriência grande”, diz Alberto Machado Neto, coordenador do MBA de Petróleo e Gás da Fundação Getúlio Vargas.
Em algumas regiões as vagas já estão surgindo, como em Itaguaí, no Rio de Janeiro, onde vai ficar o estaleiro da marinha e onde serão fabricados os cinco submarinos brasileiros, inclusive o de tecnologia nuclear. “Só nessa primeira fase são oito mil empregos diretos e cerca de 32 mil indiretos”, garante Gilberto Hirschfeld, coordenador geral de desenvolvimento do Programa de Submarino de Propulsão Nuclear.
QUE A PETROBRAS SEJA A GRANDE VENCEDORA DO LEILÃO !   
QUE O PETRÓLEO CONTINUE SENDO NOSSO !

O secretário de óleo e gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Almeida, disse, nesta terça-feira, 14, que a Petrobras tem apetite e capacidade de investimento para entrar nas três rodadas de licitação deste ano.
    Almeida informou que, até agora, na 11ª Rodada de Licitações, a Petrobras tem entrado como operadora em terra e participa em consórcios em blocos marítimos. Participou, inclusive, do lance máximo ofertado a um bloco no Foz do Amazonas, por R$ 345,9 milhões.
    O ministro de MME, Edison Lobão, voltou a dizer que a Petrobras em tese entraria com o mínimo de 30% exigidos na rodada do pré-sal em novembro, excepcionalmente aumentando esta participação em consórcio.
   Ele afirmou, no entanto, que a participação, por regra, pode chegar a 100%. Segundo ele, é de interesse nacional que a Petrobras seja operadora no pré-sal.



quinta-feira, 16 de maio de 2013







O PETRÓLEO É NOSSO FAZ 60 ANOS ! PARABÉNS BRASIL !

A PETROBRAS É A PROVA VIVA DE QUE HAVIA MUITA RAZÃO e PATRIOTISMO NAQUELA CAMPANHA. NO ENTANTO, É FUNDAMENTAL MOSTRAR AOS JOVENS ESTUDANTES BRASILEIROS QUE O NOSSO FUTURO COMO NAÇÃO SOBERANA AINDA NÃO SE ENCONTRA GARANTIDO ! ESCLARECER É PRECISO !

CRIAÇÃO DA PETROBRAS : CAMPANHA O PETRÓLEO É NOSSO

Engenheiro Paulo Metri relata o funcionamento dos leilões que ameaçam o controle nacional sobre o petróleo

Essa 11ª Rodada trará um prejuízo para o país da ordem de 1 trilhão de dólares. É mil vezes maior do que aconteceu com a Vale. Não consigo imaginar roubo maior na história do Brasil, e a mídia não diz uma linha sobre o tema !

A 11ª Rodada de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, que será realizada nos dias 14 e 15 de maio deste ano, no Rio de Janeiro, para leiloar 289 blocos para a exploração de petróleo, “trará um prejuízo para o país da ordem de um trilhão de dólares”, diz Paulo Metri à IHU On-Line. Na entrevista a seguir, concedida por telefone, o engenheiro explica as implicações da lei n. 9478/1997, que rege os leilões de petróleo no país, e defende a criação de uma nova legislação, semelhante à lei n. 12351, que assegura a criação de um fundo social a partir dos recursos obtidos com a exploração da camada do pré-sal.
Crítico da atuação das petrolíferas estrangeiras no Brasil, Metri diz que o setor “tem de ser visto como um dinamizador da economia”. No entanto, assegura que, desde 1997, “várias empresas estrangeiras já ganharam blocos no Brasil, descobriram e estão produzindo petróleo, e nenhuma delas contratou uma simples plataforma no país. (...) Elas têm um bloco no mar, trazem suas plataformas do exterior, o petróleo sai do fundo do mar e já vai para um navio que nem passa pelo território nacional, e as empresas tampouco pagam imposto pela exportação do petróleo por causa da Lei Kandir. Quer dizer, as empresas só pagam os royalties, que é uma parcela mínima, de 10%, comparado com a lucratividade do setor, que deve ser algo em torno de 45%”.
Paulo Metri é graduado em Engenharia Mecânica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio e é conselheiro do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Como funcionam os leilões de petróleo no Brasil de acordo com a lei 9478/1997? Quais são os pontos polêmicos desta lei?
Paulo Metri – No final da década de 1940 houve um grande embate no país em torno da questão do petróleo, ou seja, discutia-se se as multinacionais deveriam entrar no Brasil, ou se o país deveria reservar seu petróleo – à época não era possível saber se haveria grandes reservas de petróleo. Com a campanha “O petróleo é nosso”, feito à época, houve uma pressão popular e o Congresso aprovou a n. 2004, de 1953, e Getúlio Vargas a sancionou, criando, nos anos 1950, a Petrobras, empresa que deveria exercer o monopólio do petróleo em nome da União. A Petrobras foi uma experiência de grande sucesso: o Brasil construiu 16 refinarias, mais de 20 mil quilômetros de gasoduto, descobriu o petróleo e, mais recentemente, as reservas de pré-sal. Com esse petróleo que virá da camada do pré-sal para a Petrobras, o país terá folgadamente condições de abastecimento por 40 anos. Sem o pré-sal, seria possível abastecer o país por mais 17 anos.
Embora a exploração de petróleo pela Petrobras tenha sido um sucesso, as multinacionais, que obviamente entraram no país, porque sabiam da perspectiva de grandes descobertas de reservas, pressionaram o governo Fernando Henrique Cardoso, que acabou com o monopólio estatal do petróleo, e criou a lei 9478/1997, abrindo o mercado para a exploração estrangeira.
Contratos
A exploração de petróleo é feita a partir de três tipos de contratos entre empresas e Estados nacionais. O primeiro modelo é o das concessões, em que as empresas têm o máximo de benefícios, e os países têm poucos benefícios. De acordo com os contratos de concessão, o petróleo é transferido 100% para a empresa, que pode fazer dele o que quiser, desde exportá-lo, não abastecer o país etc. O segundo modelo é um contrato de partilha, em que o petróleo já é, em parte, do Estado nacional e, em parte, da empresa privada, com percentuais combináveis na hora de assinar o contrato. Esse modelo garante mais benefícios para o país à medida que ele fica com o petróleo, com o lucro, e com o poder geopolítico que a exploração acarreta. O Estado nacional, tendo o petróleo, pode fazer acordos com outras nações, de acordo com os interesses nacionais, como a Rússia fez com a Alemanha, garantindo o fornecimento de gás para os alemães em troca do investimento em alta tecnologia. O terceiro contrato é o da estação de serviços. Nesse caso, o Estado é proprietário do petróleo e contrata empresas para fazer a perfuração, a implantação do campo, a produção do petróleo, ou seja, as empresas não tocam no petróleo e nem recebem o lucro que ele acarreta.
Contrato brasileiro
O governo Fernando Henrique Cardoso escolheu o pior dos contratos: o de concessão. A lei n. 9478/1997 estabelece concessões de blocos para explorar e produzir petróleo. Quando foram descobertas as reservas de pré-sal, já no governo Lula, reconheceu-se que esta lei era ruim para a sociedade brasileira, e foi criada então a lei n. 12351, que estabelece os critérios para a exploração da área do pré-sal, a qual tem como base o contrato de partilha, ou seja, traz benefícios para a sociedade brasileira.
Quais as implicações da 11ª Rodada de Licitações de Blocos para a Exploração de Petróleo e Gás Natural?
PM - A 11ª Rodada de Licitações de Blocos para a Exploração de Petróleo e Gás Natural, que vai conter o leilão de 289 blocos – um número inédito –, é baseada na lei n. 9478/1997. Ou seja, o petróleo ficará para a empresa que ganhar o bloco no leilão, e ela poderá fazer o que quiser. As empresas estrangeiras já declararam que não querem construir refinarias no país, nem exportar derivados. Elas contrariam uma diretriz apontada pelo ex-presidente Lula, que queria que o país exportasse derivados, não matéria prima.
Além do mais, o setor tem de ser visto como um dinamizador da economia do país, e essas empresas estrangeiras não compram nada no Brasil. A lei n. 9478 existe desde 1997; várias empresas estrangeiras já ganharam blocos no Brasil, descobriram e estão produzindo petróleo, e nenhuma delas contratou uma simples plataforma no país; elas compram no exterior. O grande impacto na geração de emprego neste setor é exatamente na encomenda da plataforma. A quantidade de pessoas que ficam na plataforma na fase de produção é irrisória comparada com a geração de empregos nos estaleiros. O impacto no emprego é na fase do estaleiro. E como as empresas não compram no país, não geram aumento de mão de obra, ou seja, não trazem benefícios. Elas têm um bloco no mar, trazem suas plataformas do exterior, o petróleo sai do fundo do mar e já vai para um navio que nem passa pelo território nacional, e as empresas tampouco pagam imposto pela exportação do petróleo por causa da Lei Kandir. Quer dizer, as empresas só pagam o royalties, que é uma parcela mínima, de 10%, comparado com a lucratividade do setor, que deve ser algo em torno de 45%.
A 11ª Rodada de Licitações de Blocos para a Exploração de Petróleo e Gás Natural poderia ser realizada com base na mesma legislação que rege a exploração das reservas de pré-sal?
PM - Não pode porque os 289 blocos em leilão estão fora da área do pré-sal, e a nova legislação só inclui blocos na área do pré-sal. A única maneira de resolver essa questão é barrar a 11ª Rodada, uma vez que para abastecer o país não é preciso leiloar esses blocos de petróleo.
Cancelando a 11ª Rodada, o Brasil precisará pensar uma nova lei para o restante do país, análogas às leis que valem para o pré-sal, porque aí pode ter Rodadas de Licitações, mas elas não prejudicarão a sociedade. Na lei do pré-sal existe o fundo social, para o qual deverá ser migrada boa parte do superlucro das empresas. Além de o petróleo em si ficar com o Estado nacional, o superlucro das empresas será enxugado e elas serão obrigadas a repassar a parcela de lucros para o fundo social, que só poderá ser utilizado em investimentos com saúde, educação, ciência e tecnologia, habitação.
Quantas empresas se inscreveram para participar do leilão?
PM - São 71 inscritas. Provavelmente as empresas estrangeiras irão oferecer propostas para os blocos que estão no mar e em águas profundas, ou seja, onde existe mais petróleo e se requer mais investimentos. Existem também empresas inscritas em águas rasas e em terra.
Como o senhor descreve a atuação do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE e da Agência Nacional do Petróleo – ANP em relação à exploração do petróleo no país?
PM - A ANP é um órgão de governo estrangeiro implantado dentro da estrutura organizacional brasileira. Ele não age como sendo brasileiro; age com uma ótica de atendimento às necessidades de outros países e atendendo a empresas estrangeiras. Não passa por ele nenhum critério de atendimento às necessidades de nossa sociedade. Por outro lado, a ANP não faria isso sozinha; ela tem o respaldo do governo. Não é ela quem aprova as Rodadas de Licitações; é o CNPE quem recebe a diretriz para aprová-las. O CNPE é um órgão inócuo, é um repassador de posições: o Ministério das Minas e Energias e a Presidência da República ditam o que ele tem de fazer. Trata-se de um órgão para “inglês ver”, ou para “estrangeiros comandarem”. A ANP, por sua vez, é dirigida por pessoas que receberam indicações de empresas estrangeiras.
Quais os limites e possibilidades da exploração de petróleo por petrolíferas brasileiras? O Brasil tem condições técnicas de avançar no desenvolvimento de pesquisa, ciência e tecnologia?
PM - A Petrobras vem crescendo nesses 60 anos de atuação. Ela foi aumentando o nível de profundidade de 400 metros para 600, 800, 1000, 1500, 2 mil e hoje já está próxima de 3 mil metros de lâmina d’água. Não há por que desconfiar do seu desempenho. Obviamente sempre existem dificuldades tecnológicas, porque cada vez que se avança mais em profundidade, em maiores lâminas d’água, as dificuldades tecnológicas aparecem. Atualmente, uma dificuldade tecnológica diz respeito à questão da logística. Os campos de exploração de petróleo estão ficando cada vez mais distantes da costa. A independência de voo de um helicóptero já não alcança os campos mais distantes. Então, há a necessidade de se ter uma logística para o suprimento de materiais e pessoas para esses campos mais longes.
Além da Petrobras, a Odebrecht e a Queirós Galvão trabalham com exploração de petróleo há algum tempo. Elas têm alguma competência, mas não chegam aos pés da Petrobras. Eike Batista também atua no setor, mas ainda não adquiriu muita competência. A Petrobras é a empresa que mais contribuiu para o desenvolvimento tecnológico em escala mundial no que se refere à tecnologia do petróleo.
Qual a expectativa para a 11ª Rodada de Licitações de Blocos para a Exploração de Petróleo e Gás Natural? Há um abaixo-assinado para cancelá-la. Isso é possível?
PM - Não. Para uma Rodada dessas ser cancelada, é preciso uma ordem da Agência Nacional de Petróleo, mas seus dirigentes nunca irão providenciar esse cancelamento. Então, esse cancelamento teria de ser feito por uma ordem superior, do Ministério de Minas e Energia, ou da presidente da República. Mas isso não irá acontecer, pois teria um enfrentamento com as forças estrangeiras. Eu soube que o presidente da Shell visitou recentemente a presidente Dilma, ou seja, as pressões são muito fortes.
As pessoas contrárias à 11ª Rodada devem participar da petição eletrônica promovida pela Avaaz, e mostrar sua indignação através de manifestações nas ruas, no Tribunal de Contas da União – TCU, no Ministério Público. Enfim, cada cidadão deve fazer o que está ao seu alcance, mostrando sua indignação com esse roubo.
Essa 11ª Rodada trará um prejuízo para o país da ordem de 1 trilhão de dólares. É mil vezes maior do que aconteceu com a Vale. Não consigo imaginar roubo maior na história do Brasil, e a mídia não diz uma linha sobre o tema.

http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/politica/3258-leiloes-do-petroleo-ameacam-controle-do-pais-sobre-o-produto





Entidades realizam manifestação no RJ contra os leilões de petróleo e em defesa da Petrobras


A presidente da Federação das Mulheres Fluminenses e diretora da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), Conceição Cassano, lembrou que "esse ano completa 60 anos da conquista do monopólio estatal do petróleo e da criação da Petrobrás. Eu quero lembrar aqui uma grande companheira, líder das mulheres, que muito contribuiu na luta em defesa do nosso petróleo. A companheira Alice Tibiriçá, que foi presidente da Federação das Mulheres do Brasil".

O presidente da CUT-RJ, Darby Igayara, reafirmou que a central apoia e sempre apoiará a luta dos petroleiros e da sociedade brasileira em defesa do petróleo brasileiro. "Nós da CUT, junto às entidades de classe, mandamos um recado para o governo: chega de leilão, nós exigimos a soberania do petróleo. Não permitiremos que a nossa riqueza seja entregue às multinacionais e ao Eike Batista".

"A posição da nossa central contra os leilões do petróleo e contra a desnacionalização do patrimônio do povo brasileiro. Nossa luta sempre foi contra a privatização do patrimônio público. Essa é uma luta de toda a classe trabalhadora, que precisa estar mobilizada contra a desnacionalização e privatização", frisou 0 secretário geral da CTB-RJ, Ronaldo Leite.

M U N D O    S I N D I C A L    (CLIQUE AQUI) 


HOMENAGEM A UM GRANDE GENERAL BRASILEIRO 
a petrobras não existiria sem suas posições lúcidas e firmes ! 

Júlio Caetano Horta Barbosa (Rio de Janeiro, 8 de maio de 1881 — Rio de Janeiro, 1965) foi um militar e sertanista brasileiro.
Seguiu a carreira militar, tendo sentado praça em 1897, quando participou da Guerra de Canudos, onde ficou ferido aos 15 anos de idade. Cursou a Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, onde se formou em Engenharia. Bacharelou-se em Matemática e Ciências Físicas, foi sertanista e indigenista da equipe de Cândido Rondon. Exerceu vários comandos como oficial general e foi oficial de Estado-Maior. Foi o presidente do Conselho Nacional do Petróleo de 1938 a 1943. Reforçou em seus estudos suas convicções positivistas.
Trabalhou com Cândido Rondon a partir de 1906, na construção de linhas telegráficas entre os estados do Mato Grosso e do Amazonas.
Combateu o movimento constitucionalista de 1932, foi promovido a general em 1933. Exerceu a presidência do Clube Militar entre julho de 1936 e janeiro de 1937, onde se envolveu no debate sobre a existência ou não de petróleo no subsolo brasileiro.
Em abril de 1938 passou a presidir o Conselho Nacional do Petróleo - CNP, cargo que em 1939 passou a acumular com a vice-presidência do Conselho Nacional de Proteção aos Índios, presidido por Rondon.
O general Horta Barbosa notabilizou-se como um defensor do monopólio estatal do petróleo. Ironicamente partiu dele a ordem de prisão contra Monteiro Lobato, cujos ideais nacionalistas sobre o petróleo Horta Barbosa depois veio a abraçar entusiasticamente na Campanha do Petróleo.1 2
Em janeiro de 1943 participou da fundação da Sociedade Amigos da América, que apresentava como programa a defesa da democracia e o alinhamento da política externa do Brasil aos Estados Unidos da América e ao bloco dos Aliados na II Guerra Mundial. Foi comandante da 2ª Região Militar de 1944 a 1945.
Em 1947 passou a proferir conferências no Clube Militar, e notabilizou-se pelas polêmicas que travou com os defensores da participação do capital estrangeiro na exploração das reservas petrolíferas brasileiras. Afirmava ser totalmente impossível conciliar, em um país subdesenvolvido, o controle nacional sobre a exploração do petróleo e a participação de grandes empresas petrolíferas internacionais num mercado oligopolista, à época dominado pelas Sete irmãs. Foi nomeado presidente-de-honra do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional (CEDPEN), responsável pela Campanha do Petróleo, cujo bordão, O petróleo é nosso tornou-se famoso.
Em maio de 1950 foi eleito vice-presidente do Clube Militar na chapa do general Estillac Leal. Assumiu a presidência do clube e, já como presidente, se declarou contrário à intervenção estadunidense na Coréia. Horta Barbosa sempre participou da luta dos setores nacionalistas que permitiram a criação, em 1953, da Petrobras. Foi promovido a Marechal em 15 de Outubro de 1958.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA UM RELATÓRIO DA OPEP FAZ REFERÊNCIA AO BRASIL. ESTAMOS COMEÇANDO A SER IMPORTANTES NO MERCADO MUNDIAL DE PETRÓLEO !


Viena, 10 mai (EFE).- A Opep manteve nesta sexta-feira as suas previsões de consumo de petróleo para 2013 em 89,7 milhões de barris por dia, uma demanda apenas 0,9% superior à do ano passado e que será puxada pelas altas de China, América Latina e Oriente Médio. Em sua análise mensal do mercado, publicado hoje em Viena, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) insiste em destacar a fragilidade da recuperação da economia mundial e, consequentemente, a do consumo de petróleo. Por regiões, a China, com alta de 3,67% sobre 2012, América Latina, com avanço de 3,57%, e o Oriente Médio, com aumento de 3,63%, seguem puxando a demanda mundial de petróleo. Enquanto isso, nos países mais industrializados o consumo cai, especialmente na Europa, afetada pela recessão nos países da zona do euro. Embora o relatório de maio quase não modifique o cálculo anual feito em abril, o texto detecta uma redução do consumo no primeiro trimestre do ano. Por isso, a Opep adverte que há o risco de as atuais previsões serem reduzidas, não só nos países mais industrializados, agrupados na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas também em outras regiões, especialmente na China. Ainda assim, os analistas da organização reconhecem que a queda do consumo na Europa Ocidental se atenuou nos primeiros três meses do ano, mas segue alertando que a crise financeira pode reduzir ainda mais a demanda. Além disso, o relatório alerta que um crescimento econômico menor que o esperado na China no primeiro trimestre do ano pode ter impacto negativo no consumo de petróleo. Com relação à América Latina, a Opep destaca o forte aumento do consumo no Brasil, especialmente graças à indústria manufatureira. A região deverá ter aumento de 230 mil barris por dia na comparação com 2012.

LEIA A NOTÍCIA COMPLETA ( CLIQUE AQUI )

terça-feira, 7 de maio de 2013

O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO ........

E A EDUCAÇÃO DE PRIMEIRO MUNDO TAMBÉM !

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (1º) que enviou ao Congresso Nacional uma nova proposta determinando que todos os royalties, participações especiais do petróleo e recursos do pré-sal sejam aplicados exclusivamente na área de educação. O anúncio foi feito em pronunciamento oficial, em rede nacional de rádio e TV, em comemoração ao Dia do Trabalho.
Segundo Dilma, trata-se da “mais decisiva” entre todas as medidas que estão sendo executadas ou em discussão sobre o tema no governo. “O Brasil vai continuar usando instrumentos eficazes para ampliar o emprego, o salário e o poder de compra do trabalhador, mas a partir de agora vai privilegiar como nunca um instrumento que mais amplia o emprego e o salário: a educação”, disse.
Ao destacar que os avanços no campo da educação são responsabilidade não apenas do governo, mas de toda a sociedade, ela fez um apelo para que a população incentive deputados e senadores a apoiar a iniciativa. “Um governo só pode cumprir bem seu papel se tiver vontade política e contar com verbas suficientes. Por isso é importante que o Congresso Nacional aprove nossa proposta de destinar os recursos do petróleo para a educação”, ressaltou.

comentário do Prof. Octavio Gouveia:

Não há prioridade na educação se não houver VERBA / DINHEIRO para grandes investimentos.
Claro que nestes investimentos, o salário dos professores tem que ser a MAIOR PRIORIDADE !

Uma vez, numa aula de pré-vestibular num bairro de classe média-alta do Rio de Janeiro, enquanto esperava os alunos copiarem a matéria (aula) do quadro de giz (lousa), perguntei inocentemente para a turma:

Quantos nesta sala desejam ser professor ?

Numa sala lotada de aproximadamente 70 alunos; vi com muita tristeza e desolamento, um único braço levantado timidamente lá no finalzinho da sala. Ao me dirigir ao candidato a futuro professor, fiquei ainda mais triste ao perceber que toda a turma virou para trás e começou a debochar, e ironizar, e rir, e sacanear, e rir de novo, e sacanear de novo, e enfim (repito a grafia " e " propositadamente), e  ....e...

E por fim, confesso que isto me arrrasou por dentro !  Foi muito triste e marcante  !

para mim...   e para o desolado e sacaneado aluno desejoso de ser professor algum dia !!!!!!!

TORÇO MUITO QUE ISTO MUDE NUM PRAZO CURTO !

Por isto, acredito firmemente que apenas uma grande VALORIZAÇÃO SALARIAL DO PROFESSOR, poderá MUDAR ESTA SITUAÇÃO BRASILEIRA.

Quem sabe um dia...... ao repetir aquela pergunta, muitos levantarão a mão na sala de aula !

Seremos um PAÍS DE PRIMEIRO MUNDO !

PARABÉNS PRESIDENTA DILMA !

NÃO SOU PETISTA !  SOU BRASILEIRO !

É LOUVÁVEL A ATITUDE DA PRESIDENTA !

E AGORA OU NUNCA MAIS NA HISTÓRIA !

ACORDA BRASIL !




DISCURSO DA PRESIDENTA DILMA na EBC !